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Meningite

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Por:   •  1/11/2014  •  1.676 Palavras (7 Páginas)  •  1.193 Visualizações

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CONCEITO

A meningite é uma doença infecciosa e possivelmente grave e causa inflamação das meninges e do liquido cefalorraquidiano (CLR). As meninges consistem na dura-máter, aracnoide e pia-máter, que são envelopes que protegem o cérebro (encéfalo e medula espinhal). A meningite pode ser de origem viral ou bacteriana. As bactérias envolvidas costumam ser meningococos e pneumococos. Em princípio, pessoas de qualquer idade podem contrair meningite, mas as crianças menores de cinco anos são mais atingidas.

A meningite meningocócica é causada por uma bactéria, o meningococo e é contagiosa. Nem todos que adquirem o meningococo ficam doentes, pois o organismo se defende com os anticorpos que cria através do contato com essas mesmas bactérias, adquirindo, portanto, resistência à meningite. As crianças de 6 meses a um ano são as mais vulneráveis ao meningococo porque geralmente ainda não desenvolveram anticorpos para combatê-la. A meningite é uma doença grave e devemos estar alertas para os sinais e sintomas porque, se diagnosticada e tratada logo, pode ser curada sem deixar sequelas para o doente. Entre os sintomas mais comuns da meningite estão: febre alta, dor de cabeça forte, vômitos (nem sempre, inicialmente), rigidez no pescoço, dificuldade em movimentar a cabeça, manchas cor de vinho na pele, estado de desânimo, moleza.

CAUSAS/TRANSMISSÃO

A transmissão da meningite geralmente ocorre por via direta de indivíduo para indivíduo através da fala, tosse, espirros e beijos, passando da garganta de uma pessoa para outra, especialmente em locais de alta concentração de pessoas como locais fechados, escolas, berçário, creche, etc.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico é feito pela anamnese e exame físico completo do paciente. A confirmação diagnóstica das meningites é feita pelo exame do líquor, o qual é coletado através de uma punção lombar (retirada de líquido da espinha). Exames de imagem, sobretudo a tomografia de crânio, não são exames de escolha para o diagnóstico das meningites, mas são indicados quando há alteração focal no exame neurológico, ou se há sinais de hipertensão intracraniana (dor de cabeça, vômitos e confusão mental), ou crises convulsivas, no início do quadro, sem sinais infecciosos gerais.

MANIFESTAÇÃO/QUADRO CLÍNICO.

As manifestações de meningite variam, mas incluem frequentemente:

 Dores de cabeça

 Febre

 Rigidez da nuca (dor e dificuldade em movimentar o pescoço)

 Outras manifestações podem incluir:

 Intolerância à luz

 Náuseas e vómitos

 Sonolência

 Confusão mental

As manifestações podem ser mais ligeiras nos casos de meningite viral, enquanto que na meningite bacteriana são habitualmente mais intensas, podendo ocorrer alteração do estado de consciência e crises epilépticas (“convulsões”). No caso das crianças pequenas, as manifestações podem ser particularmente difíceis de detectar. Os bebés com meningite podem mostrar-se menos ativos ou com choro intenso, com recusa em comer e vómitos. No caso dos idosos também pode ser difícil diagnosticar a meningite, manifestando-se frequentemente por deterioração mental sem febre.

COMPLICAÇÕES

A meningite pode causar inúmeras complicações e sequelas neurológicas, como epilepsia, infartos cerebrais e retardo mental em crianças. Fora do sistema nervoso a meningite também pode causar complicações. A doença inflamatória pode levar ao choque séptico e distúrbios da coagulação. As bactérias podem também se difundir para outros locais. Além disso, há registros de perda de parte da audição e também rigidez na parte frontal da cabeça.

TRATAMENTO

O tratamento das meningites agudas é considerado uma emergência, principalmente se a suspeita etiológica for bacteriana. Ele deve ser iniciado o mais rápido possível e com antibióticos administrados via endovenosa, pois o paciente corre o risco de vida e de apresentar sequelas graves nestes casos. Na suspeita de meningite crônica, como aquela provocada pela tuberculose, o tratamento pode ser administrado via oral, sendo que o mesmo se prolonga por semanas.

Após a avaliação médica e a análise preliminar de amostras clínicas, o paciente ficará internado e o tratamento da meningite será realizado com antibióticos específicos.

PREVENÇÃO

A prevenção é possível nos casos diagnosticados e com certeza da doença. O uso de máscaras e a profilaxia com antibiótico podem prevenir a meningite das pessoas que estiverem em contato próximo a um paciente que esteja com a infecção. Também existe vacina contra alguns tipos de Meningite Meningocócica, para os tipos A, C, W135 e Y, porém elas não são eficazes em crianças menores de 18 meses. Em crianças maiores de 18 meses e adultos a proteção da vacina dura de 1 a 4 anos.

EPIDEMIOLOGIA

No Ceará, as meningites, em geral, apresentam comportamento endêmico. Observa-se, desde 1994, a redução os casos, com exceção dos anos de 1999, 2004, 2008, 2009 e 2011, onde foi onde foi evidenciada a ocorrência de surtos de meningites virais, aumento das meningites pneumocócicas e de doença meningocócica.

A doença apresenta um padrão cíclico que dura de 4 a 6 anos. Mesmo com esse padrão se mantendo nos últimos anos, o número de casos vem decrescendo de forma sustentada desde 1995.

O comportamento epidemiológico das meningites por Haemophilus influenzae tipo b- (HIB) no Ceará revela altas taxas de incidência até o ano de 1999, com pico importante no ano de 1997. Após a implantação da vacina no calendário básico de vacinação, no ano 2000, houve um declinio importante da doença incidência até o ano de 1999, com pico importante no ano de 1997. Após a implantação da vacina no calendário básico de vacinação. O decréscimo nas taxas de

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