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O JAPÃO DO SÉCULO VII AO SÉCULO VIII

Por:   •  30/11/2017  •  Relatório de pesquisa  •  1.826 Palavras (8 Páginas)  •  206 Visualizações

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WAKISAKA, Geny. Man’yôshu. Vereda do poema clássico japonês. São Paulo:  Hucitec, 1992.

O JAPÃO DO SÉCULO VII AO SÉCULO VIII

‘’ Em março de 628, falece a imperatriz Suiko, dando início à Era Jomei (629-641), considerada o marco inicial da antologia Man’yôshu.’’ (p.8)

‘’É corrente também que os japoneses, não possuindo escrita própria, tomaram conhecimento da chinesa, dos ideogramas (cada signo representando uma idéia), por volta do século I de nossa era.’’ (p.35)

‘’As primeiras escritas em japonês, com o aproveitamento da escrita chinesa, datam do século V. São 115 letras gravadas em espadas de ferro, encontradas nas escavações de Inari, da província de Saitama, e que vêm datadas de 471.’’ (p.35)

‘’Os poemas da antologia poética Man’yôshu estão transcritos em caracteres chineses, pois sua organização precede a implantação dos dois silabários fonogramáticos japoneses, katakana e hiragana, ocorrida por  volta do século IX.’’ (p.35-36)

‘’Apesar dessas diferenças linguísticas entre os idiomas, certas adaptações, postas então em prática, tonaram viável o processo de utilização do ideograma para a transcrição da língua japonesa; as adaptações foram:

1.°) Conservação do significado e da leitura dos ideogramas, com o acréscimo de uma nova leitura à moda japonesa, mediada pela identidade semântica dos mesmos. Por exemplo: o ideograma chinês que significa homem, cuja leitura chinesa é jin ou nin, passa a ser hito, que corresponde ao conceito de homem, no sistema linguístico japonês.’’ (p.36)

‘’Estes ideogramas/fonogramas são hoje denominados Man’yôgana(fonogramas Man’yô), nome que lembra a antologia, onde seu uso foi explorado em grande escala.’’ (p.36)

‘’Cabe acrescentar que tanto o katakana como o hiragana, os dois sistemas do silabário japonês, foram criados pelos processos de abreviação e simplificação gráfica, feitas a partir desses man’yôgana.’’ (p.36)

ESTRUTURAS FORMAIS DOS POEMAS

‘’a organização da antologia poética Man’yôshû, inserem, permeando suas prosas, um considerável número de composições poéticas (112 poemas no Kojiki, 128 no Nihonshoki e 26 no Fudoki), em sua maioria com métricas indefinidas, cujas estruturas atestam vinculações com a música, através da presença constante das técnicas de repetições, refrões, paralelismos, aliterações etc.’’(p.45)

Tanka

‘’A forma poética mais frequente na obra é o tanka, também denominado mijikauta (poema curto) ou misohitomoji (poema de 31 sílabas), com mais de 4.200 exemplares distribuídos em seus vinte volumes.’’ (p.46)

‘’Dos 240 poemas-canções inseridos no Kojiki e Nihonshoki, e que são conjuntamente denominados Kikikayô (poemas do Kiki), 115 já seguem a métrica do tanka, ainda que não estejam classificados como tal.’’ (p.46)

’Tanto o esquema B como o C são mais frequentes nas antologias posteriores ao Man’yôshu: o esquema B caracteriza a antologia Kokinwakashû, organizada em 905, e o esquema C émais frequente na antologia Shinkokinwakashû, do ano 1205, ambas organizadas por decreto imperial.’’ (p.47)

Sedôka

O katauta está presente no Kikikayô. Alías, excluindo-se os dois primeiros metros do tanka, sobram os três últimos, que também seriam um katauta. [...] Muitos dos katauta do Kikikayô formam associações do tipo pergunta-resposta, e constituem sentido completo quando agrupados em dois.’’ (p.47)

’Presume-se que a forma do sedôka cresceu dentro do dialogar poético enquanto componente da literatura oral e, no momento em que começou a fazer parte da literatura escrita, tentou firmar-se como expressão lírica, não vingando nesse processo em razão, talvez, de sua estrutura simétrica de versos emparelhados, mais adequados às necessidades dos diálogos poéticos dos repentistas. [...] Cumpre acrescentar que a ordem dos segmentos A e B dos sêdoka do Man’yôshu poderá ser invertida, sem que haja alteração no sentido do poema, possibilitando o retorno ao primeiro verso, de onde lhe vem o nome sedôka (poema de volver a cabeça).’’ (p.48)

Bussokusekika

‘’A antologia Man’yôshû, registra um único exemplo desta forma poética. [...] Literalmente, bussokusekika significa ‘’poemas gravados na lápide que registra os traçados dos pés de Buda’’ (p.49)

‘’O Kojiki insere um poema bussokusekika no seu capítulo dedicado ao imperador Seimei. [...] A forma poética é assim chamada em virtude de sua identidade com os poemas da lápide do templo Yakushiji, entoados pelos devotos do budismo daquela época.’’ (p.49)

‘’O poema do tipo bussokusekika n.°3884, da antologia Man’yôshû, fala de uma certa corça deitada aos pés da divindade, e, segundo o professor Kojima Noriyuki, deveria fazer parte dos cantos populares das danças da corça’’ (p.49)

Renga

‘’O renga, a nosso ver, não constitui uma nova forma poética, ainda que aventada como tal pelos estudiosos japoneses, por causa de seu processo de elaboração inusitado no Man’yôshû’’ (p.49)

‘’Renga, que significa ‘’poema encadeado’’, foi muito difundido e apreciado no Japão do Século XIII ao XIX. [...] O renga citado no Man’yôshû é atualmente conhecido como tanrenga (‘’renga curto’’).’’ (p.50)

‘’ Nos finais da Era Heian (794-1185), o renga começa a permitir maior número de participantes por grupo (sete a oito pessoas em média), com um aumento excessivo dos segmentos que chegavam a cem versos por obra. Neste processo do desenvolvimento já surge a figura do mestre do grupo, que se encarrega dos três primeiros metros, conhecidos como hokku. Este hokku se desenvolve como uma unidade poética independente e passa a constituir o haiku.’’ (p.50)

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