TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Meio Ambiente

Monografias: Meio Ambiente. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  2/9/2014  •  1.241 Palavras (5 Páginas)  •  285 Visualizações

Página 1 de 5

FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTONIO CARLOS

FACULDADE PRESIDENTE ANTONIO CARLOS

DE GOVERNADOR VALADARES

MARCOS TEIXEIRAMEIRA

FICHAMENTO TEXTO 2

RISCO AMBIENTAL: CONCEITOS E APLICAÇÕES

GOVERNADOR VALADARES

2014

Riscos e suas questões conceituais

Os conceitos de risco têm sido utilizados em diversas ciências e ramos do conhecimento e adaptados segundo os casos em questão. Nessas situações, frequentemente, o termo riscos é substituído ou associa-se a potencial, susceptibilidade, vulnerabilidade, sensibilidade ou danos potenciais. (p, 3)

Indo mais o fundo na etimologia da palavra, Monteiro (1991: 10) argumenta ainda que risco está ligado aos termos latinos risicu e riscu, ligados por sua vez a resecare, que

Significa ‘cortar’. Neste caso, o autor encara este sentido apropriado ao hazard, pois este significa uma ruptura numa continuidade, como um risco, contendo a idéia de corte-ruptura, como, por exemplo, numa seqüência de estados atmosféricos que se bifurcasse ou dirigisse a outras trajetórias menos prováveis ou inesperadas’.(p,6)

O risco ambiental não pode ser confundido com o anúncio de um fato x na hora y. O risco não expressa uma corrente de determinações que conduzam necessariamente a um resultado prognosticado. Por isso, falar sobre riscos, no campo ambiental, tem sempre o caráter de um alerta que mobiliza argumentativamente a imaginação de movimentos lineares que levam impreterivelmente à catástrofe, ou pelo menos, a um dano irreparável, se... Se nós não fizermos alguma coisa.(p,7)

De acordo com Amaro (2003, p. 117) a postura individual de negar ou subestimar um risco pode acarretar em um fenômeno conhecido pela psicanálise como recalcamento, que significa recusar, embora inconscientemente, a admitir imagens, acontecimentos, lembranças e representações de perigo. Dessa forma, parece plausível que a melhor forma de encarar o risco é não tratá-lo como uma ameaça (p,8)

Poderíamos dizer que o risco se apresenta em situações ou áreas em que existe a probabilidade, susceptibilidade, vulnerabilidade, acaso ou azar de ocorrer algum tipo de ameaça, perigo, problema, impacto ou desastre. Segundo Amaro (2005, p. 7), “o risco é, pois, função da natureza do perigo, acessibilidade ou via de contacto (potencial de exposição), características da população exposta (receptores), probabilidade de ocorrência e magnitude das conseqüências”. Em outras palavras, o mesmo autor (AMARO, 2005, p. 8) expõe a face premonitória sobre a análise de riscos dado que “embora as definições e interpretações sejam numerosas e variadas, todos reconhecem no risco a incerteza ligada ao futuro, tempo em que o risco se revelará”.(p,8)

Classificação de riscos

De todos os tipos de riscos, devemos enfatizar quatro que aparecem em destaque na literatura sobre o tema: os riscos naturais, os riscos tecnológicos, os riscos sociais e os riscos ambientais. (p,9)

risco natural

È a denominação preferida para fazer referência àqueles riscos que não podem ser facilmente atribuídos ou relacionáveis à ação humana.Embora, nos dias de hoje, essa seja uma tarefa cada vez mais difícil, Rebelo (2003,p. 11-22) apresenta a seguinte tipologia de riscos naturais: riscos tectônicos e magmáticos; riscos climáticos; riscos geomorfológicos, os mais típicos, tais quais ravinamento, de movimentações de massa, como desabamento ou deslizamento e outros riscos geomorfológicos como os decorrentes da erosão eólica e do descongelamento de neves de altitude e os riscos hidrológicos. Outra expressão para designar o risco natural, bastante usada por Sevá Filho (1988, p. 82)(p,9)

O risco de origem industrial não é o único, e pode se somar ou se combinar com outros: há o risco sanitário grave (uma população numerosa dizimada por uma peste, por uma epidemia, como já houve inúmeras vezes na história mundial e aqui entre nós); e há também o risco mais global, mais incontrolável - que nos reduz à nossa

pequenez física, às dimensões exatas enquanto moléculas frágeis do mundo material -que é o risco telúrico. Quantos milhares de pessoas desaparecidas em poucos segundos num terremoto, numa erupção vulcânica, num tufão(p,9)

risco tecnológico

Devemos destacar que, segundo Sevá Filho (1988,p. 81), a abordagem desse tipo deve levar em conta três fatores indissociáveis: o processo de produção (recursos, técnicas, equipamentos, maquinário); o processo de trabalho(relações entre direções empresariais e assalariados)(p,9)

Risco social

Segundo Vieillard-Baron (2007, p. 276), devido à polissemia da expressão social, pode-se qualificar como risco social a maior parte dos riscos, “quer nos atenhamos às suas causas sociais, quer atentemos para suas consequências humanas”.(p,10)

Nesse sentido, o autor (VIEILLARD-BARON, 2007, p. 279) distingue dois tipos de riscos principais que podem afetar ou ser afetados pelos riscos sociais e a sociedade humana: são os chamados riscos endógenos, relacionados aos elementos naturais e às ameaças externas, como terremotos, epidemias, secas e inundações; e os riscos exógenos, relacionados diretamente ao produto das sociedades e às formas de política e administração adotadas, como o crescimento urbano e a industrialização,

...

Baixar como (para membros premium)  txt (8.7 Kb)  
Continuar por mais 4 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com