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MEHRY, EE; FEUERWERKER, LCM. Novo olhar sobre as tecnologias de saúde: uma necessidade contemporânea

Por:   •  10/2/2019  •  Abstract  •  1.618 Palavras (7 Páginas)  •  1.510 Visualizações

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RESUMO - TEXTO: MEHRY, EE; FEUERWERKER, LCM. Novo olhar sobre as tecnologias de saúde: uma necessidade contemporânea. Disponível em: <http://www.uff.br/saudecoletiva/professores/merhy/capitulos-25.pdf>. Acessado em: 24/06/2018

Autoria do resumo: MARILIA MARTINS DE ARAUJO REIS- JULHO/2018

INTRODUÇÃO - HISTÓRICO

Até o Século XIX – vários saberes, varias formas de cuidado, várias concepções de causalidade da doença, várias estruturas culturais amplas.

Século XX – ciência positivista – exclusividade médica, tanto para diagnóstico, como para tratamento – medicina do corpo de órgãos - Deslegitimação de todas as outras formas de saber – QUALQUER FENÔMENO DE SOFRIMENTO É VISTO COMO DOENÇA.

Saúde Coletiva – implica no estudo de outros objetos e saberes – história, sociedade e coletivos humanos.

A Medicina do século XIX – traz soluções, mas tem incapacidades. Reducionismo biológico – saberes e postura vertical, unidirecional - Perda da dimensão da escuta, da dimensão cuidadora – perda de potência e eficácia.

Sofrimento é complexo – envolve outras esferas, outros saberes.

O TRABALHO

Marx – o trabalho é uma práxis que expõe a relação homem/mundo em um processo de mútua produção – a construção mental do produto antecede o trabalho - produção tem componentes – trabalho humano, matéria- prima e ferramentas.

Taylor e Marx – fábrica como lugar de dominação.

Trabalho morto – são os produtos meio.

Trabalho vivo – é o trabalho criador do produto fim – envolve o produtor do ato e a construção e a finalidade do produto.

Trabalho como prática social ≠ trabalho como prática técnica- Ato produtivo de pessoas ou de coisas.

Trabalhador – ligado a uma cadeia simbólica dura – valor de uso – valor simbólico que o produto carrega.

Valor referente simbólico em saúde – cuidar e fazer procedimentos por dinheiro.

O TRABALHO EM SAÚDE

Trabalho em saúde – visa modificar sobre o que age – tem um compromisso com as necessidades sociais.

Processo do trabalho em saúde – encontro entre quem oferece o serviço - agente produtor - e quem o consome – agente consumidor = objeto e agente, pois interage.

A ação intencional do trabalho realiza-se num processo em que o trabalhador, por meio do trabalho vivo em ato, captura interessadamente um objeto/natureza para produzir bens/produtos. O trabalho em si é o trabalho vivo e os instrumentos de trabalho e a organização do processo de trabalho são o trabalho morto (ou seja, são produto de um trabalho vivo anterior).

Trabalho médico - processo puramente intelectual - se desdobra em técnicas materiais e não materiais - instrumentos de trabalho - momento de operação do saber no trabalho médico - dimensão tecnológica do trabalho médico - encontro entre o médico e o usuário, este profissional de saúde utiliza “caixas de ferramentas tecnológicas” – ação no processo de interseção.

Três caixas de ferramentas que envolvem processo produtivos diferentes e produtos assim também:

1- Ligadas ao fazer.

2- Ligadas ao saber.

3- Ligadas às relações trabalhador-usuário.

Temos então :

TECNOLOGIAS DURAS – equipamentos e medicamentos - propedêutica e aos procedimentos (diagnósticos e terapêuticos). - processos consomem trabalho morto (das máquinas) e trabalho vivo de seus operadores. A razão instrumental prevalece, o conhecimento prévio.

TECNOLOGIAS LEVE – DURAS - A construção do conhecimento por meio de saberes estruturados (teorias, modelos de cuidado) - A tecnologia leve-dura é compreendida como a utilização de conhecimentos estruturados, que não precisam de um recurso de alta tecnologia para realização. Permitem processar o olhar do médico sobre o usuário, como objeto de sua intervenção, em um processo de apreensão de seu mundo e de suas necessidades a partir de um certo ponto de vista. Esse olhar é construído a partir de certos saberes bem definidos, como a clínica, a epidemiologia (trabalho morto, pois produzido anteriormente), mas no momento concreto do agir do médico, mediante seu trabalho vivo em ato, em sua Interação com o usuário (imprevisto, singular), há uma mediação imposta - pela incerteza e pela situação específica – ao raciocínio clínico do médico. Esse é sempre um território de tensão entre a dureza do olhar armado e do pensamento estruturado e a leveza exigida pelo usuário. É a partir deste terreno que os produtos da primeira caixa de ferramentas ganham significados como atos de saúde. E como não há um só modo de realizar o ato clínico, pode predominar a dureza (e os processos mais estruturados) ou pode predominar a leveza (e os processos mais maleáveis, mais permeáveis).

TECNOLOGIAS LEVES - as que permitem a produção de relações envolvidas no encontro trabalhador-usuário mediante a escuta, o interesse, a construção de vínculos, de confiança; é a que possibilita mais precisamente captar a singularidade, o contexto, o universo cultural, os modos específicos de viver determinadas situações por parte do usuário, enriquecendo e ampliando o raciocínio clínico do médico.

É a combinação destas tecnologias que configurará os diferentes modelos de atenção em saúde, do cuidado em saúde.

Campo da saúde – objeto deveria ser a produção do cuidado e a cura e a saúde os objetivos. Mas depende de como as tecnologias são combinada e qual delas prevalece.

CRISE DOS USUÁRIOS COM A FORMA DE ATENDIMENTO – não são ouvidos, tratados de forma humanizada, mas coisificada.

MODELO ASSISTENCIAL – o cuidado é relegado – outros saberes estão subjulgados à hegemonia médica – MODELO DE ATENÇÃO RESULTADO DE DISPUTAS – regidas pelos poderes técnicos, administrativos e políticos da sociedade contemporânea – onda as tecnologias duras e leves-duras encontram espaço para prevalecer.

REDEFINIÇÃO DOS ESPAÇOS DE RELAÇÃO ENTRE OS ATORES – Tecnologias leves, relacionais possam prevalecer – ações cuidadoras que venham de toda

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