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O TIGRE ASIATICO

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Por:   •  30/9/2014  •  1.963 Palavras (8 Páginas)  •  378 Visualizações

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Terça-feira, 07/09/2010, 02h41

Cidade de Marabá cresce e assombra o Brasil

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Revista nacional destaca crescimento de Marabá, que é comparada na reportagem aos “Tigres Asiáticos”

“Tigre da Amazônia”. A mais recente denominação dada a Marabá, em reportagem da revista Veja, reforça o crescimento apresentado pelo município do sudeste paraense nos últimos anos. Em alusão a “Tigres Asiáticos” – países da Ásia com altos índices de crescimento econômico e interferência no mercado mundial na década de 1980 -, a revista coloca Marabá como a 2ª maior em crescimento anual (19,7%) dentre as cidades médias (de 100 mil a 500 mil habitantes), numa lista que traz as vinte “metrópoles do futuro do Brasil”. Só perde para Hortolândia (SP), que cresce a uma taxa de 22,6% ao ano.

Há algum tempo as especulações sobre o crescimento do município e dos futuros investimentos na região permeiam o bate-papo de moradores, conversas de empresários e discursos de políticos... Mas o que disso tudo é fato ou só especulação? A cidade está preparada para enfrentar os desafios que o crescimento traz aos gestores públicos? E a população de Marabá, o que vê e o que espera desse momento?

A economia de Marabá sempre viveu de ciclos da borracha, da castanha-do-pará, das madeireiras, do gado e, agora, começa uma fase siderúrgica e industrial, que chega prometendo muito e já rendendo frutos e promessas em muitos outros setores.

O escritor João Brasil, 84, natural de Altamira, que mora há 78 anos em Marabá, só viu um tigre de perto há muito tempo, na região do Araguaia. A denominação do município como um “imponente animal” não lhe causa estranheza... Brasil, que sobreviveu do rio Tocantins por muito tempo atuando como marítimo, sempre soube que Marabá um dia ia prosperar. “Quem é banhada por um rio como esse só pode estar fadada à riqueza. A cidade cresceu muito, tem potencial para crescer em muitas áreas. Hoje, Marabá não é nem de longe aquele cidade tranquila, que eu aprendi a gostar e amar. Ela não para de crescer...”, diz saudoso.

A comparação com os países asiáticos definitivamente não foi um exagero, para o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Maurílio Monteiro. Apesar de não existirem dados atuais do boom econômico do município, a percepção de crescimento do apaixonado Brasil se confirma, sim, através de alguns indicadores, que sinalizam a boa fase econômica. “O aumento considerável do consumo de energia elétrica, a geração de empregos acima da média brasileira, o consumo de cimento, de bens duráveis, o volume de veículos circulando”, reforça Maurílio.

Dados analisados e sistematizados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base em informações do Ministério do Trabalho, confirmam o bom desempenho da economia. Em julho de 2010 foram feitas 1.485 admissões no setor formal. A construção civil foi a que mais cresceu (0,69%), seguida do comércio (0,48%) e do setor de serviços (1,03%). Nos primeiros sete meses de 2010, em Marabá, foram feitas 10.308 admissões, crescimento de 3,10%. O setor que mais ofertou vagas foi o extrativo mineral.

O secretário destaca a atenção dada ao Distrito Industrial de Marabá. Na fase 1 (2007), houve a ampliação e revitalização da área, e também a instalação da Siderúrgica Norte Brasil (Sinobras). Na fase 2, houve a aquisição de novos lotes para instalar as indústrias de diversas áreas; e na fase 3, a atual, está sendo feita a desapropriação de áreas para a instalação de siderúrgicas, como a Aços Laminados do Pará (Alpa).

Para Monteiro, todas as conquistas resultam da articulação dos governos municipal, estadual e federal e da iniciativa privada. A aprovação da lei da regulação fundiária, por exemplo, para o secretário, trouxe um novo momento na região, “que ainda é de muitos conflitos. Mas que antes, não havia legislação para estabelecer os critérios. A Assembleia aprovou lei que cria sete tipos de ocupação e traz as regulamentações para os que já ocuparam a terra pública”.

Aço produzido na cidade vai para todo o Brasil

Comemorando a fase próspera, o secretário municipal de Comércio e Indústria de Marabá, João Tatagiba, abre um parêntese para relembrar a crise, no final de 2008, que provocou a paralisação das atividades em sete das dez guseiras da região. “A crise econômica mundial comprometeu uma linha de produção que representava 30% do ferro-gusa no Brasil. Foi um momento difícil para o município. Houve muito desemprego. E a situação era de incertezas... O comércio foi prejudicado”, relembra. “Nosso parque industrial deve retomar o fôlego. Hoje Marabá tem despertado a atenção das mais diversas empresas para se instalar aqui, desde estaleiros a fábricas de leite”.

Tatagiba reforça que a implantação da Sinobras trouxe esse novo momento de prosperidade. “É hoje a nossa joia da coroa”, diz o secretário. A primeira usina siderúrgica integrada de aços longos para construção civil do Norte e Norte deu início ao inédito processo de verticalização do minério de ferro no Estado. Produzindo vergalhões, fio-máquina e trefilados, a Sinobras gera hoje mais de 1.700 empregos diretos e cinco mil indiretos. É a maior folha salarial do município, depois da Prefeitura e do Exército.

Hoje a produção de aço atende o mercado local e a todo o país. Ian Correa, vice-presidente

da Sinobras, destaca que quase 35% das compras feitas pela empresa são de empresas da região. E até junho de 2010 foram

R$ 330 milhões em valores negociados com os fornecedores. A siderúrgica é a maior recolhedora de ICMS do sudeste do Pará.

A Sinobras está operando com 90% da sua capacidade produtiva. Ou seja, ainda há o que crescer.

Violência é um dos maiores problemas

Todo esse crescimento que fez Marabá parar nas páginas da Veja vem acompanhado de

muitos problemas que o município tem de enfrentar desde então. Para João Brasil, a insegurança, sem dúvida, é o que de pior o desenvolvimento trouxe. “Hoje, aqui em Marabá, você sai de casa na incerteza de que vai voltar. Assaltos, roubos, espancamentos... mancham a história

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