Joint Venture

Joint Venture é uma expressão de origem inglesa, que significa a união de duas ou mais empresas já existentes com o objetivo de iniciar ou realizar uma atividade econômica comum, por um determinado período de tempo e visando, dentre outras motivações, o lucro.

Também pode ser chamada de um Empreendimento em Conjunto, ou seja, é uma associação de empresas podendo ser definitiva ou não, com fins lucrativos sem que nenhuma das empresas envolvidas perca sua personalidade jurídica.

Essa aliança compromete as empresas envolvidas a partilharem a gestão, os lucros, os riscos e os prejuízos. Para constituir uma joint venture, é necessário cumprir várias etapas e estabelecer objetivos, estrutura e a sua forma.

Existem dois tipos de joint ventures:

• joint venture contratual (non corporate) – na qual não existe a formação de uma nova empresa (não tem personalidade jurídica);

• joint venture societária – que implica a criação de uma nova empresa que tem personalidade jurídica própria.

Uma de suas principais vantagens é que as empresas envolvidas partilham os riscos e custos dos projetos, o que é essencial, pois muitos desses projetos requerem um grande investimento na fase inicial. Além disso, oferece a oportunidade de diferentes empresas aprenderem umas com as outras, ultrapassando os desafios de forma mais eficiente e competindo no mercado com mais competência.

Em contrapartida pode representar um maior risco de fracasso dos objetivos, porque a dinâmica de trabalho entre duas (ou mais) empresas distintas é sempre mais complicada, e a empresa menos competente poderá ser um empecilho para o sucesso do projeto. Iniciar e gerir os projetos requer bastante tempo e o processo de tomada de decisões fica menos flexível, já que é preciso gerir as idéias e vontades das duas (ou mais) empresas.

Um exemplo básico de joint venture seria a transação entre o proprietário de um terreno de excelente localização e uma empresa de construção civil interessada em levantar um prédio no local.

Outros exemplos de empreendimentos em conjunto são:

• 1987 – Integração das fábricas e operações de duas grandes empresas automobilísticas no Brasil, Volkswagen e Ford, resultando na Autolatina. Esse exemplo de joint venture visava potencializar os pontos fortes de cada uma destas empresas e compartilhar os custos de produção;

• 2001 – As montadoras Fiat e General Motors se uniram numa joint venture, resultando na Fiat-GM Powertrain (FGP);

• 2011 – Houve a venda da marca Becel da Unilever Brasil, à Perdigão, que disponibilizou sua estrutura de venda e distribuição, enquanto a Unilever entrou com todo o equipamento e mão de obra;

• 2014 – A joint venture indiana de Singapore Airlines e Tata Sons encomendou o avião A320 da Airbus para o lançamento do projeto, o que permitiu uma vitória sobre a concorrente Boeing.

• 2014 – Foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) a formação de uma joint venture entre a Cemig e a mineradora Vale. O projeto visa elevar o potencial de gerar novos negócios e maximizar resultados com a combinação de experiências em gestão operacional, financeira e de projetos de ambas as empresas.

• 2015 – Está prevista a união da Braskem com a Styrolution com a construção de uma fábrica e início da produção de especialidades estirênicas em 2017 (clientes nos setores automotivo e de eletrodomésticos). A Styrolution entrará com licenciamento de tecnologia e negócios já existentes, e a Braskem promoverá infra-estrutura da cadeia de fornecimento e o local para construção da fábrica.