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Meio Ambiente

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Por:   •  18/3/2015  •  2.271 Palavras (10 Páginas)  •  182 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Este trabalho contempla uma pesquisa na área de Segurança do Trabalho, adotando como tema Segurança para o Trabalho em Altura na Indústria Petroquímica.

A área de trabalho em altura no Brasil tem passado por grandes mudanças desde 1996 até os dias atuais. O setor de segurança vem passando por várias modificações. Pergunta-se, então: Por que apesar de tais mudanças, ainda ocorrem tantos acidentes envolvendo o trabalho em altura na indústria petroquímica no Brasil?

Como hipóteses de respostas ao questionamento acima, entende-se que o grande número de acidentes é decorrente de fatores diversos, tais como: imprudência dos gestores de empresas, que contratam mão-de-obra não qualificada e, muitas vezes, fornecem os EPIs aos trabalhadores, mas não os orientam quanto ao seu uso de modo adequado ou o descaso por parte das empresas em relação aos riscos a que estão expostos os trabalhadores.

Compreender porque tem aumentado o número de acidentes fatais envolvendo atividades em altura é o objetivo geral deste trabalho. Para atingi-lo, foram adotados como objetivos específicos os seguintes: conceituar e caracterizar o trabalho em altura; apresentar um breve histórico das condições do trabalho em altura no Brasil; compreender o processo de segurança e como se dá a integridade física dos trabalhadores nas atividades em altura; problematizar situações que geralmente acontecem envolvendo este tipo de atividade; ampliar o conhecimento voltado para atividades em altura, buscando melhorias para tornar o ambiente de trabalho mais seguro e sugerir medidas preventivas em todos os trabalhos realizados com risco de queda, visando à segurança dos trabalhadores.

Ao escolher Segurança do Trabalho como profissão, esta aluna concluinte teve a intenção de assumir definitivamente um papel dentro da sociedade, mesmo sabendo o quanto essa profissão é difícil, visto que, além de conhecimento e experiência, requer que se tenha amor e dedicação, a fim de contribuir com as empresas na busca de melhorias para o ambiente laboral.

A metodologia adotada para esta pesquisa foi, quanto aos objetivos, a pesquisa exploratória, visando possibilitar um aprofundamento de conceitos preliminares sobre a temática escolhida, contribuindo para o esclarecimento das questões abordadas, e a pesquisa descritiva, na medida em que se propôs à descrição de características do trabalho em altura, enquanto fenômeno social cujo grau de relevância é tal que demanda a atenção do Estado, das empresas e dos trabalhadores.

Quanto aos procedimentos, foram adotados a pesquisa bibliográfica, as consultas midiáticas e o levantamento de dados por intermédio de conversas com profissionais da área de estudo em questão.

Finalmente, quanto à abordagem, utilizou-se predominantemente a pesquisa qualitativa, com vistas a caracterizar e compreender as condições atuais do trabalho em altura do Brasil e contribuir no sentido de sinalizar mudanças que porventura se façam necessárias.

1 ASPECTOS GERAIS

Geralmente, nas grandes empresas, as atividades em altura possuem um procedimento específico, mas, infelizmente, nem sempre este procedimento é seguido na prática. Há várias formas para se evitar acidentes e não basta apenas fornecer os EPIs adequados conforme determina a NR 06, mas a empresa é responsável por treinar e orientar seus profissionais quanto ao uso correto, guarda e conservação dos mesmos.

A NR 07 PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) determina os exames específicos para admissão de um trabalhador, entretanto o profissional que realiza uma tarefa em níveis elevados ou até em escavações ou salas subterrâneas deveria passar por exames diferenciados, sendo também conveniente que esses trabalhadores passassem por um atendimento que lhes atestem as condições psicológicas.

1.1 CONCEITUAÇÃO

Considera-se trabalho em altura aquele executado em níveis diferentes e no qual haja risco de queda capaz de causar lesão ao trabalhador. A figura abaixo apresenta as principais modalidades de estruturas que demandam a execução de trabalho em altura, com as respectivas formas de acesso.

Figura 1 – Modalidades de Estruturas para Trabalho em Altura

Trabalho em altura é uma atividade de alto potencial de risco, pois aos riscos existentes no ambiente de trabalho acrescenta-se o perigo da altura; logo a única forma de se realizar uma atividade segura é o planejamento, o reconhecimento e o devido controle deste risco.

1.2 BREVE HISTÓRICO DAS CONDIÇÕES DO TRABALHO EM ALTURA NO BRASIL

A área de trabalho em altura no Brasil tem passado por grandes mudanças desde 1996 até os dias atuais. O setor de segurança vem passando por várias modificações seja em torres, que podem atingir 100 metros ou mais, como também estruturas metálicas de médio porte, galpões, terraços de edifícios, ou salas subterrâneas.

No inicio, o fator segurança ficava sempre em segundo plano, tanto por falta de orientação profissional na aquisição de equipamentos por parte das empresas, quanto por escassez de cursos específicos para melhor treinar os funcionários. Até então os funcionários, de alguma forma, eram obrigados a realizar trabalhos de caráter empreendedor e dinâmico, onde o risco de queda era fator predominante, e sem o mínimo de segurança necessária para execução da atividade.

Por essa razão, as estatísticas de acidentes envolvendo trabalho em altura atingem grandes proporções. Segundo Pedroso (2004), “Cerca de 80% de quedas acima de 3,5 metros de altura resultam em acidentes de caráter grave ou gravíssimo”. De acordo com dados da Inspeção Geral do Trabalho (IGT), a principal causa de acidentes de trabalho mortais é a queda em altura (com 50 mortes em 2007), o que se pode observar no gráfico a seguir:

Gráfico1 – Causas de mortes por acidentes de trabalho

O fator psicológico também reflete no dia a dia do funcionário que, mesmo sabendo das características deste tipo de atividade, movido pela necessidade financeira, se adapta ao perigo e convive diariamente com o fator risco.

Com a chegada das grandes empresas de telecomunicação no Brasil em meados de 1998, as empresas americanas e européias começaram a exigir das empresas brasileiras segurança e velocidade na execução dos trabalhos. No ano anterior (1997), atendendo

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