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Novas tendências de remuneração

Tese: Novas tendências de remuneração. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  1/10/2013  •  Tese  •  1.181 Palavras (5 Páginas)  •  330 Visualizações

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Novas tendências de remuneração

Patrícia Bispo

Jornalista responsável pelo conteúdo da comunidade virtual RH.com.br.

Diante da competitividade as organizações viram-se obrigadas a adotarem mais do que um sistema dogmático de remuneração, baseado em cargos e salários fixos. Hoje, como solução alternativa, as empresas estão recorrendo a diversas estratégicas com o objetivo de poupar os colaboradores do desgaste da inflação e instigar a criação de uma força de trabalho estimulada ao crescimento. Esta conclusão foi apresentada, recentemente, pela consultoria Deloitte Touche Tohmatsu que realizou a mais completa pesquisa de salários e tendências na área de Recursos Humanos, que contou com a participação de 132 empresas com faturamento anual acima de US$ 16 milhões, sendo 57% localizadas em São Paulo, 23% no Rio de Janeiro e 20% na Região Sul. Na entrevista concedida, com exclusividade ao RH.COM.BR, o sócio-diretor da área de Capital Humano da Deloitte, Vicente Picarelli Filho, explica mais detalhes sobre este levantamento.

RH.COM.BR - Qual a grande novidade revelada pela recente pesquisa da Deloitte Touche Tohmatsu, no que se refere à área de Recursos Humanos?

Vicente Picarelli Filho - Uma das grandes novidades da pesquisa foi a mudança prevista pelos gestores da área de RH na forma futura de remuneração para todos os cargos da hierarquia empresarial. Cerca de 61% das empresas informaram que estão aprimorando ou buscando implantar novas formas de remuneração para manter a competitividade da força de trabalho. O desgaste, por sua vez, fica por conta da remuneração mista para 56% dos cargos executivos. Nesse sistema misto, o pagamento de salários varia de acordo com a função, mas já o crescimento salarial ocorre pela aquisição de novas habilidades e competências à frente de suas atividades.

RH - O que vem ocasionando essa mudança no mercado?

Picarelli - Se você observar, há uns cinco anos as empresas vêm buscando adotar remunerações mais avançadas, mais justas e que estejam próximas às pessoas que se encontram alinhadas aos resultados e às competências, em substituição aos sistemas considerados tradicionais. Com isso, os sistemas baseados em remuneração por habilidades e competências têm evoluído e vêm sendo combinados com o sistema de resultados.

RH - E por que isso vem acontecendo?

Há uns dez anos as empresas, de uma forma geral, usavam organogramas parecidos, a tecnologia não estava presente e as atividades encontravam-se segmentadas. Isso ainda existe, mas não funciona mais para a realidade imposta pelo mercado. Hoje, as empresas começam a trabalhar outros processos que englobam habilidades, conhecimentos e atitudes que passaram a corresponder às competências. A tendência das corporações é a de elas não fiquem presas a sistemas anacrônicos, a tendência é que elas se soltem. É preciso ter capacidade para adotar estratégias novas.

RH - A pesquisa tomou como base 132 empresas localizadas nas regiões Sul e Sudeste. Esta tendência de sistemas de remuneração também pode ser esperada nas regiões Norte e Nordeste do Brasil?

Picarelli - Das empresas pesquisas no Sul e no Sudeste, 70% eram de grande porte e que atuam em vários segmentos como manufatura, construção, varejo, comércio, telefonia, mídia, entre outros. Destas, um percentual significativo possui fábricas ou atividades no Norte e Nordeste do Brasil. Claro que estas regiões possuem políticas regionais diferenciadas, mas acredito que essa tendência também poderá se confirmar nas regiões Norte e Nordeste. No entanto, não podemos afirmar com toda a certeza. Para isso, estudamos a possibilidade de aplicar uma outra pesquisa que englobe as regiões Norte e Nordeste que será aplicada no mesmo molde do estudo que foi realizado no Sul e no Sudeste do Brasil.

RH - Qual a sua expectativa de resultados para essa pesquisa no Norte e Nordeste?

Picarelli - Quando realizarmos uma pesquisa detalhada nessas regiões, acredito que encontraremos um interesse das empresas em adotarem essas mudanças nas Gestões de Pessoas. Mas, isso é um processo evolutivo e que está diretamente relacionado a avaliações. Observe que somente em três ou quatro anos as empresas podem estabilizar os níveis de competências. O processo é um pouco lento, pois depende da capacidade que as pessoas têm em desenvolver as suas próprias competências e conseqüentemente alcançarem um nível de excelência.

RH - Uma outra evidência foi marcada pela pesquisa: o fato das empresas adotarem sistemas de remuneração variável. Essa vai ser uma tendências para todas as organizações?

Picarelli - Nesta última edição da nossa pesquisa, observamos que

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