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O MÉTODO SINGAPURIANO DO ENSINO DA MATEMÁTICA

Por:   •  16/7/2021  •  Monografia  •  5.757 Palavras (24 Páginas)  •  85 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MÉTODO SINGAPURIANO PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA

 

  

Pamella Kesseler de Campos[1] 

         D.Sc. Patricia Lopes[2] 

 

RESUMO:

A educação é fundamental para o desenvolvimento e crescimento intelectual de um indivíduo e consequentemente de uma nação. Desta maneira, diversos aspectos devem ser levados em consideração para que este desenvolvimento seja bem sucedido, tais como, as metodologias de ensino, locais, professores capacitados e o aluno literalmente mostrando força de vontade e esforço para aprender e praticar o conhecimento. O ensino da matemática, por muitas vezes é lecionado de forma complexa, metódica e arcaica. Haja visto as dificuldades encontradas na disciplina propriamente dita e a metodologia de ensino utilizado para a transmissão do conteúdo matemático, muitas vezes estes fatores fazem surgir no aluno um sentimento de rejeição e fracasso à disciplina quando o mesmo esbarra em sua dificuldade de absorver a temática e consequentemente alcança notas baixas nas avaliações. Dentro deste contexto, Singapura em 1982 elaborou e adotou seu método próprio de ensino que corroborou para o sucesso no desenvolvimento de seus estudantes e do país. O método singapuriano de ensino da Matemática é dividido em três estágios: Concreto, Pictagórico e Abstrato, onde a filosofia central é utilizar objetos reais para ensinar raciocínio lógico e operações elementares de matemática aos alunos, tornando o processo de aprendizagem menos decorativo e mais lógico. Diante dos resultados espetaculares obtidos por Singapura durante a utilização do método, diversos países também o adotaram e os resultados foram positivos. O presente trabalho tem como objetivo expor o método singapuriano de ensino da Matemática e os resultados obtidos pelo mesmo, não somente em Singapura mas em outros locais que passaram a adotar esta metodologia de ensino.

  1. INTRODUÇÃO

Durante a educação básica cinco disciplinas fundamentais são apresentadas aos alunos, entre as quais pode-se citar: História, Geografia, Ciências, Português e Matemática. Apesar de estas matérias serem fundamentais até o ensino médio, dificilmente ocorre a associação dos conteúdos lecionados com o dia a dia.

A Matemática apresenta diversas formas de se fazer presente no dia a dia com interpretações que vão além dos teoremas e formulários.  A exemplo, pode-se citar uma dona de casa que vai receber para o almoço 16 convidados. Ao pegar a receita de uma torta de limão na internet, ela se dá conta que a receita irá render uma torta de 8 fatias que servirá apenas 8 convidados. Neste momento ela percebe que se dobrar a quantidade de ingredientes, ela irá atender aos 16 convidados. Neste momento, mesmo que empiricamente, esta dona de casa usou o conceito da multiplicação nas suas tarefas cotidianas.

Originada por volta de 2.400 a.C, desenvolvida na Mesopotâmia, no Egito, na Grécia, na Índia e no Oriente Médio, a Matemática intensificou-se na Europa a partir da Renascença, época de novas descobertas científicas, e com o passar do tempo, com o avanço científico e tecnológico, a Matemática tornou-se essencial na sociedade devido a sua necessidade diária, pois está ligada a vários ramos, como a economia, administração, medicina, engenharia, entre outras, (Cunha, 2017). Com isso, a Matemática é considerada uma matéria essencial devido a sua utilidade no dia a dia e o estímulo ao estudo e a compreensão da matéria tendem a aumentar consideravelmente nas escolas.

  1. MÉTODOS DE ENSINO DA MATEMÁTICA

O ensino da matemática, por muitas vezes é lecionado de forma complexa, metódica e arcaica. Haja visto as dificuldades encontradas na disciplina propriamente dita e a metodologia de ensino utilizado para a transmissão do conteúdo matemático, muitas vezes estes fatores fazem surgir no aluno um sentimento de rejeição e fracasso à disciplina quando o mesmo esbarra em sua dificuldade de absorver a temática e consequentemente alcança notas baixas nas avaliações, (Santos et al, 2007).

Neste contexto, surge a necessidade de que a matemática seja transmitida aos alunos de uma forma mais moderna e contextualizada, visando diminuir ou exterminar as dificuldades de compreensão e fazendo com que o aluno tenha mais interesse e curiosidade pelo estudo da disciplina e, consequentemente, contribuindo assim para um aumento nas notas durante as avaliações.  

Existem várias metodologias de ensino diferenciadas da matemática, que já na educação básica buscam a transmitir a disciplina de uma maneira mais prática e correlacionada ao dia a dia com o objetivo de facilitar a absorção do conhecimento e despertar a curiosidade do aluno, dentre as quais pode-se citar alguns métodos desenvolvidos em países de referência conforme o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Programme for International Student Assessment PISA) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCED) – Organisation de coopération et de développement économiques), (PISA, 2020).

O PISA tem como objetivo gerar indicadores que possam contribuir para a discussão da qualidade educacional nos países participantes. Realizado a cada 3 anos, o PISA mede a capacidade dos jovens de 15 anos de usar seus conhecimentos e habilidades de leitura, matemática e ciências para enfrentar os desafios da vida real. Assim, políticas de desenvolvimento para o ensino básico podem ser subsidiadas. O programa também tem o propósito de verificar até que ponto as instituições públicas e particulares de cada nação estão preparando os alunos para exercerem corretamente seus papéis de cidadãos em nossa sociedade contemporânea, (PISA, 2020).

No Brasil, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP, é o órgão responsável pelo planejamento e a operacionalização da avaliação no país, o que envolve representar o Brasil perante a OCDE, (INEP, 2020).  

Vinculado ao Ministério da Educação – MEC e com plena autonomia federal, o INEP tem como objetivo subsidiar a formulação de políticas educacionais dos diferentes níveis de governo com intuito de contribuir para o desenvolvimento econômico e social do país. As principais áreas de atuação do INEP compreendem: avaliações, exames e indicadores de qualidade dos sistemas de educação básica, média e superior, formulação de biblioteca e arquivo da educação nacional, elaboração e estatísticas educacionais e elaboração de publicações informativas de domínio público, (INEP, 2020).

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