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O Que é Ética

Por:   •  9/5/2022  •  Resenha  •  1.359 Palavras (6 Páginas)  •  122 Visualizações

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Nome do Aluno: Barbara Cristina Martins

No livro de Álvaro L. M. Valls com o título “O que é ética” ele aborda alguns temas interessantes sobre a ética, entre eles: Os problemas da Ética, Ética e Religião, Ideais éticos, Liberdade, Comportamento Moral: o bem e o mal e a Ética hoje.

No capítulo dos problemas da ética, ele já inicia afirmando que a ética é um tema que todo mundo sabe, mas ninguém sabe explicar e de fato é assim, pois é um tema bastante subjetivo. Ele também afirma que a ética pode ser entendida como um estudo reflexivo ou tradicional, científico e mesmo eventualmente, teológico sobre as ações humanas, e que a vida também é chamada de ética conforme os costumes sejam considerados corretos. O parâmetro que determina ou influencia os “costumes corretos” é a sociedade e o tempo, e no livro retrata os diferentes costumes da sociedade em diferentes épocas. O autor afirma que a ética tem pelo menos uma função descritiva: de procurar conhecer, apoiando-se em estudos de antropologia cultural e semelhante, os costumes das diferentes épocas e dos diferentes lugares. então o autor se questiona se não haveria então uma ética absoluta válida acima das fronteiras de tempo e espaço?

Para essa reflexão o autor nos trás dois filósofos que contribuíram para o estudo da ética: Sócrates e Kant. Sócrates, obedecia às leis, mas as questionava, procurando fundamentar de forma racional a sua validade. Ele ousava perguntar se as leis eram justas, e mesmo que chegasse a uma resposta positiva, o conservadorismo grego não podia suportar este tipo de questionamento. Mas, embora os gregos não gostassem dos questionamentos socráticos, Sócrates foi chamado, muitos séculos depois, "o fundador da moral", porque a sua ética (e a palavra moral é sinônimo de ética, acentuando talvez apenas o aspecto de interiorização das normas) não se baseava simplesmente nos costumes do povo e dos ancestrais, assim como nas leis exteriores, mas sim na convicção pessoal, adquirida através de um processo de consulta ao seu "demônio interior" (como ele dizia), na tentativa de compreender a justiça das leis.

Kant buscava uma ética de validade universal, que se apoiasse apenas na igualdade fundamental entre os homens. Sua filosofia se volta sempre, em primeiro lugar, para o homem, e se chama filosofia transcendental porque busca encontrar no homem as condições de possibilidade do conhecimento verdadeiro e do agir livre.

No segundo capítulo o autor aborda a ética na Grécia Antiga, que surgiu da busca de um princípio absoluto de conduta. Platão parte da ideia de que os homens buscam a felicidade, que seria encontrada após a morte. Assim, durante a vida o homem deveria procurar, através da dialética, a contemplação das ideias do Ser e do Bem, que são imutáveis, procurando descobrir uma escala de bens que o levem ao absoluto. De acordo com filósofo, a prática da virtude é a coisa mais preciosa para o homem, já que é também uma espécie de purificação, aproximando-o e assimilando-o a Deus.

Aristoteles também se preocupava com a questão do Ser e do Bem, mas de forma diferente, ele defendia uma variedade de bens necessários para a felicidade. A felicidade então seria conquistada pelo esforço da vontade humana em se construir hábitos virtuosos deliberados pela liberdade da razão.

No capítulo ética e religião, a religião grega, como muitas outras religiões antigas, era ainda bastante naturalista, sendo os deuses geralmente quase apenas personificações de forças naturais, como o raio, a força, a inteligência, o amor e até a guerra. Com a religião judaica, a questão se modifica um tanto. O Deus de Abraão, Isaac e Jacó não se identifica com as forças da natureza, estando assim acima de tudo o que há de natural.

Em termos éticos ou morais, isto tem uma consequência profunda: quando o homem se pergunta como deve agir, não pode mais satisfazer-se com a resposta que manda agir de acordo com a natureza, mas deve adotar uma nova posição que manda agir de acordo com a vontade do Deus pessoal. Para que isto seja praticamente viável, torna-se necessário conhecer a vontade deste Deus pessoal, e a filosofia sente a necessidade de uma ajuda fundamental fora dela: os homens procuram a revelação de Deus. A revelação de Deus não é uma exposição teórica, mas é toda ela voltada para a educação e o aperfeiçoamento do homem. O homem busca ser santo, como Deus no céu é santo.

A religião trouxe, sem dúvida alguma,

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