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MULHER E MERCADO DE TRABALHO

Por:   •  19/10/2015  •  Artigo  •  3.859 Palavras (16 Páginas)  •  280 Visualizações

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Dificuldades da Mulher no Mercado de Trabalho

Consultoria

RESUMO

Este artigo pretende fornecer uma revisão bibliográfica acerca dos problemas que a mulher enfrenta hoje em dia frente ao mercado de trabalho, bem como um panorama histórico-evolutivo acerca das conquistas alcançadas, no que se refere à legislação (como a licença-maternidade) e também a outros aspectos da vida prática. Pretende-se ainda estabelecer as principais discrepâncias que a construção histórica da segregação por gênero que ainda assolam as mulheres, a saber: remuneração inadequada, dificuldade na ocupação de cargos de chefia etc. O objetivo é produzir , ao fim, um apanhado conjuntural que permita fornecer dados importantes sobre a atual situação da mulher , as conquistas e dificuldades ainda enfrentadas.

PALAVRAS-CHAVE: Mulher no Mercado de trabalho. Preconceito. Feminismo.

1. Introdução

Objetiva-se , com o presente trabalho, promover uma discussão teórica acerca do problema da mulher no mercado de trabalho, suas atuais condições, ocupações e discrepâncias em relação à remuneração e escolaridade da população masculina.

Será efetuada uma revisão bibliográfica do assunto, reportando-se a livros, artigos científicos, periódicos especializados, além de trabalhos de pós-graduação (dissertações e teses).

Os dados serão avaliados através de interpretação, análises e comparações de visões contrastantes de autores acerca dos assuntos trabalhados. O objetivo é produzir, ao fim, conclusões acerca dos objetivos aqui elencados.

2. Mulher e Mercado de Trabalho: histórico

A estrutura familiar tradicional, até antes da década de 60, consistia em um homem e uma mulher casados, seus filhos e demais parentes biológicos, onde o homem era o único ou principal provedor financeiro, enquanto a mulher era responsável pelos afazeres domésticos e criação dos filhos.

Contudo, os padrões tradicionais de família sofreram inúmeras transformações nos últimos 50 anos. As diferentes estruturas familiares, que refletem o desenvolvimento econômico, científico e social da sociedade, fizeram com que os membros da família adotassem novos papéis. Por

exemplo, os métodos anticoncepcionais modernos permitem aos casais limitar o tamanho de sua família e ampliar o espaço de tempo entre os nascimentos. Muitos jovens estão adiando o casamento e a procriação, decidindo ter um número menor de filhos que a geração anterior.

Isso contribuiu para o ideal da família igualitária, na qual cada membro é respeitado e nenhum dos dois tenta ser o chefe da família. Pelos mesmos motivos, o divórcio tornou-se mais comum. Nos Estados Unidos, as estatísticas indicam que cerca de metade dos casamentos contraídos na década de 70 terminaram em divórcio. No Reino Unido, a taxa de divórcio triplicou entre o fim das décadas de 60 e 80.

Nos anos 60, surgiram profundas mudanças culturais alterando o papel da mulher na sociedade. Mais mulheres participavam da força de trabalho remunerada, o que aumentava a insatisfação entre elas em relação às grandes disparidades de gênero no salário e nas promoções e ao assédio sexual no local de trabalho. No final da década, mais de 80% das esposas usavam métodos anticoncepcionais, como a pílula. Isto libertou as mulheres de problemas como a gravidez indesejada, dando a elas mais escolhas e liberdade em sua vida pessoal.

Gradualmente, o povo aceitou algumas conquistas básicas das feministas dos anos 60: salário igual para a realização do mesmo trabalho, a luta para o fim da violência doméstica e responsabilidade compartilhada em cuidar dos filhos. Os movimentos anti-guerra e a favor dos direitos civis ajudaram a transformar a visão das mulheres sobre a sociedade. 20% das mulheres com filhos abaixo de 6 anos e quase 25% daquelas com filhos abaixo de 16 possuíam empregos remunerados na década de 60.

São documentados declínios substanciais no casamento, uma redução do número médio de filhos por família e um crescimento dramático na proporção de filhos nascidos fora do casamento desde 1970. No mesmo período, o índice de mulheres com um emprego cresceu, especialmente as mães.

Em contraste, os homens, principalmente os com menos educação, experimentaram uma estagnação ou queda nos índices de emprego. Estas mudanças na estrutura familiar e na força de trabalho apresentam umam relação estreita: por exemplo, atrasar o casamento pode reduzir a fertilidade, diminuindo assim a demanda de trabalho dentro de casa e facilitando o trabalho da mulher.

Por outro lado, a medida que as oportunidades de trabalho aumentam para as mulheres - em termos absolutos ou relativos para os homens - elas enfrentam custos mais altos ao deixar o emprego para ter (mais) filhos. Decisões em ter filhos fora do casamento podem refletir a habilidade crescente da mulher em sustentar uma família independentemente.

Compreender os fatores subjacentes às mudanças na formação familiar, e como eles foram afetados pelas alterações econômicas e políticas, é complicado pela interdependência das mudanças sociais e demográficas. O modelo econômico padrão do casamento enfatiza ganhos de uma divisão especializada de trabalho em um contexto onde um cônjuge (geralmente o marido) comanda uma remuneração substancialmente mais alta.

Nesse caso, o casamento cria um contexto no qual o cônjuge com o salário mais baixo pode se dedicar às tarefas domésticas - criar os filhos, preparar refeições e manter a organização do lar - deixando o outro responsável na especialização em conseguir remunerações cada vez mais altas. Como a vantagem dos homens em relação às mulheres no mercado de trabalho diminuiu, o mesmo ocorreu com os ganhos potenciais da especialização marital, reduzindo a inclinação ao casamento por parte da mulher.

No mesmo período, a instabilidade marital cresceu, aumentando os riscos para as mulheres da interrupção de seu emprego. Como o divórcio tornou-se mais comum, a probabilidade de que a mulher teria que se tornar o principal provedor para seus filhos também aumentou. Ao mesmo tempo subiram a participação das mulheres no mercado de trabalho e a disposição em deixar casamentos indesejados. Assim, a independência econômica feminina é tida como causa e conseqüência da própria instabilidade marital.

Embora as mulheres estejam atualmente mais continuamente empregadas durante seu ciclo de vida, a tendência é que elas possuam menos experiência de trabalho que os homens, segundo Waldfogel (1994).

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