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Macro Ambiente

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Por:   •  7/4/2014  •  5.265 Palavras (22 Páginas)  •  598 Visualizações

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1. Macro Ambiente

2.1. Ambiente natural

O ambiente natural e a sua deterioração têm sido um dos assuntos mais importantes dos últimos tempos. Há grande preocupação com os produtos químicos que causam poluição do ar, do solo e da água. Os partidos “verdes” têm lutado vigorosamente para conscientizar a opinião pública sobre a necessidade de redução da poluição industrial. Diversas empresas vêm fazendo altos investimentos em equipamentos de controle de poluição e em combustíveis menos prejudiciais ao meio ambiente. A indústria automobilística, por exemplo, precisou introduzir caros controles de emissão de gases poluentes nos veículos. Já a indústria de sabão precisou tornar seus produtos mais biodegradáveis.

Os profissionais de marketing precisam estar mais conscientes e atualizados das ameaças e oportunidades associadas a quatro tendências do ambiente natural: Escassez de matérias-primas, custo de energia crescente, níveis crescentes de poluição e mudança no papel dos governos em relação à proteção ambiental.

A boa nova chega do campo com a safra recorde de 115,2 milhões de toneladas de grãos e algodão, que ainda é a fibra têxtil mais importante. Pela primeira vez o Brasil vai superar os Estados Unidos no volume comercializado internacionalmente. O que vem acontecendo é uma revolução no aproveitamento de tecnologias desenvolvidas em centros de pesquisas, especialmente pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

Valorização das fibras naturais

Em 2001, a Embrapa apresentou ao país a primeira cultivar brasileira de algodão colorido obtida por melhoramento convencional: a cultivar BRS Marrom. Hoje a Empresa – que já lançou a nova variedade BRS Verde - comemora, junto com a região nordeste, a contribuição dessas variedades para o resgate da produção de algodão nas terras do semi-árido, onde a cultura tinha praticamente desaparecido em função de uma praga devastadora, conhecida como bicudo do algodoeiro.

A fibra colorida possui valor de mercado 30 a 50% superior às fibras de algodão branco normal. A cultivar foi desenvolvida pela Embrapa para pequenos agricultores e já gerou inúmeros benefícios para as cooperativas de tecelãos e artesãos, pela produção e exportação de roupas. Grande parte da produção é destinada ao exterior porque alcança preços 100% mais altos do que no mercado interno, já que os consumidores externos dão preferência a produtos ecológicos e socialmente corretos.

As fibras naturais vêm retomando importância no agronegócio brasileiro, graças à conjunção de variados fatores, tais como as pressões de demanda interna e externa, as mudanças nas exigências dos consumidores, o desenvolvimento de novas tecnologias e a capitalização e profissionalização dos empresários rurais. Durante décadas do século passado, a produção brasileira não só foi suficiente para suprir a demanda da indústria têxtil como, também, para colocar o Brasil entre os grandes exportadores mundiais.

Essa reversão do quadro da cotonicultura nacional deveu-se, do ponto de vista tecnológico, ao trabalho da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A companhia estatal, reconhecida internacionalmente por sua competência científica e técnica, pesquisou variedades de sementes adaptadas às características de solo e condições de clima brasileiras, desenvolveu métodos de combate e controle das pragas que atacam o algodoeiro. Esse esforço permitiu não só um expressivo salto na produtividade das lavouras como, também, da qualidade do algodão brasileiro, que hoje concorre com o produto australiano, considerado um dos melhores do mundo. A indústria de máquinas e implementos agrícolas também teve seu papel, ao oferecer aos cotonicultores equipamentos que permitam a mecanização da colheita. Em contrapartida, a rentabilidade é alta, comparada à de outras culturas. Estima-se que o produtor obtenha entre R$2,1 mil e R$2,8 mil líquidos por hectare plantado, enquanto a soja rende não mais que R$840 por hectare.

(Fonte: Gazeta Mercantil, página A-3, Opinião/Editorial de 31/07/2003)

Futuro promissor

O Brasil aumentou em 12% a área plantada nos últimos 13 anos, produzindo 99% a mais de grãos. Na safra 2002/2003, colheu 115,2 milhões de toneladas de grãos e algodão, superando em 19,3% a safra 2001/2002 e aumentando a renda real da agricultura cerca de 30% apenas este ano. O sucesso resulta de trabalho e competência, com a incorporação de tecnologias desenvolvidas, sobretudo no próprio país, especialmente pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). E também da modernização e mecanização do setor.

Mas, à merecida e justa euforia provocada por mais uma quebra de recorde da agricultura brasileira, devem-se juntar cuidados especiais, de modo a tirar maior proveito desse potencial. Afinal, ainda há muito espaço para crescer. Documento do governo norte-americano, por exemplo, mostra que é possível ao Brasil acrescentar à área plantada até mais que o equivalente à área agricultável dos Estados Unidos.

Uma reforma agrária séria, que não apenas distribua terras, pacificando o campo, mas financie o plantio e garanta acesso a máquinas, equipamentos e fertilizantes aos beneficiários, devem ser o primeiro passo. Também é fundamental a definição de políticas de preço capazes de assegurar a comercialização, e dar condições de escoamento. As estradas estão em péssimo estado, o que encarece o custo final e rouba competitividade dos produtos.

No plano externo, recomenda-se posição ousada nos organismos internacionais em que se destaca a Organização Mundial do Comércio, para denunciar e derrubar práticas desleais adotadas por outros países, como subsídios, barreiras alfandegárias e outras de proteção a seus produtos. Tudo isso, com atenção redobrada nas negociações do Mercosul e da Alça, além de empenho na busca de novos mercados.

(Correio Brasileense - Visão do Correio, 12/05/2003, página 12)

2.2. Ambiente demográfico

Tabela - População residente, por situação do domicílio e sexo, segundo os grupos de idade – Brasil

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000.

Grupos de idade População residente

Total Homens Mulheres Situação do domicílio e sexo

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