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Herança Maldita

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Por:   •  3/2/2014  •  508 Palavras (3 Páginas)  •  294 Visualizações

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Herança maldita As eleições deixam atrás de si o fogo dos interesses, das esperanças e dos sonhos que se transfiguram em euforia e desen­canto. Em compensação, chocam-se, pela frente, com a maldição herdada do passado colonial, do escravismo e da subalternidade generalizada. A brecha classe x utopia subsiste. Dos ricos e poderosos, por olharem a realidade como se mandar e explorar fossem um ópio. Dos oprimidos, por não entrelaçarem priva­ções a toda a sua força e revolta. O "sufrágio universal" suportou distor­ções chocantes. Mas assustou os primeiros e acordou os últimos. Aqueles, porque desco­briram que perdem com rapidez uma tirania secular. Estes, porque a cada volta do tempo sentem aproximar-se seu momento histórico decisivo. O “presidente” recebe o impacto dessa maldição, que se dissolve lentamente, de ma­neira tão sórdida. Prisioneiro dos de cima, percebe que a "Presidência imperial" também é uma arma­dilha contra ele. Não fala pela e para a nação e se engana com o "somos todos irmãos". Sua liberdade de agir fica entre os humi­lhados aos quais não consegue estender mãos fraternas e solidárias. Sua autoridade termina onde principia a autocracia da minoria dominante. Ela regula as oscilações de promessas falsas e de opres­são real, incrustadas nas instituições quimeri­camente "constitucionais". A maioria, composta por assalariados e milhões de destituídos, recorre à submissão ou ao confronto. Por sua massa poderia pulverizar o siste­ma que rouba, mente, divide e esmaga. Falta­-lhe penetrar no enigma de suas contradições - seu poder de classe e a necessidade de assimilação com os sem-classe, batendo-se com eles por reforma ou revolução. Ou seja, repudiar a ordem imposta como se fosse "democrática" e todas as falácias nela contidas. A seu favor conta com utopias, que ca­recem de expurgos e unificação. O econô­mico, social, cultural e político são interde­pendentes e instrumentais para converter a luta de classes em fator de desalienação e desemburguesamento. O "presidente" não está acima dessa pugna redentora. Se pretender-se "neutro", estará perdido, sem poder para governar. Se ousar "decidir o sentido da história", acabará tragado pelos que o usam como refém. Aparecerá, quando muito, como "condottiere" simulado de uma sociedade montada sobre iniqüidades abissais. E facilitará as po­sições dos homens-lobos, que devoram seus desafetos e impedem sua humanização. Esse dilema não apresenta saídas. A me­ nos que o "presidente" aprenda que servir à nação implica reconstruir a sociedade civil e o Estado. Não basta que ele discurse sobre desem­prego, fome, ignorância, doença, etc. Urge resolver tais problemas pela transformação do homem, da sociedade e da civilização. É imperativo vincular os de baixo à bata­lha política que redima o Brasil da multipli­cação da barbárie, liberando-se a si mesmo junto com O; povo. 1- Qual é a relação entre o texto "Herança maldita" e o texto e a charge apresentados na seção "Para refletir"? 2- É possível relacionar os dois textos com a política atual? Exemplifique. 3- Comente a frase: "Econômico, social, cul­tural e político são interdependentes e ins­trumentais para converter a luta de classes em fator de desalienação e desemburgue­samento". 4- Faça

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