O Lixo Eletrônico E Seu Impacto No Ambiente

O LIXO ELETRÔNICO E SEU IMPACTO NO AMBIENTE

INTRODUÇÃO

O avanço da tecnologia gerou crescimento na produção de equipamentos eletroeletrônicos, e, cada vez mais, a sociedade tem buscado por novas tecnologias para substituir as já existentes, fazendo com que as que possuem caiam em desuso. Esse descarte nem sempre é consciente, gerando resíduos que são descartados de maneira incorreta, se tornando poluentes para o meio ambiente, mas podem causar menor impacto quando há consciência dos malefícios para o meio ambiente e para o próprio ser humano.

O LIXO ELETRÔNICO

O lixo eletrônico gerado pelas constantes mudanças tecnológicas, principalmente de computadores e celulares gera cerca de 50 milhões de toneladas ao ano pela população mundial. Seu nome técnico é Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE).

Ele abrange não somente computadores e celulares, mas qualquer tipo de eletrodoméstico, como micro-ondas, geladeiras e máquinas de lavar. Também inclui aparelhos menores, como furadeiras, panelas elétricas, mixer, processador de alimentos, purificador de água, secador de cabelo, ventiladores e liquidificadores, além de qualquer tipo de pilha ou bateria. Também inclui aparelhos menores, como furadeiras, panelas elétricas, mixer, processador de alimentos, purificador de água, secador de cabelo, ventiladores e liquidificadores, além de qualquer tipo de pilha ou bateria.

Tanto os equipamentos, quanto as baterias possuem substâncias que se jogadas no lixo e enviadas a aterros sanitários podem produzir danos importantes ao meio ambiente. Para destinação correta do lixo eletrônico foi criada a Lei 12.305, de 2010 que trata da Política Nacional de Resíduos Sólidos que atribui ao fabricante a obrigação de dar o destino, processo também chamado de “logística reversa”. Cabe aos proprietários dos equipamentos entregá-los para que possam ser corretamente descartados e reciclados.

Também existe o Decreto Nº 10. 240, de 12 de fevereiro de 2020, que normatizou o sistema de logística reversa no Brasil. Ele estabelece um percentual de equipamentos a serem coletados e de municípios com serviços de logística reversa, visando a chegar a 400 até 2025. Cada cidade dessas deverá instalar um ponto de coleta a cada 25 mil habitantes. 

Há diferentes iniciativas criadas para auxiliar as pessoas a descartarem o lixo eletrônico corretamente. A Associação Brasileira de Reciclagem de Eletrônicos e Eletrodomésticos (ABREE) tem em seu site um sistema para consulta de locais que recebem produtos eletrônicos e dão encaminhamento ambientalmente adequado. A associação conta com mais de 1,3 mil pontos de coleta.

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Figura1. Descarte de lixo eletrônico

Fonte: Agência Brasil (2023)

O Brasil é o quinto maior país produtor de lixo eletrônico do mundo. Existe um ranking de países que descartam maior número de lixo eletrônico no mundo, conforme apresentado na tabela 1.

Ranking	Países com maior produção de Lixo Eletrônico	Toneladas/ano
1º	China	10,1 milhões
2º	Estados Unidos	6,9 milhões
3º	Índia	3,2 milhões
4º	Japão	2,5 milhões
5º	Brasil	2,0 milhões

Tabela 1. Ranking mundial de países com maior produção de lixo eletrônico

Fonte: Edição Brasil (2023)

A partir de pesquisa realizada com a população brasileira (2150 pessoas) sobre conhecimento da definição de lixo eletrônico, os dados apontam que:

• 90% acredita que são celulares, smartphones, tablets, notebooks;
• 87% já ouviu falar em lixo eletrônico;
• 33% têm entendimento equivocado sobre o que seria o lixo eletrônico, afirmando que seriam fotos; arquivos; spam; e-mails;
• 42% que são aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos quebrados;
• 3% que são todos os aparelhos que já viraram lixo, que já foram descartados ou que foram jogados na natureza ou em aterros sanitários.

Entretanto a falta de conhecimento gera o descarte incorreto do lixo eletrônico, que traz consequências a sociedade e ao planeta. Ele impacta a saúde pública devido aos metais pesados, gera danos ao meio ambiente através da contaminação de solos, lençóis freáticos e os organismos da fauna e da flora e, além disso, reduz o tempo de vida dos aterros sanitários, por isso há necessidade de realizar o descarte consciente procurando os locais adequados para recolher o lixo eletrônico.