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Max Weber

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Por:   •  10/7/2014  •  1.341 Palavras (6 Páginas)  •  449 Visualizações

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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 ORIGENS DA BUROCRACIA

As origens da burocracia, se originou na Europa no início do século XX, visto que buscava a racionalidade técnica requerida para projetar e construir um sistema administrativo baseado no estudo exato dos tipos de relacionamentos humanos necessários para expandir a produtividade. Contudo, a burocracia, teve sua origem nas mudanças religiosas verificadas após o Renascimento.

Foi a partir da descoberta dos estudos de Max Weber, que a administração e seus estudiosos, apropriaram-se dos conceitos da teoria weberiana adaptando-a aos pressupostos organizacionais administrativo da época. Nesse sentido, Max Weber salientava que o moderno sistema de produção, eminentemente racional e capitalista, vieram de um novo conjunto de normas sociais morais, às quais denominou "ética protestante”.

Weber notou que o capitalismo, a organização burocrática e a ciência moderna constituem três formas de racionalidade que surgiram a partir dessas mudanças religiosas ocorridas inicialmente em países protestantes – como Inglaterra e Holanda – e não em países católicos. As semelhanças entre o protestantismo e o comportamento capitalista são impressionantes, porquanto essas três formas de racionalidade se apoiaram nas mudanças religiosas.

2.2 CARACTERISTICAS DA BUROCRACIA

Segundo Weber, a burocracia tem as seguintes características principais:

Regulamentação e normatização. A estrutura e o funcionamento da organização são definidos em regras e regulamentos formais escritos. As regras são rígidas e buscam cobrir pormenorizadamente todos os processos existentes na organização. A regulamentação é estável, sofrendo poucas modificações ao longo do tempo.

Formalidade das ordens e comunicações. Todas as comunicações devem ser escritas e documentadas, possuindo caráter oficial. Elas devem detalhadas, para serem interpretadas univocamente por todos os membros da organização.

Divisão e especialização do trabalho. As atribuições de cada membro da organização são prévia e rigidamente definidas. Cada membro deve ser um especialista na sua esfera de competência, sem ultrapassar os limites de conhecimento e poder afetos a seu cargo.

Profissionalização ou separação entre propriedade e administração. Os membros da burocracia administram a organização profissionalmente, isto é, eles não são os donos dos meios de produção, e sim gestores especializados.

Hierarquização e impessoalidade. A organização estrutura-se em cargos com atribuições e poder definidos. A subordinação é devida àquele que ocupa um cargo hierarquicamente superior, independendo do respeito e consideração que o subordinado tem pelo seu chefe como pessoa. Inexiste a figura do líder natural. O sistema está organizado em pirâmide, sendo as funções subalternas controladas pelas funções de chefia, de forma a permitir a coesão do funcionamento do sistema.

Meritocracia e Competência técnica. É o princípio que assegura a racionalidade da escolha das pessoas para ocuparem determinados cargos. A admissão e a promoção dos funcionários baseada em sua competência técnica e em seu mérito. A avaliação de capacidade é realizada por meio de processos objetivos.

Completa previsibilidade do funcionamento: todos os funcionários deverão comportar-se de acordo com as normas e regulamentos da organização a fim de que esta atinja a máxima eficiência possível.

Impessoalidade. As pessoas, enquanto elementos da organização limitam se a cumprir as suas tarefas, podendo sempre substituídas por outras - o sistema, como está formalizado, funcionará tanto com uma pessoa como com outra.

2.3 DESDOBRAMENTOS NEGATIVOS DA BUROCRACIA

Fatalmente a Teoria Burocrática não levou em conta o principal ator das organizações sociais, seja como colaborador (funcionário, empregado, servidor), seja como cliente o fornecedor: o ser humano que é tratado como máquina previsível destituída de necessidades imediatas, de criatividade e outros ativos emocionais. Vários desdobramentos negativos e muito presentes ainda nos dias atuais fizeram com que as propostas de eficiência e previsibilidade não se cumprissem, dando origem a organizações caras, lentas e de difícil relacionamento com outros sistemas de gestão que buscam resultados em suas ações.

Há nítidas vantagens na Teoria Burocrática que muito bem aproveitadas por várias empresas com as instruções formais de serviços, a sua interpretação inequívoca, os cumprimentos dos procedimentos padronizados, a comunicação eficiente. Mas a prática em muitos casos acaba por desvirtuar certas características dessa teoria: os procedimentos transformam-se em desculpa para a inoperância, para a incompetência; a meritocracia, em face de inclinações políticas e pessoais, acaba sendo aviltada e a eficiência do todo fica comprometida.

Os principais desdobramentos negativos da Teoria Burocrática estão a seguir descritos: Exagerado apego a normas e regulamentos. Criados para moldarem os meios, acabam por de transformar em objetivos. A estrutura passa a agir em função da norma, com pouca ou nenhuma preocupação com a efetiva necessidade

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