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Mercado Financeiro Global

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Por:   •  6/2/2015  •  1.105 Palavras (5 Páginas)  •  305 Visualizações

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Mercado Financeiro Global

Julho 20, 2012

O mercado financeiro global apresenta uma onda momentânea de melhora de humor, mas é preciso ter atenção de que ocorre desprovido de fundamentos e afastando-se da realidade presente, que não enseja entusiasmos, mas sim serenidade.

O mercado parece não ter sentido os dados da agenda norte-americana, que vieram bem negativos. As vendas de imóveis decepcionaram em junho, assim como a atividade industrial da Filadélfia para julho. O Leading Indicators, que traz uma compilação de dados já divulgados, recuou e veio abaixo das projeções para junho. Já os pedidos de auxílio-desemprego vieram acima do que o mercado estava prevendo, indicando que o mercado de trabalho norte-americano também está demorando a reagir.

Mesmo o dado na construção civil americano que demonstrou evolução nas construções já veio acompanhado de outro indicador, apontando que as novas licenças para construção caíram, ou seja, há movimentos assimétricos e não sustentáveis.

Na Europa, o mercado voltou a penalizar a Espanha que viu o juro para seus papéis suplantaram novamente os 7% AA de juro no mercado secundário, taxa insuportável pelo país para financiar o seu déficit, e, num ambiente em que os bancos devem ser saneados com Euros 100,0 Bi. É uma situação que parece ainda muito mal resolvida, pois o país apresenta problemas estruturais bastante difíceis de serem superados e que lhe retiraram a competitividade exportadora, elevadíssimo desemprego, etc.

Ao se observar o comportamento de perda gradual da atividade econômica da China, não há como não haver preocupações. Matéria da Infomoney destaca com precisão:

Parte superior do formulário.

A China é o maior consumidor mundial de cobre, alumínio, minério de ferro, aço e carvão, e o segundo maior de petróleo. A demanda chinesa alimenta altas no mercado global de commodities há uma década, numa dádiva para muitas empresas e países fornecedores, mas, após vários anos com crescimentos na faixa dos 10 por cento ao ano, a economia da China está se desacelerando, refletindo um esfriamento da demanda interna e os problemas econômicos da União Europeia e Estados Unidos.

Avaliar a dimensão desse tombo é crucial para mineradores e produtores cujos planos de expansão dependem da absorção da oferta adicional pela China.

Para cada ponto percentual a menos no crescimento chinês, sua demanda por commodities industriais diminui em cerca de 10 bilhões de dólares, segundo cálculos da Reuters abrangendo os seis últimos anos. Esses cálculos não levam em conta os estoques existentes.

Mineradores como BHP Billiton, Rio Tinto e a brasileira Vale, maior produtora do mundo de minério de ferro, já estão se ressentindo da queda nos preços do ferro, e a cotação deve cair mais se a oferta superar a demanda.

“Esperamos uma saturação da oferta a partir de 2013 por causa da desaceleração no crescimento da demanda na China e da maior oferta dos fornecedores australianos, motivada pelos enormes investimentos dos últimos dois anos”, disse o analista Jiro Iokibe, da Daiwa Capital Markets.

Além da Daiwa, várias consultorias preveem excedentes já no ano que vem, ao passo que antes havia um virtual consenso de que isso só ocorreria em 2014.

Na quinta-feira, o preço de referência do minério de ferro estava em torno de 128 dólares por tonelada, menos valor desde novembro, e cerca de 25 por cento a menos do que há um ano.

Ainda assim, o preço equivale a quatro vezes o custo da produção para as mineradoras da Austrália, que continuam ampliando agressivamente sua capacidade.

Isto afeta a visão prospectiva em relação ao desempenho das economias emergentes dependentes, entre as quais o Brasil, e não será somente nas “commodities” metálicas, mas também nas agrícolas, já que nos tornamos um país praticamente colonial nas exportações.

Ao olharmos para o quadro Europa não encontramos cenário mais alentador, a crise crônica instalada na região não é algo com perspectivas de curto e nem de médio prazo para solução. Não se pode contar com grandes demandas europeias, mas sim com grande concorrência dos seus produtos, pois afinal a primeira saída é incrementar as exportações.

Da mesma forma os Estados Unidos, neste momento dependente da decisão em torno das eleições presidenciais, mas espera-se que também, face à debilidade do consumo interno, buscará com força estimular suas exportações de forma competitiva para encontrar a partir do comércio exterior a retomada do emprego e crescimento

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