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MAX WEBER

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Por:   •  21/1/2015  •  1.336 Palavras (6 Páginas)  •  244 Visualizações

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MAX WEBER (1864 – 1920)

(A) VIDA E OBRAS

• Max Weber(1864-1920), alemão como Marx (1818-1883) e contemporâneo de Durkheim (1858-1917), foi um estudioso acadêmico peculiar: passou a maior parte da vida ligado a universidades, mas fora delas, pois sofria de doenças crônicas e terríveis. Também colaborou com o governo alemão na 1ª GG. De um modo geral, porém, produziu sua obra de forma “isolada” da política concreta e até da vida acadêmica mais regular.

• Era um estudioso penetrante e dedicado. Por exemplo: já no fim da vida, quando aconteceu a Revolução Russa (1917), dedicou-se a estudar russo, pois queria ler os jornais e documentos da revolução no original. Igualmente, durante a vida, estudou com afinco: história militar, história da cultura, história das religiões, história econômica, etc. Conhecia história antiga como poucos. Também era grande conhecedor da história oriental, o que é raro no Ocidente. Foi um dos primeiros estudiosos da sociologia a fazer pesquisas de campo. O grosso de sua obra, porém, é teórica. Era grande conhecedor de direito, administração, economia, filosofia, teologia, política, etc. Sua erudição cultural tem poucos casos similares – Marx e Durkheim, por exemplo.

• Viveu numa época complexa para a Alemanha: Bismarck, unificação do país, avanço dos socialistas, industrialização sob regime autoritário e 1ª Grande Guerra – iniciada pela Alemanha e seu maior aliado, o Império Austro-Húngaro.

• Obras mais importantes: Do Curso da História Alemã (1877), trabalhos variados (1882-1892), História das Instituições Agrárias (1891), História Agrária Romana e seu Significado para o Direito Público e Privado (1894), As Causas Sociais da Decadência da Civilização Antiga (1895), A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo – 1ª parte (1904), As Relações de Produção no Mundo Antigo (1909), Economia e Sociedade (1910-1914), Ensaio Acerca de Algumas Categorias da Sociologia Compreensiva (1913), A Ética Econômica das Religiões Universais (1914), A Política como Vocação (1918), A Ciência como Vocação (1918) e Parlamentarismo e Governo Numa Alemanha Reconstruída (1918), entre muitas outras, é bom frisar.

• É bom informar ainda que o nosso ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso, sociólogo importante, diz ser um grande admirador de Max Weber, que muito o influenciou em seus estudos e idéias – afirmação discutível, pois sua obra era marcada muito mais pelo pensamento marxista. Mas ... agora é “moda” não ser marxista e, ao contrário, se dizer, na sociologia, weberiano. Isso nos leva ao seguinte comentário: Weber, ao contrário de Durkheim e Marx, não foi tão valorizado pela academia durante o Século XX. Dos três, era o menos “festejado” e seguido, embora tenha influenciado pensadores brasileiros importantíssimos: Raízes do Brasil (1936) de Sérgio Buarque de Holanda e Os Donos do Poder (1958) de Raymundo Faoro são, por exemplo, duas obras clássicas sobre a formação social brasileira de inspiração weberiana. Sua importância também foi grande na sociologia alemã e numa certa visão “pessimista” do capitalismo moderno burocratizado.

(B) A AÇÃO SOCIAL

• Sociologia, para Weber, é, antes de tudo, tentar “compreender” a ação social dos seres humanos “individualmente”. Tudo parte dos indivíduos e suas ações nos mais variados campos – desde a mais insignificante ação da vida privada até as mais grandiosas ações da vida pública. É, por assim dizer, um anti-Durkheim e, também, nesse sentido, um anti-Marx. Por isso, na sociologia, é uma espécie de “pai” do chamado, hoje em dia, “individualismo metodológico” – ou seja, pensamentos/análises, sociológicos ou não, que partem da idéia fundamental de que as explicações mais corretas sobre as coisas humanas, mesmo sobre as coisas coletivas, baseiam-se nas “motivações” dos indivíduos no “agir social”.

• Ação social – moda, consumo, mercado, política, religião, crime, trabalho, etc. – é toda conduta humana que interfere com outros e consigo mesmo. A sociologia, segundo Weber, é para “compreender” isso e não ficar fazendo “julgamento de valor” sobre o agir humano. As ações sociais (o agir humano), no passado, seguiam mais os costumes e, agora, no mundo atual, seguem mais “cálculos racionais”. [Explicação que começou a ser delineada, primeiramente, por Maquiavel (1469-1527), filósofo político do Renascimento Italiano.]

• As ações sociais são de quatro tipos ideais – ou seja, podem ser classificadas em quatro formas teóricas, embora, na prática, nunca encontramos motivações “puras” para cada tipo de ação, sendo mais uma mistura de influências/fatores.

• Ação racional com relação a fins (1º tipo ideal): é um cálculo que busca resultados. Exemplos: atividade econômica, ciência, etc. O indivíduo tem por motivação um cálculo racional sobre meios e fins, custos e benefícios da sua ação. É tudo, vamos dizer assim, “de caso pensado” ou consciente – sempre em busca de “resultados”.

• Ação racional orientada por valores (2º tipo ideal): também é um cálculo racional, mas diferentemente do primeiro tipo, aqui as ações são “orientadas” por valores ou convicções determinadas – políticas, religiosas, morais ou ideológicas, entre outras motivações possíveis.

• Aqui precisamos abrir parênteses e fazer uma crítica ao livro “Um Toque de Clássicos”, que não explica uma discussão importante feita por Weber sobre “ética e ação social”.

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