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Modelo Resenha As Teorias Urbanas e o Planejamento Urbano no Brasil

Por:   •  3/8/2021  •  Resenha  •  1.035 Palavras (5 Páginas)  •  418 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ

PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO

DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS

COLEGIADO DO CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

RESENHA DO TEXTO “[TÍTULO DO TEXTO]” PARA A DISCIPLINA [NOME DA DISCIPLINA] MINISTRADA PELO PROFESSOR [NOME DO PROFESSOR]

Por Nome do(a) Aluno(a)

MONTE-MÓR, Roberto Luís. As Teorias Urbanas e o Planejamento Urbano no Brasil. In: DINIZ, C.C. & CROCCO, M. (Orgs.). Economia Regional e Urbana: contribuições teóricas recentes. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006, pp. 61-85.

O texto do professor Roberto Luís Monte-Mor, da UFMG, é um capítulo do livro Economia Regional e Urbana: contribuições teóricas recentes, e trata da questão urbana e da relevância que suas reflexões teóricas tem no mundo contemporâneo, fazendo um recorte com o planejamento urbano no Brasil. O texto está dividido em 5 tópicos, onde são abordados os antecedentes do urbanismo científico, a evolução do urbanismo da habitação e transporte ao enfoque compreensivo, o planejamento urbano como espaço produzido pelo capital industrial, a consolidação do urbano e os discursos contemporâneos.

A primeira parte do texto vai mostrar que as intervenções urbanas com pretensões científicas se iniciaram ao final do século XIX nas grandes metrópoles europeias, com desdobramentos nas colônias e ex-colônias no resto do mundo. Da grandiosidade da arquitetura barroca até as preocupações higienistas nas cidades modernas, observou-se influências extremamente variadas e múltiplas em seus princípios, ora privilegiando aspectos racionais da ação individual articulados com o sentido de progresso (corrente progressista), ora articulados com o resgate do sentido de comunidade e de cultura das cidades (corrente culturalista). Além das duas correntes mais influentes (a progressista e a culturalista), outras podem ser identificadas, como o naturalismo norte-americano de Frank Lloyd Wright, ou o organicismo do biólogo Patrick Geddes.

Apesar dos vários impactos dessas correntes urbanísticas, no Brasil há uma predominância da vertente progressista. Foi essa corrente que consolidou o sentido de modernidade que marcou o país no seu processo inicial de urbanização, desde a década de 30 até a tomada do poder pelos militares na década de 60.

Junto com os ditames do urbanismo (dito) científico começaram a emergir teorias sociais sobre a cidade e a organização do espaço urbano, tanto no mundo quanto no Brasil. De um lado a abordagem ecológica, primeiro esforço teórico abrangente para uma abordagem social compreensiva da cidade, de outro a nova vertente culturalista, que tomava a forma urbana como indicadora de um novo modo de vida.

A principal herança prático-teórica desse período para o planejamento urbano foi o zoneamento do uso do solo, inspirado na famosa Carta de Atenas. O zoneamento proposto em Atenas ainda informa, de modo mais ou menos rígido, a maioria dos planos urbanos realizados no país. O planejamento das cidades passou a ser visto como uma forma de impor uma “ordem disciplinaria” ao espaço das cidades como forma de evitar ou minimizar os conflitos potenciais decorrentes da justaposição no espaço urbano das múltiplas classes, etnias, credos e culturas sob a égide do capital e hegemonia da burguesia.

O segundo tópico parte dessa premissa, de que a justaposição do espaço urbano estava sob a égide do capital, para mostrar que mesmo que a questão habitacional já fosse uma preocupação antes mesmo das cidades industriais, é a partir do século XIX que ela ganha mais centralidade, pois era uma demanda vital dos trabalhadores. Surgiram política habitacionais específicas voltadas para a construção de vilas operárias pelas próprias empresas industriais, mas também pelo Estado, em alguns casos. Com efeito, dois serviços urbanos eram principalmente requeridos pela produção: a habitação, elemento fundamental para a reprodução da força de trabalho, e transporte público, requerimento central para o acesso ao trabalho.

Em alguns lugares, onde são maiores as distâncias entre a periferia e o centro, o sistema de transportes aumenta de importância, se torna prioritário em termos de investimentos e induz o processo de expansão urbana e metropolitana. Em paralelo aparecem os melhoramentos urbanos e particularmente, o embelezamento das áreas urbanas centrais com a construção de grandes parques urbanos e de praças adornadas.

O terceiro tópico do texto vai enfatizar a produção do espaço do capital industrial ao mostrar que o planejamento urbano buscou construir nas cidades e áreas urbanas periféricas a organização espacial que melhor atendesse às demandas crescentes da indústria. Entretanto, após a crise de 1929 a questão urbana passou a ser cada vez mais definida em função de uma problemática regional. A questão urbano-regional havia definitivamente ganhado dimensão estratégica para o crescimento econômico nacional e o planejamento.

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