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Lixos E Residos Impactos E Consequências Ao Homem E A Naturesa

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Por:   •  21/8/2013  •  1.650 Palavras (7 Páginas)  •  668 Visualizações

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1 - Introdução

A enfermagem está ligada, desde sua origem, a noção de caridade e devotamento, sendo seus primeiros executores pessoas ligadas a igreja, ou leigos praticantes da caridade. Esse fato imprimiu marcas que perduram até hoje e se explicitam na concepção de enfermagem de alunos e enfermeiros.

Embora os enfermeiros e enfermeiras se autodenominem profissionais do cuidado e o considerem a essência da enfermagem é percebido que ainda não há clareza suficiente acerca do que é cuidado, quais são suas características e suas finalidades. Desse modo, várias concepções de cuidado têm coexistido e influenciado a prática de enfermagem na atualidade.

Para Melo (2006) a ideologia que perpassa a profissão desde sua origem significa abnegação, obediência, dedicação. O conflito para esses trabalhadores fica evidente, dado que a motivação caracterizada por sentimentos idealizados da profissão conflita com a realidade determinada pelo mercado de trabalho capitalista.

As atividades dos profissionais de saúde são fortemente tensiógenas, devido às prolongadas jornadas de trabalho, o contato direto com situações limite, o nível de tensão e os altos riscos para si e para outros. A necessidade de funcionamento diuturno, que implica na existência de regime de turnos e plantões, permite a ocorrência de duplos empregos e longas jornadas de trabalho, comuns entre os trabalhadores da saúde, especialmente quando os salários são insuficientes para a manutenção de uma vida digna. Tal prática potencializa a ação daqueles fatores que, por si só, danificam suas integridades física e psíquica (PITTA, 2005).

Os profissionais de enfermagem são expostos a ambientes de trabalho intensamente insalubres, tanto no sentido material quanto subjetivo e, por estarem submetidos a condições de trabalho precarizados e à baixa qualidade de vida, são expostos a situações nas quais a manutenção da saúde está prejudicada (MELO, 2006).

Os níveis de atenção e concentração exigidos para a realização das tarefas, combinados com o nível de pressão exercido pela organização do trabalho, podem gerar tensão, fadiga e esgotamento profissional ou Burnout (traduzido para o português como síndrome do esgotamento profissional ou estafa) (TRIGO, 2007).

Porém, o trabalho ocupa um papel preponderante na vida do homem, sendo fator relevante na formação de sua identidade e na inserção do seu papel social. Sabe-se da importância do bem estar do indivíduo dentro da perspectiva pessoal e profissional, para que este possa realizar o seu trabalho com competência e êxito.

Não podemos negar a natureza de determinado tipo de trabalho, mas podemos minorá-la ou empreender ações que contribuam para a melhoria de suas condições e organização, a fim de permitir ao trabalhador o exercício da criatividade e a prática do lúdico, transformando o sofrimento patogênico em sofrimento criativo, objetivando o prazer.

A Síndrome de Burnout surgiu em meados da década de 70, nos Estados Unidos, em busca de resposta ao processo de deterioração, nos cuidados e atenção profissional aos trabalhadores de uma organização. Sendo definida como esgotamento profissional, uma síndrome psicológica decorrente da tensão emocional crônica no trabalho. É um tipo de estresse de caráter persistente, relacionado com situações de trabalho resultante da constante e repetitiva pressão emocional, associada com intenso envolvimento com pessoas por longos períodos de tempo (SANTINI, 2006).

Tendo em vista que a Síndrome de Burnout é ocasionada por situações relacionadas ao trabalho, muitas vezes é confundida com estresse. Entretanto, Burnout não é o mesmo que estresse ocupacional, mas sim, a resultante de um longo processo de tentativas de lidar com determinadas condições de estresse (MILLAN, 2007).

2 – Objetivos

2.1 – Objetivo Geral

Identificar os problemas ou danos potenciais e os fatores de risco que os trabalhadores da saúde, em especial a equipe de enfermagem, estão expostos. Esta pesquisa tem informações relevantes para o profissional da área da saúde e este, terá maiores possibilidades de atuar para promover orientações e contribuir para que garantam uma melhor qualidade de vida.

A escolha deste tema foi importante, considerando que a Síndrome de Burnout é um fenômeno pouco conhecido em nossa realidade. Esse estudo serve para elucidar e esclarecer algumas dúvidas a respeito dessa síndrome e tem de grande valia para o benefício de profissionais da enfermagem, tendo em vista que a mesma acomete muitos deles. Burnout pode ser considerado um grande problema no mundo profissional na atualidade, de acordo com World Health Organization.

2.2 – Objetivo Específico

• Esclarecer sobre a diferença entre estress e síndrome de burnout;

• Identificar a prevalência da síndrome de burnout entre os enfermeiros;

• Identificar as estratégias de enfrentamento de burnout utilizadas pelos trabalhadores.

3 – A Enfermagem no Mundo Moderno

O Mundo atual tem como sinais e emblemas o ápice da informatização, o desenvolvimento econômico, as tecnologias de ponta, conformando a chamada era do conhecimento.

Tais mudanças aceleraram o processo de desenvolvimento do chamado fenômeno da globalização, o qual, favorecido pela política neoliberal, deixa de ser mais um conceito para se tornar um modo de produzir e distribuir riquezas, determinando profundas mudanças sobre as condições de vida das populações.

Disso decorre uma complexificação dos problemas crônicos da sociedade brasileira, em todos os níveis: social, político, econômico e cultural, com grandes repercussões no âmbito da saúde.

A busca da produtividade a qualquer custo esbarrou nos limites do próprio ser humano e resultou no aumento do seu sofrimento. Esse foi o terreno que propiciou o surgimento da Teoria do Estresse, ou seja, ela nasce no contexto da explosão da produção e do consumo. Embora mudanças substanciais e significativas tenham sido implementadas no mundo do trabalho, com a conquista de avanços tecnológicos significativos, permanecem como desafios a falta de motivação, o desamparo, a desesperança, a passividade, a alienação, a depressão, a fadiga e o estresse.

Estudos realizados sobre estresse mostram que apesar de não haver concordância em uma definição clara do que seja estresse, tendo em vista conceitos e concepções diversas sobre o mesmo fenômeno, não se deve discordar totalmente da idéia do estresse como resposta fisiológica ao estressor. Entretanto, é necessário defender a existência de uma reação emocional concomitante às situações que são avaliadas como estressantes, isto é, considerar que a resposta não específica é psicologicamente mediada.

Quanto ao estresse ocupacional, percebe-se igualmente uma extensão da indefinição do conceito de estresse. Considerado pelos pesquisadores como um assunto complexo, o estresse ocupacional não é um fenômeno novo, mas sim um novo campo de estudo que passou a ganhar relevância em conseqüência do aparecimento de doenças que foram vinculadas ao estresse no trabalho. Portanto, estresse ocupacional pode ser conceituado como: “conseqüência das relações complexas que se processam entre condições de trabalho, condições externas ao trabalho e características individuais do trabalhador, nas quais as demandas do trabalho excedem as habilidades do trabalhador para enfrentá-las. Provoca conseqüências sob forma de problemas na saúde física e mental e na satisfação no trabalho, comprometendo o indivíduo e as organizações”.

O ambiente hospitalar ainda se constitui em uma importante fonte geradora de estresse para os profissionais, principalmente pelo sofrimento vivenciado nesse local. As diferentes situações de trabalho, associadas aos conflitos e aos sentimentos dos trabalhadores, comprometem não só o desempenho produtivo, mas também o equilíbrio físico e emocional desses trabalhadores. Portanto, representa consenso para muitos pesquisadores que a enfermagem é uma profissão estressante, fato que tem estimulado o desenvolvimento de estudos por profissionais, enfermeiros ou não.

As mudanças se apresentam sob a forma da flexibilização das relações trabalhistas, desregulamentação dos direitos sociais e trabalhistas, enxugamento de quadros através de demissões em massa para contenção de despesas, incorporação do subemprego, assim como do regime de trabalho pautado na escala extra e/ou multiemprego, o qual objetiva suprir a deficiência de pessoal, sem a necessidade de realização de concursos e efetivação de quadros, ou seja, explora-se a força de trabalho já existente, mas não se contrata novos trabalhadores, evitando-se dessa forma novos encargos trabalhistas.

Dentre as repercussões acarretadas por essas mudanças à vida do trabalhador, destaca-se o estresse ocupacional, desencadeador de danos na esfera do público e do privado na vivência cotidiana desses trabalhadores.

4 – Síndrome De Burnout

É um distúrbio psíquico de caráter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intenso, definido por Herbert J. Freudenberger como "um estado de esgotamento físico e mental cuja causa está intimamente ligada à vida profissional".

A síndrome de Burnout (do inglês to burn out, queimar por completo), também chamada de síndrome do esgotamento profissional, foi assim denominada pelo psicanalista nova-iorquino, Freudenberger, após constatá-la em si mesmo, no início dos anos 1970.

Em meados de 1974, Freudenberger criou o termo Burnout para descrever uma síndrome em que o esgotamento profissional se destacava como uma das principais sintomatologias. Este termo deriva do verbo inglês to burn out, o qual tem significado em língua portuguesa “queimar por completo” ou “consumir-se”. O referido autor constatou, em si mesmo, que sua atividade profissional como psicanalista, que tanto prazer lhe trouxera no passado, passou a frustrá-lo de modo acentuado. A partir disto, descreveu o Burnout como um sentimento de fracasso e exaustão causado por um excessivo desgaste de energia e recursos internos. Posteriormente, observou que irritabilidade, depressão, aborrecimento, rigidez e inflexibilidade também desempenhavam um papel importante na composição da síndrome.

3 - Referências Bibliográficas

MELO, C. Divisão social do trabalho e enfermagem. São Paulo (SP): Cortez Ed.; 2006.

PITTA, A. Hospital: dor e morte como ofício. São Paulo (SP): Editora Hucitec; 2005.

TRIGO T.R; TENG C.T; HALLAK, J.E.C. Síndrome de Burnout ou Estafa Profissional e os Transtornos Psiquiátricos. Rev. Psiq.Clin 34(5); 223-233,2007.

SANTINI, J. Síndrome do esgotamento profissional: Revisão Bibliográfica. Movimento Porto Alegre, v10, n1; p. 183-209, 2006.

MILLAN, L.R. A Síndrome de Burnout: realidade ou ficção? Ver. Assoc. Med. Bras., vol. 53, nº 1, São Paulo, jan-fev 2007.

MULLER, D. A síndrome de burnout no trabalho de assistência à saúde: estudo junto dos profissionais da equipe de enfermagem do Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Porto Alegre. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2004. Dissertação de Mestrado.

Pinto, Raquel Cunha, and Gisele Simas dos Santos. "A SÍNDROME DE BURNOUT NO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM THE SYNDROME OF BURNOUT IN PROFESSIONAL NURSING." 06/05/2013

Disponível‹http://biblioteca.clacso.edu.ar//clacso/gt/20101010021549/3antunes.pdf› acesso em 02 Maio 2013.

Disponível em ‹http://www.revistas.ufg.br/index.php/fen/article/view/8043/5820› acesso em 02 Maio 2013.

Disponível em ‹http://www.scielo.br/pdf/tce/v15nspe/v15nspea18.pdf› acesso em 05 Maio 2013.

Disponível em ‹http://www.scielo.br/pdf/rae/v41n3/v41n3a03.pdf› acesso em 05 Maio 2013

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