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Higiene e Segurança do Trabalho

Por:   •  15/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.461 Palavras (10 Páginas)  •  127 Visualizações

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Universidade do Estado Do Pará

Centro de Ciências Naturais e Tecnologia

Curso de Graduação em Engenharia de Produção

Dsc. Leila de Fátima O. de Jesus Robert

Higiene e Segurança do Trabalho


Avaliação de Riscos de Serviços de Marcenaria

Leonardo Pereira

Nathalia de Almeida

Belém/PA

2018

1 INTRODUÇÃO

        Segundo Faria (2014), a adequação e as melhorias no posto de trabalho do operador têm sido a preocupação da ergonomia, com vistas à preservação da integridade física, mental e social do ser humano.

        Este relatório objetiva analisar os riscos no serviço de um trabalhador do setor de marcenaria de uma pequena empresa, cuja a operação dele é construir móveis planejados em MDF. Não possui um padrão de produção, uma vez que, a produção é devido ao gosto do cliente, ou seja, é o cliente que diz o que quer e o trabalhador apenas reproduz. O estudo será de campo e qualitativo, pois os autores realizaram uma visita ao local e observaram a forma de trabalho do marceneiro e a que riscos ele estava sujeito. As análises serão recorrentes as observações dos autores e aplicação de questionário.

        A Higiene e Segurança do Trabalho é o estudo das condições e ambientes a que os trabalhadores estão submetidos. Essa preocupação data desde a Revolução Industrial, na qual as condições de trabalho eram extremamente precárias. Desde então foram criadas leis trabalhistas, normas regulamentadoras, encargos sociais, organizações, entre outros artifícios. O risco é uma das variáveis estudadas pela Higiene e Segurança do Trabalho, sendo este a probabilidade de se acontecer um dano ao trabalhador, desse modo, a Avaliação de Riscos é uma ferramenta de prevenção, ela identifica como a empresa/serviço podem ser afetados pelas consequências e probabilidades de um risco, e trabalha na discussão se algum tratamento é requerido.

        Neste trabalho pretende-se encontrar as variáveis de riscos do objeto do estudo, marcenaria, tratá-las de forma a melhorar o trabalho do marceneiro garantindo menores probabilidades de acidentes e riscos à integridade física do mesmo, já que o tipo de trabalho é considerado perigoso devido ao alto índice de mutilação pela serra, por exemplo.

           2 DESENVOLVIMENTO  

        A Avaliação de Risco foi feita a partir de uma lista de verificação (encontrada como anexo no fim do relatório) com 60 perguntas a respeito dos riscos ambientais (riscos físicos, químicos e biológicos), ergonômicos e de acidentes. A lista foi aplicada a um trabalhador autônomo de marcenaria em Belém-PA.

        De acordo com o Anexo I da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), o grau de risco para “Fabricação de estruturas de madeira e de artigos de carpintaria para construção”, cujo código é 16.22-6, é grau 2 (de pequeno a médio).

        A seguir serão apresentados os resultados da avaliação de riscos feita por meio da lista de verificação:

        Em relação ao Risco Físico, que trata das condições insalubres à integridade física dos trabalhadores, ao corpo e à mente; O trabalhador estudado apresentou poucas divergências a uma situação considerada adequada, os seguintes agentes frio, radiação, vibração e umidade tem pouca/quase inexistente presença no ofício, já o ruído e o calor possuem uma participação maior, mas nada excessivo, portanto, a gestão de riscos deve ser direcionado para os dois últimos agentes citados; Em relação aos EPI’s e EPC’s (Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva), o ambiente e o trabalhador não possuem nenhum dos dois.

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Figura 1 - Risco Físico. Fonte: Autores (2017)

Os Riscos Químicos, que tratam da probabilidade de riscos de natureza química atingir a integridade física do trabalhador, ou seja, substâncias, compostos e transformações químicas, apresentaram pouca incidência de danos à saúde do trabalhador, os produtos químicos utilizados no ofício são cola e tíner (solvente para tintas e vernizes), os quais são manipulados por espátulas e panos, além disso, há emanação de poeiras por corte de madeira; Sobre os EPI’s e EPC’s, há apenas a presença dos individuais,  máscaras e luvas.

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Figura 2 - Risco Químico. Fonte: Autores (2017)

Não houve incidência de Riscos Biológicos, sendo estes relacionados a entes microbiológicos e animais diversos.

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Figura 3 - Risco Biológico. Fonte: Autores (2017)

        Os Riscos Ergonômicos, caracterizados pelos riscos que interferem na adaptação     do trabalho às necessidades fisiológicas e mentais do trabalhador, tiveram como resultado uma incidência média de danos à saúde do trabalhador, o qual é exigido esforço físico intenso pelo carregamento das chapas de MDF que são gigantes e pesadas; sobre postura inadequada e postura incômoda a análise é irrelevante dado que o trabalhador trabalha em posições variadas, entretanto, é importante adotar medidas preventivas como a ginástica laboral; Não há ritmos de trabalho excessivo e nem monótono; A respeito dos EPI’s, eles são inexistentes.

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Figura 4 – Riscos ergonômicos. Fonte: Autores (2017)

        Por fim, os Riscos de Acidentes, que tratam dos possíveis acidentes a que o trabalhador pode sofrer se não houver um tratamento adequado ao ambiente, às máquinas, as ferramentas, entre outros, resultaram em danos de médios a altos ao trabalhador; O arranjo físico, por ser pequeno, possui corredores e passagens obstruídas e com obstáculos e falta de organização de materiais nas passagens; Os produtos químicos estão devidamente organizados em local adequado e os serviços de limpeza são organizados em outro setor; O piso oferece segurança ao trabalhador e as ferramentas manuais estão em bom estado e são adequadas para a realização de cada atividade; As máquinas e equipamentos são novos e portanto estão em bom estado e estão em local seguro; O botão de emergência da máquina não é visível, entretanto, a chave geral das máquinas é de fácil acesso; Um dos problemas encontrados no local é de que a serradeira só gira se empurrar a corrente, colocando o trabalhador em uma situação perigosa e desgastante; As máquinas não possuem proteção; O operador não para as máquinas para limpá-las, ajustá-las, consertá-las ou lubrificá-las, por conta da simplicidade e praticidade das mesmas, logo elas apenas necessitam de manutenção preventiva de tempos em tempos; Os dispositivos de segurança das máquinas atendem às necessidades de segurança; Em operações que oferecem riscos o operador utiliza EPI, exceto na área de serragem; As máquinas e equipamentos apresentam fios soltos sem isolamento, apresentando riscos graves pela força da eletricidade; Os interruptores de emergência não são sinalizados e não há cadeados de segurança nas caixas de chaves elétricas; A iluminação é provida pela luz do dia, logo é adequada e suficiente, exceto em dias nublados; Há instalações elétricas provisórias no local; O transporte de materiais é feito por cabos acarretando em risco da corda romper e despencar; Quanto à edificação existem riscos aparentes, pois a oficina de marcenaria está próxima a quartos de um domicílio.

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