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O Gestor Global

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Por:   •  17/6/2014  •  Seminário  •  9.846 Palavras (40 Páginas)  •  195 Visualizações

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O Gestor Global

O aparecimento do conceito de management intercultural não tem relação com o aumento das trocas nem com a mundialização dos

mercados: de fato, os homens fizeram desde sempre comércio com

estrangeiros e pensaram na melhor forma de proceder com aqueles

cujos valores e costumes são diferentes. Mas o mito da Torre de Babel marcou de tal modo os espíritos que durante muito tempo fazer trabalhar em conjunto diversas culturas só foi possível quando uma dominava as outras.

Os limites do sistema hierárquico

A estrutura hierárquica proposta em 1916 por Henry Fayof apoia-se na unidade do comando, ou seja, cada pessoa tem um único superior.

Estratégias de menor custo ou de maior lucro?

O sistema puramente hierárquico ou hierárquico / funcional rachou

ou, se quisermos ser mais otimistas, as organizações aproveitaram a oportunidade oferecida pela técnica. De fato, porque manter serviços contabilísticos muito caros em todos os países? Como dar coerência às estratégias de venda de um produto através do mundo? Como abordar os clientes dando resposta às suas necessidades e não só à sua procura? Como gerir os projetos complexos que implicam várias funções da empresa? Tornava-se necessária uma abordagem decididamente funcional. O domínio das tecnologias da informação possibilitou a sua criação.

A verticalização

A resposta às questões precedentes é obviamente complexa. Contudo, como a tecnologia abriu vias afinal inevitáveis, a extensão do

mercado a um nível mais amplo, para não dizer mundial, ofereceu

novas oportunidades que as empresas foram coagidas a aproveitar sob pena de se atrasarem na corrida à redução dos custos e da despesa.

Para simplificar, podemos considerar que a empresa é constituída

por dois subconjuntos: a máquina de fabricar o rendimento e aquilo a que se poderia chamar a hospedagem.

A externalização

Um outro meio para reduzir as despesas consiste em confiar uma tarefa a uma sociedade exterior vocacionada para a mesma. Enquanto a subempreitada visava reduzir os custos entregando a uma empresa externa a missão de produzir ao melhor preço de custo possível, a externalização tem por ambição a redução das despesas exportando uma das infraestruturas, por exemplo, a informática, as telecomunicações ou a gestão das encomendas.

A deslocalização

Quando uma tarefa administrativa é efetuada de forma idêntica em vários países, reunir todas as forças num único local depende de uma simples lógica de procura de massa crítica e de redução das duplicações. A decisão de confiar a missão a uma das filiais ocidentais para o conjunto da empresa não põe, em geral, nenhum problema visto que cada país pode assim ter uma parte do bolo das infraestruturas. Uma filial que herda uma responsabilidade de conjunto beneficia de uma almofada de atividade e de rendimentos suplementares obtidos pela retrocessão de serviços internos.

A empresa global

A empresa é global quando se põe em situação de ter uma cobertura mundial mesmo que não a possa expor completamente num primeiro tempo.

Depois, deve ter uma ética que preveja, em particular, que os seus empregados sejam tratados de forma equitativa sem distinção de nacionalidade e que demonstre o seu compromisso social em todos os países onde ela esteja implantada.

Finalmente, a organização deve ser flexível e explorar plenamente

as oportunidades oferecidas pelas novas tecnologias para fazer evoluir a sua organização quando isso for necessário. Trata-se da ideia de adaptabilidade.

As qualidades do gestor global

• Ser capaz de gerir a sua atividade corno urna pequena

empresa.

• Saber prestar contas a vários superiores, por vezes de culturas diferentes.

• Partilhar o poder hierárquico com outras entidades.

• Estar familiarizado com todas as facetas da sua atividade.

• Ser capaz de agir num ambiente instável, visto que tanto a

sua missão corno a sua cobertura geográfica, os seus superiores ou os seus colaboradores podem mudar a todo o

momento.

A Cultura, Objeto de Cobiça

Para os especialistas na matéria, o etnólogo, o antropólogo, o sociólogo, o etnopsiquiatra, o psicólogo ou o psicanalista, a definição tinge-se dos diversos objetivos das suas ciências. Trata-se de valores, normas, do desejável, de representações, de significação e de outros conceitos que os investigadores procuram esclarecer.

Para os industriais, o fim a atingir não é o conhecimento, mas a

possibilidade de lucro ou mesmo a sobrevivência. Na visão empresarial da cultura, o observável, o mensurável e o comportamental prevalecem sobre o conceptual e o subjetivo.

Além disso, a antropologia, a etnografia e a etnologia deram-nos uma imagem da cultura demasiado impregnada das especificidades de grupos que não fazem verdadeiramente parte da festa industrial mundial.

Finalmente, as relações entre cultura e personalidade são complexas porque alguns traços culturais são de tais modos semelhantes que chegam a confundir-se com traços de personalidade típicos, como se a cultura orientasse o indivíduo para uma maneira de ser.

Algumas definições

Primitive Culture:

«Conjunto complexo que engloba os conhecimentos, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes assim como todas as outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro da sociedade.»

«A cultura é o modo de vida, de interação e de cooperação

numa coletividade, bem como a forma como estas interações são justifica

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