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Introdução Ao Estudo Da Patologia

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Por:   •  8/5/2014  •  5.308 Palavras (22 Páginas)  •  903 Visualizações

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Ana Carolina Etrusco Zaroni

Resumo – Aula 1

Introdução ao Estudo da Patologia

PATOLOGIA = estudo das doenças (do grego pathos = doença, sofrimento e logos = estudo). Pode ser conceituada com a ciência que estuda as causas das doenças, os mecanismos que a produzem, as sedes e as alterações morfológicas e funcionais que apresentam.

SAÚDE = estado de adaptação do organismo ao ambiente físico, psíquico ou social em que vive, sentindo-se bem (saúde subjetiva) e sem apresentar sinais ou alterações orgânicas evidentes (saúde objetiva).

A palavra saúde é utilizada em relação ao indivíduo, enquanto o termo normalidade (normal) é utilizado em relação a parâmetros de parte estrutural ou funcional do organismo. O normal é estabelecido a partir da média de várias observações de um determinado parâmetro.

DOENÇA = estado de falta de adaptação ao ambiente físico, psíquico ou social, no qual o indivíduo sente-se mal (sintomas) e apresenta alterações orgânicas evidenciáveis (sinais).

• sintoma – é o que o paciente relata sentir. Ex.: dor

• sinal – é aquilo que pode ser observado. Ex.: pressão, febre.

DIVISÕES DA PATOLOGIA = a patologia engloba áreas diferentes como:

• Etiologia (estudo das causas);

• Patogênese (estudo dos mecanismos);

• Anatomia Patológica (estudo das alterações morfológicas dos tecidos que, em conjunto, recebem o nome de lesões);

• Fisiopatologia (estudo das alterações funcionais dos órgãos afetados).

A Patologia Geral estuda os aspectos comuns às diferentes doenças no que se refere às suas causas, mecanismos patogenéticos, lesões estruturais e alterações da função.

A Patologia Especial se ocupa das doenças de um determinado órgão ou sistema ou estuda as doenças agrupadas por suas causas.

LESÃO (ou processo patológico) = é o conjunto de alterações morfológicas, moleculares e/ou funcionais que surgem nos tecidos após agressões. As lesões são dinâmicas: começam, evoluem e tendem para a cura ou para a cronicidade. Portanto, o aspecto morfológico de uma lesão é diferente quando ela é observada em diferentes fases de sua evolução.

AGRESSÃO / AGENTE AGRESSOR = é o agente que potencialmente pode causar uma lesão. A ação dos agentes agressores se faz por dois mecanismos:

• ação direta - por meio de alterações moleculares que se traduzem em modificações morfológicas;

• ação indireta – através de mecanismos de adaptação que, ao serem acionados para neutralizar ou eliminar a agressão, induzem alterações moleculares que resultam em modificações morfológicas. Ex.: resposta defensiva do organismo.

CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES = podem ser classificadas em cinco grupos, definidos de acordo com o alvo atingido:

• lesões celulares

o lesões letais: representadas pela necrose (morte celular seguida de autólise) e pela apoptose (morte celular não seguida de autólise)

o lesões não letais: são aquelas compatíveis com a recuperação do estado de normalidade

• alterações do interstício: englobam as modificações da substância fundamental amorfa e das fibras elásticas, colágenas e reticulares, que podem sofrer alterações estruturais e depósitos de substâncias formadas in situ ou originadas da circulação

• distúrbios da circulação, incluem:

o aumento, diminuição ou cessação do fluxo sanguíneo para os tecidos (hiperemia, oligoemia e isquemia)

o coagulação do sangue no leito vascular (trombose)

o aparecimento na circulação de substâncias que não se misturam ao sangue e causam oclusão vascular (embolia)

o saída de sangue do leito vascular (hemorragia)

o alterações das trocas de líquidos entre o plasma e o interstício (edema)

• alterações da inervação

• inflamação: é a reação secundária que acompanha a maioria das lesões inicias produzidas por diferentes agentes lesivos. É a lesão mais complexa que envolve todos os componentes teciduais. Os quatro sinais da inflamação são: dor, calor, tumor e rubor.

MÉTODOS DE ESTUDO EM PATOLOGIA

ESTUDO MORFOLÓGICO

• exames citológicos:

o meio de diagnóstico de muitas doenças, sobretudo as neoplasias malignas e suas lesões precursoras Ex.: exame colpocitológico (detecção precoce do câncer do colo uterino).

o também é usado para a detecção de agentes infecciosos e parasitários

o método: a amostra é fixada (geralmente com álcool etílico-95%) e corada (a coloração universal dos esfregaços celulares é a de Papanicolau). Em relação ao diagnóstico de células pré-cancerosas ou malignas, o resultado é fornecido de acordo com a classificação de Papanicolau:

Classe 0 Material inadequado ou insuficiente para diagnóstico. Deve-se repetir a colheita.

Classe 1 Ausência de alterações citológicas. Esfregaço normal.

Classe 2 Presença de atipias celulares, porém não associadas a malignidade. Refere-se em geral a processos inflamatórios.

Classe 3 Esfregaço duvidoso para malignidade.

Classe 4 Esfregaço sugestivo mas não conclusivo de malignidade.

Classe 5 Esfregaço positivo para malignidade.

Obs.: tratamentos radicais não devem ser realizados com base apenas no resultado do exame citológico (casos inconclusivos não são raros).

• exames anatomopatológicos:

o as biópsias podem ser feitas para diagnóstico e/ou tratamento. Se dividem em:

 ablativas ou excisionais

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