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O Suicidio

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Por:   •  21/11/2014  •  2.297 Palavras (10 Páginas)  •  292 Visualizações

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Introdução

Neste trabalho tem como objetivo estudar e analisar a obra “o suicídio” de Emile Durkheim, publicado no ano de 1897, onde o suicídio não é uma enfermidade, mas sim um fato social ligado com a convivência na sociedade, onde destaca-se os três tipos: o suicídio altruísta, egoísta e o “anômico”.

Vida e obra.

Émile Durkheim nasceu na cidade de Épinal, na França em 1858 e faleceu em Paris em 1917. Nasceu no seio de uma família religiosa, mas desde a juventude foi a favor de uma educação secular e por diversas vezes em sua obra tentou provar que fenômenos religiosos, bem como outros fenômenos (o suicídio e a criminalidade, por exemplo) tinham origem em acontecimentos sociais. Aos 21 anos de idade, Durkheim foi estudar na École Normale Supérieure e passou a dedicar-se ao mundo intelectual. Formou-se em Filosofia no ano de 1882. Cinco anos após sua formatura, foi trabalhar na Universidade de Burdeos como professor de Pedagogia e Ciência Social. Neste período, começaram seus estudos sobre Sociologia.

O suicídio, escrito em 1897, trata de um assunto considerado psicológico abordado polemicamente por Durkheim como fenômeno social. Sua intenção era provar sua tese de que o suicídio é um fato social, forma de coerção exterior e independente do indivíduo, estabelecida em toda a sociedade e que, portanto, deve ser tratado como assunto sociológico. Suspeita-se que teria se interessado pelo assunto após o suicídio de um amigo íntimo e que isso o teria afetado também nas classificações do suicídio, pelo menos na forma que chama de egoísta. Ao longo de seu estudo sobre o suicídio, Durkheim tenta provar sua tese de que estatísticas puras sobre o assunto são insuficientes para determinar suas causas. Para ele, o motivo da morte que se encontra em obituários de suicidas é, na verdade, a opinião que se tem sobre o fato, causa aparente, não servindo de explicação palpável. Um dos exemplos que o autor usa para embasar sua teoria mostra que, no âmbito religioso, o suicídio entre os protestantes é maior que entre os católicos, independente da região em que se encontram, como resultado de um menor controle social sobre os fiéis, causa, portanto, social.

A maior parte do seu trabalho consiste no reconhecimento da existência de uma "consciência coletiva", onde o homem seria um animal selvagem até adquiri - lá, e para isso o homem passa por um processo que Durkheim chamou de “socialização”; essa consciência, formada durante a socialização, é “composta por tudo aquilo que habita nossas mentes e que serve para nos orientar como devemos ser”, onde “tudo” são o que o filósofo chamou de “fatos sociais” (o que as pessoas sentem, pensam ou fazem), os verdadeiros estudos da sociologia, de acordo com ele.

Desenvolveu durante estudos e pesquisas, dois de seus principais termos , “anomia” (citado como um tipo de suicídio em seu livro “O suicídio”, aqui estudado), e “instituição social”. Anomia, um termo criado por Durkheim, definindo o sujeito que sofre de perda de identidade perante o modo de organização socioeconômico da sociedade, a vítima passa a não ter objetivos, pois está completamente à deriva dos desejos e vontades da sociedade, nunca tendo olhado para si próprio e seus desejos, segue sem escolha consciente a sociedade; sendo assim, anomia, uma patologia, é um indicativo segundo Durkheim de que algo não esta indo bem.

A sociedade com suas tantas mudanças e oscilações na economia, aquilo que a segura e move, o ser humano passar a estar à deriva de toda movimentação das contas bancarias e ações nas bolsas de valores, com as crises econômicas, as maiores e mais assustadoras oscilações do mercado metalista moderno, fazem-se centenas de suicidas, parte do objetos de estudo do presente trabalho.

Taxas de suicídio

Durkheim concluiu que:

• taxas de suicídio são maiores entre os solteiros, viúvos e divorciados do que entre os casados;

• na maioria das vezes, o indivíduo portador da "ideia do suicídio" quase sempre não sobrevive.

• são maiores entre pessoas que não tem filhos;

• são maiores entre protestantes do que entre católicos e judeus.

As razões para estas diferenças entre as taxas de suicídio incluem:

• mais importante, a interpretação da morte. Devido a pequenas diferenças entre protestantes e católicos — especificamente porque o suicídio é um pecado mortal entre os católicos e protestantes ;, um suicida numa comunidade católica (mesmo esclarecendo os motivos numa nota de suicídio) é visto primariamente como um pecador;

• comunidades católicas tendem a ser um pouco mais integradas que as protestantes, com laços familiares mais próximos. Quebéc, no Canadá, é um dramático paradoxo a esta afirmação: a taxa de suicídio per capita entre os oficialmente católicos é alarmante, principalmente entre os jovens, e atribuída à rápida decadência da prática religiosa comunitária. De forma similar, pessoas casadas e/ou com filhos são menos propensas a cometer suicídio. Elas simplesmente têm mais motivos para viver.

Sem dúvida alguma quando Durkheim, constatou números de fato de suicídio entre católicos e protestantes se baseou nas estatísticas da época,o que hoje foge completamente da realidade e entra no contraditório tanto pelos percentuais, como por novas estatísticas; o que nos faz refletir um pouco acerca do seu conceito.

De acordo com Durkheim, o meio social católico tem níveis de integração sociais normais, enquanto o meio protestante tem níveis baixos. Durkheim então definiu o suicídio como o ato de muitas relações sociais e concluiu que o suicídio pode ser causado por vínculos sociais fracos. Durkheim acreditava que o vínculo social era composto de dois fatores: a integração social (ligação a outros indivíduos dentro da sociedade) e a regulação social (ligação com as normas da sociedade). Ele acreditava também que taxas de suicídio podem aumentar em extremos de ambos os fatores.

11 categorias de suicídio:

• Overdose

• Enforcamento

• Auto-defenestração

• Corte de pulso e carótida

• Colisão

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