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Indústria De Porter

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Por:   •  16/9/2014  •  1.569 Palavras (7 Páginas)  •  388 Visualizações

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Em 1979, Michael Porter criou o modelo das Cinco Forças de Porter, que se destina à análise da competição entre empresas. Esta análise se tornou um clássico da administração. Para desenvolver a análise é necessário refletir sobre cinco contextos em que a empresa está inserida, chamadas por Porter de forças. O modelo das Cinco Forças de Porter é uma ferramenta que ajuda na definição de estratégia da empresa e leva em consideração tanto o ambiente externo como o interno. Este modelo tem como principais objetivos entender o ambiente competitivo e identificar ações estratégicas futuras para se ter vantagem no mercado.

As cincos forças de Poter são: rivalidade entre os concorrentes, poder de negociação dos clientes, poder de negociação dos fornecedores, ameaças da entrada de novos concorrentes e ameaças de produtos substitutos. Cada uma delas deve ser analisada em um nível de detalhamento considerável, pois para uma empresa desenvolver uma estratégia competitiva precisa estar de acordo com tal estrutura.

A rivalidade entre concorrentes, para a maioria das indústrias é o principal determinante da competitividade do mercado. Os concorrentes às vezes competem de forma agressiva, não só em relação ao preço do produto, como também a inovação, marketing, etc.

Quando uma empresa tem ações competitivas dentro de seu setor, estas têm resultados significativos em seus concorrentes, que podem, portanto, provocar esforços para conter essas ações de retaliação. Se o setor é centralizado, submetido por um pequeno número de empresas, estas podem estabelecer a sua disciplina ou desempenhar um papel coordenador no setor.

Existe uma maior chance de ocorrer guerras de preços, disputas publicitárias, investimentos em qualidade etc., se a rivalidade for muito grande. Geralmente a rivalidade é maior quando o mercado está estagnado ou crescendo lentamente, ou ainda quando existem altos custos fixos. A rivalidade interna quando é alta tem consequências negativas na atratividade da indústria. Esta pode ter uma resposta de baixo grau de diferenciação dos produtos, forte barreiras à saída ou ainda da necessidade de grandes investimentos para expansão da atividade.

O poder de negociação dos clientes funciona da seguinte forma, estes jogam os concorrentes uns contra os outros. Isso ocorre porque os clientes exigem mais qualidade e por preços baixos de bens e serviços. Também competindo com a indústria, forçando os preços para baixo. Portanto os clientes são capazes de forçar a baixa dos preços, de exigir melhor qualidade ou de cobrar mais prestação de serviços.

Segundo Porter (1999) um grupo de comprador é poderoso se: os compradores comprarem em grandes volumes; os produtos adquiridos no setor forem padronizados; os compradores jogam um fornecedor contra o outro; os produtos obtidos no setor forem constituintes dos produtos dos compradores e representarem parcelas significativas de seus custos; seus lucros forem baixos, criando um forte incentivo para a redução dos custos de suas compras; os produtos do setor não forem importantes para a qualidade dos produtos ou serviços dos compradores; o produto do setor não poupa o dinheiro do comprador; e, os compradores representarem uma ameaça concreta de integração para trás, incorporando o produto do setor.

Existe uma possiblidade de a atratividade de um dado setor ser menor, se o poder de negociação dos consumidores for maior, porque os consumidores podem forçar as empresas a reduzir os preços, aumentar a qualidade dos produtos e/ou serviços e ainda negociar melhores condições de pagamento. Normalmente o poder de negociação dos consumidores é maior quando existe concentração da indústria dos consumidores ou quando a importância da indústria consumidora for alta. Quando os consumidores consomem em grandes quantidades ou quando ameaçam promover uma integração para trás, a influência destes pode ser alta. Os consumidores também têm maior poder de negociação quando são únicos ou quando os produtos fornecidos são de menor importância para eles.

Pode-se reduzir o poder de negociação dos clientes através de: parcerias; gerenciamento da cadeia de suprimento; aumento da lealdade dos compradores; aumento dos incentivos e do valor agregado; mudança de foco no preço nas decisões de compra; contatos diretos com os intermediários mais poderosos.

Já o poder de negociação dos fornecedores é capaz de exercer ameaça ao desempenho das empresas de uma indústria através do aumento dos preços ou da diminuição da qualidade dos bens e serviços. Deste modo, os fornecedores poderosos têm condições de comprimir a rentabilidade de um setor que não consegue compensar os aumentos de custos nos próprios preços. Fornecedores de matérias-primas, componentes e serviços para a empresa pode ser uma fonte de poder. Estes podem rejeitar-se a trabalhar com a empresa, ou, por exemplo, cobrar preços altos demais para recursos únicos.

Segundo Porter (1999), um grupo de fornecedores é poderoso se: o mercado for submetido a poucas empresas e se for mais centralizado do que o setor comprador; o seu produto tem um diferencial ou se ele gerou custo de mudança; esses produtos não serão sujeitos a competir com outros produtos nas vendas ao setor de varejo; esses fatores representam uma ameaça real de integração para frente.

A rentabilidade de um dado setor pode ser afetada negativamente, se os fornecedores tiverem alto poder de negociação, porque estes podem impor preços, condições de pagamento, prazo de entrega e qualidade dos produtos. A proporção dessa força está relacionada de forma direta com a concentração do setor fornecedor.

O potencial de impacto negativo no desempenho será grande, se a importância do setor consumidor para os fornecedores for menor e se os custos de mudança de fornecedor forem maiores. Porém, o setor receberá um menor impacto dessa força, se os produtos fornecidos tiverem baixa importância para os clientes, ou se tiverem produtos que substituam os dos fornecedores. Para lidar com o poder de negociação dos fornecedores um método possível seria executar ou gerar uma ameaça de integração para trás pelas empresas no setor.

Pode-se reduzir o poder de negociação dos

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