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Jogos Como começar, para onde ir?

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Por:   •  10/9/2014  •  Tese  •  1.289 Palavras (6 Páginas)  •  361 Visualizações

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Como começar, por onde ir?

Segundo João Batista freire “nenhuma criança fica esperando chegar o momento de entrar na escola para começar a aprender (...)” a criança ao entrar na escola já traz consigo as vivencias de mundo: culturas, habilidades e principalmente a arte de brincar. A criança sabe como é o brinquedo e como brincar e usa isso pra se relacionar com o mundo a sua volta.

Diferente do que acontece na maioria das vezes na escola e com os próprios professores, é preciso valorizar essa bagagem que a criança traz pra dentro da escola, pois a criança já adquiriu conhecimentos através de jogos e brinquedos por isso é fundamental a valorização desse conhecimento que eles possuem Essas brincadeiras ou jogos praticados pelas crianças antes de ingressarem dentro de uma escola já fizeram com que criassem habilidades motoras, cognitiva e social que a escola exige.

Outro ponto ressaltado por Freire é a problematização dos meios de comunicação (TV, internet, e outros) que as crianças recebem nos dias atuais que generaliza e não enfatiza os costumes do meio social e cultural de cada comunidade. De maneira habitual é preciso usar essa modernidade concreta sim, mas não deixar de lado as culturas trazidas pelos jogos e brincadeiras de rua praticadas por grupos de pessoas que mantém contato corporal e não virtual e, isso é sem duvida um bem necessário para o convívio social, criando bases de vínculos afetivos que se levará por toda vida adquirida na cultura infantil.

Por isso é importante que nos educadores elaboremos uma proposta pedagógica voltada para a complexidade do conhecimento, usando de maneira expressiva tudo o que a criança traz em sua leitura de mundo, tais como: sua cultura, habilidades e o seu próprio conhecimento de vida.

A respeito do jogo

Para Piaget, o jogo é essencial na vida da criança, pois prevalece a assimilação. No jogo, a criança se apropria daquilo que percebe da realidade. Defende que o jogo não é determinante nas modificações das estruturas, mas pode transformar a realidade.

Piaget descreve quatro estruturas básicas de jogos infantis, que vão se sucedendo e se sobrepondo nesta ordem:

Jogo de exercício, Jogo simbólico, Jogo de regras, Jogo de construção.

a) O jogo de exercício

Representa a forma inicial do jogo na criança e caracteriza o período sensório-motor do desenvolvimento cognitivo. Manifesta-se na faixa etária de zero a dois anos e acompanha o ser humano durante toda a sua existência — da infância à idade adulta.

A característica principal do jogo de exercício é a repetição de movimentos e ações que exercitam as funções tais como andar, correr, saltar e outras pelo simples prazer funcional.

b) O jogo simbólico

Segundo Piaget, estes jogos fazem parte da fase pré-operatória (dos dois aos seis anos de idade), onde a criança, além do prazer, começa a utilizar a simbologia. A função simbólica já está estruturada e começa a fazer imagens mentais, já domina a linguagem falada.

Jogo simbólico, também chamado de faz-de-conta, caracteriza-se por recriar a realidade usando sistemas simbólicos, ele estimula a imaginação e a fantasia da criança, favorecendo a interpretação e ressignificação do mundo real. É considerado por diversos autores como

fundamental para o desenvolvimento, favorecendo a interação com o outro e possibilitando a expressão das emoções e percepções vivenciada na relação que a criança, estabelece com o mundo real.

c) O jogo de regras

De acordo com Piaget, este jogo acontece a partir dos sete anos de idade, no período operatório concreto - a criança aprende a lidar com delimitações no espaço, no tempo, o que pode e o que não pode fazer. Ao invés de símbolo, a regra supõe relações sociais, porque a regra é imposta pelo grupo e sua falta significa ficar de fora do jogo.

No jogo de regras deixa de haver um chefe e passa a haver uma lei: a regra. É ela que promove a coesão do grupo que apenas existe com uma finalidade: a realização de um determinado jogo.

d) O jogo de construção

Dentro da pedagogia infantil, os jogos de construção são uma etapa de transição entre os jogos simbólicos (faz-de-conta) e os jogos sociais (jogos de regra). Eles são de grande importância porque permitem à criança explicitar sua visão de mundo concretamente, revelando seu universo interior (medos, fantasias) por meio dessas construções.

Cognição

Profissionais da área educacional, comprometidos com a qualidade da sua prática pedagógica, reconhecem a importância do jogo como um veículo para o desenvolvimento social, emocional e intelectual dos alunos.

O jogo não é simplesmente um “passatempo” para distrair os alunos, ao contrário, corresponde a uma profunda exigência do organismo e ocupa lugar de extraordinária importância na educação escolar. Estimula o crescimento e o desenvolvimento, a coordenação muscular, as faculdades intelectuais, a iniciativa individual, favorecendo o advento e o progresso da palavra. Estimula a observar e conhecer as pessoas e as coisas do ambiente em que se vive.

Através do jogo o indivíduo pode brincar naturalmente, testar hipóteses, explorar toda a sua espontaneidade criativa. O jogar é essencial para que

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