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Hipersensibilidade Dentária

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Por:   •  7/9/2013  •  1.158 Palavras (5 Páginas)  •  1.832 Visualizações

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Hipersensibilidade dentinária: uma abordagem morfofuncional do complexo dentina polpa

A hipersensibilidade dentinária é caracterizada por uma dor aguda, intensa e de curta duração que ocorre na presença de um estimulo externo sobre dentes com dentina exposta e túbulos dentinarios abertos e ligados à polpa, e pela exposição da dentina em lesões cervicais. E é muito comumente relatada por pacientes adultos.

Existe grande preocupação em minimizar perdas dentárias e também a agressão que a cárie causa aos dentes. Todavia, a longevidade desencadeia uma série de lesões cervicais não cariosas.

Revisões de literatura indicam que nos últimos 150 anos o interesse pela área da hipersensibilidade tem aumentado, e consequentemente estão sendo desenvolvidas mais pesquisas a fim de entender a forma na qual ocorre, e assim após seu entendimento poder desenvolver métodos para ameniza-la ou cessá-la. Estudos indicam que o problema vai além do clínico, logo sua fisiologia também responsável e é de grande complexidade.

Existem vários estudos abrangendo diversas áreas da odontologia tentando explicar a ocorrência da dor através da dentina, destes estudos, surgiram teorias como:

Teoria da Fibração ou gate control (Melzack e Wall, 1965 ) também é defendida a hipótese que estímulos tanto térmicos, quanto químicos atingem as terminações nervosas encontradas nos túbulos dentinários, comunicando-se com fibras nervosas não mielinizadas na polpa, há presença de polipepitídeos neurogênicos, Porém não é muito embasada por evidências científicas.

Na Teoria da transdução odontoblástica (Seltzer, Bender, 1975), os odontoblastos ficam expostos na superfície dentinária diversos estímulos podem ser excita-los, liberando neurotransmissores e impulsos até as terminações nervosas encontradas na polpa, causando a dor, porém Seltzer não conseguiu identificar qual foi o neurotransmissor responsável por este estímulo.

Já a Teria da modulação (Turker, 1975) Afirma que os odontoblastos estimulados liberam neurotransmissores, aminoácidos e, proteínas vasoativas, e estas modulariam a ação potencial das fibras nervosas, aumentando intensidade da dor.

A Teoria hidrodinâmica (Brannstrom, 1964 ) é a mais antiga, e por justificar melhor a sensibilidade é atualmente a mais aceita, nela há descrição de fluidos presentes nos túbulos dentinários que se agitam após mudanças de temperatura, tanto físicas quanto osmóticas, causando descargas neurais por meio do estímulos á mecanorreceptores. Com isto a pressão intratubular muda, e há uma excitação das terminações nervosas pulpares, e a ocorrência da dor. Lembrando que a dentina deve estar exposta de alguma forma, seja por hábitos como má oclusão, bruxismo, consumo de carboidratos fermentáveis, bulimia; ou por lesões não cariosas que levam a dentina a ser exposta como abrasão, abfração, e corrosão química. Este fato também ocorre quando há perda da estrutura de revestimento periodontal, já que está associada a escovação exagerada e força aplicada na escovação.

Sabendo que a hipersensibilidade é uma tipicamente uma dor curta e aguda e ocorre quando há estímulos em dentinas expostas é necessário então conhecer o fator etiológico da hipersensibilidade, a fim de trata-la de forma correta e coerente, já que existem diversos fatores de exposição dentinária. Para evitar possíveis erros de diagnóstico devemos fazer exames clínicos, radiográficos e anamnese, já que a dor pode ser proveniente de outros fatores como Fratura vertical ou parcial da cúspide que apresente dor apenas na percussão de instrumental ou pela mordida de um disco de borracha ou cunha de madeira. Dor de origem pulpar, que apresente ou não lesão periapical, com sintomatologia dolorosa, porém lancinante, de longa duração e persistente mesmo após remoção do estimulo. Sensibilidade devido ao clareamento causando pulpite reversível devido a passagem de agentes através do esmalte para dentina e posteriormente para polpa, sem causar injuria pulpar.

O tratamento é diferenciado de e acordo com o caso o mais efetivo a ser feito é diminuir os fluxos dos líquidos nos túbulos dentinários. São oferecidos no mercado diversos produtos que visam cessar, ou minimizar a dor causada pela hipersensibilidade, porém há também a possibilidade de haver remineralização da dentina, não sendo necessário a realização do tratamento.

Porém na grande maioria dos casos, é necessário tratamento, e ele poderá ser feito através da endodontia, ajuste da oclusão, uso de dentifrícios, ou microcirurgias.

O tratamento Endodôntico, é muito radical e indicado somente em casos críticos. Podem ser aplicadas substâncias na superfície dentinária que obliteram os canais dentinários.

Segundo estudos de Garone Filho (1996) o ajuste oclusal deve ser feito quando necessário, já que a obliteração dos túbulos dentinarios se contínua causa a pressão intrapulpar e dificulta movimentação do líquido dos túbulos, favorecendo a hipersensibilidade. A Abfração é solucionada quando feito ajuste oclusal, reduzindo a incidência de carga e a pressão que ocorre no elemento dentário, reduzindo assim

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