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Motivar é Possivél

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Por:   •  30/8/2013  •  1.368 Palavras (6 Páginas)  •  273 Visualizações

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Há uma corrente de estudiosos da teoria motivacional que defende a tese de que os dois principais elementos motivacionais são: evitar a insatisfação do funcionário e buscar o prazer no trabalho. Com base nesse pensamento, a empresa teria seu pessoal motivado se: primeiro, procurasse evitar insatisfação entre eles; segundo, fizesse com que o serviço individual executado pelo funcionário lhe proporcionasse prazer.

Vamos analisar os prós e os contras desses dois pilares motivacionais.

Evitar a Insatisfação do Funcionário

A maneira usual e recomendável de evitar insatisfação entre os funcionários é propiciar a eles benefícios que lhe dêem segurança, tais como: possibilidade de crescimento profissional, participação sobre os lucros da empresa, assistência médica, sistema de comunicação intra-empresa eficiente, etc.

Na realidade, esse pilar, “evitar a insatisfação do funcionário”, é de barro. É frágil e temporário. Isso não significa que ele não tenha importância. Ele é significativo porque aponta para outra realidade: o funcionário que não está insatisfeito pode também não estar motivado. Por exemplo: se a empresa implanta o sistema de participação nos lucros, certamente nos primeiros meses após a implantação o funcionário estará motivado. Decorrido algum tempo, ele passará a dizer a si mesmo: “A distribuição dos lucros é obrigação da empresa, pois ela ganha com meu trabalho. A empresa está simplesmente sendo justa comigo”. E lá se foi embora a motivação.

Frederick Herzberg, professor emérito da Universidade de Harvard, em artigo que se tornou épico nas páginas da Harvard Business Review Book, comprovou o que relatamos acima, isto é, a ausência da insatisfação não significa necessariamente a presença da satisfação e da motivação.Herzberg entrevistou 1.685 funcionários para chegar à conclusão citada. Portanto, continuemos implantando benefícios aos funcionários de nossas empresas para evitarmos a insatisfação, mas não esperemos que, com isso, tenhamos funcionários satisfeitos e motivados.

Buscar o Prazer no Trabalho

Esse é o segundo — e na realidade o único — pilar motivacional. Fazer que o funcionário sinta prazer no que executa é o elemento motivacional mais importante numa empresa. Está aí a razão de algumas empresas destacarem-se em relação às outras. Elas põem como meta diária fazer o funcionário sentir prazer no que executa. Nenhuma pesquisa, nenhum estudo derrubou essa tese. Portanto, se na teoria motivacional “evitar a insatisfação” é o pilar de barro (apesar de necessário), a “busca do prazer no trabalho” é o pilar de ferro.

É importante ressaltar que utilizo neste texto da palavra motivação por questão didática, mas é preciso crer que ninguém motiva alguém. É a própria pessoa que se automotiva. Isto é, a motivação é um processo que vem de dentro para fora do indivíduo.

Antes de abordarmos a busca do prazer no trabalho, que conseqüentemente leva à automotivação, vamos insistir na importância de evitar a insatisfação do funcionário. Se adotarmos determinadas técnicas cujo objetivo seja impedir a insatisfação, teremos dado um grande e significativo passo, embora isso não indique que venhamos a ter funcionários automotivados.

São necessários os seguimentos procedimentos para evitar a insatisfação no trabalho:

a) Tornar disponível ao funcionário as informações necessárias para realizar o seu trabalho.

b) Estabelecer canais de comunicação de fácil entendimento.

c) Procurar saber das necessidades pessoais do funcionário.

d) Promover com base no desempenho.

e) Ter uma política de promoção que seja clara, abrangente e bem-definida.

f) Ter compromisso, de longo prazo, com a manutenção do emprego do funcionário eficaz.

g) Remunerar o funcionário de forma competitiva, em função da qualidade do serviço que ele executa.

h) Dar ao funcionário uma razão financeira para procurar alcançar a excelência (participação nos lucros, por exemplo).

Assim agindo, teremos funcionários satisfeitos e automotivados? Repetindo: não necessariamente. Mas pelo menos teremos funcionários que não estarão insatisfeitos.

Bem, agora temos funcionários não-insatisfeitos, mas, repetindo mais uma vez, não necessariamente motivados. Então como alcançar a automotivação? É o que veremos a seguir.

Sete técnicas para que o funcionário sinta prazer com seu trabalho e esteja, naturalmente, automotivado

Primeira - e fundamental - técnica:

Implantar Visão compartilhada.

Na visão compartilhada o funcionário deve ter consciência e concordância plenas dos objetivos a serem buscados pela empresa. A “visão da empresa” não pode ser fruto apenas dos pensamentos, sonhos, análises e intuições dos principais executivos. O funcionário, qualquer que seja seu cargo ou função, deve sentir-se como parte necessária e importante para que a empresa possa atingir seus fins. A empresa deve solicitar idéias aos funcionários. É preciso envolvê-los nas decisões da equipe.

Segunda técnica:

O funcionário deve ser visto como o personagem principal do seu trabalho.

Isso significa que se o funcionário sente que simplesmente cumpre regras, que não tem possibilidade de interferir no meio ou de sugerir mudanças, ele não sentirá prazer no que faz. O funcionário dever sentir que tem poder e autonomia (mesmo que relativa) sobre seu trabalho. No livro O Desafio da Liderança, Editora Campus, seus autores Kouzes e Posner, expõe o seguinte resultado de abrangente pesquisa: “Quando as pessoas têm maior poder

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