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PRINCÍPIOS ORIENTATIVOS PARA A EDUCAÇÃO DE SURDOCEGOS

Projeto de pesquisa: PRINCÍPIOS ORIENTATIVOS PARA A EDUCAÇÃO DE SURDOCEGOS. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  28/4/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.004 Palavras (5 Páginas)  •  187 Visualizações

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PRINCÍPIOS ORIENTADORES NA EDUCAÇÃO DE SURDOCEGOS

Nossa experiência já mostrou há muito tempo, que o simples fato de tocarmos na palavra Surdocego ou Surdocegueira na presença do ser humano provém de imediato um mundo desfigurado, um mundo sem luz nem som, portanto solitário e, para muitos, inatingível, consequentemente impossível de ser, pelo menos, em parte modificado.

Esse é o mundo, a realidade da Surdocegueira vista por alguém de fora.

Porém, nosso objetivo ainda deve ser cumprido; desmistificar esta visão é necessário.

Pois bem! Educar um Surdocego, sendo este apenas Surdocego ou apresentando outra deficiência associada, é um processo bastante complexo, principalmente tratando-se da Surdocegueira pré-lingüística, o que veremos mais adiante, aqui mesmo neste espaço. Sobretudo, no que se refere à Surdocegueira pré e pós-lingüísticas, estratégias educativas adequadas a cada grupo e inseridas neste, a cada pessoa poderão não o ser para outra, dado que cada pessoa é um ser único.

No entanto, existem alguns princípios que, em nosso tempo de convivência e participações, mostraram-se úteis podendo ser importantes para futuras intervenções.

Estes princípios podem ser agrupados em três grupos:

1. Atitude do Educador.

2. Ambiente de Educação/Aprendizagem.

3. Relações com o Surdocego.

a) Atitude do Educador

Ao desenvolvermos qualquer trabalho junto ao Surdocego, é de fundamental importância a colaboração que as famílias têm junto aos profissionais de outros serviços para a Educação do Surdocego, no sentido de termos abordagens de cunho transdisciplinar em que as pessoas que dela fazem parte partilhem os mesmos objetivos. Consequentemente, a família e o educador não se sentem tão isolados sendo estes então os principais impulsionadores da Educação do Surdocego.

“Os outros técnicos trabalham diretamente com ela durante o processo de avaliação e ajudam a implementar as estratégias mais específicas nos ambientes naturais ao Surdocego.” (Smith e Lavack, 1997).

Também considerando a complexidade do trabalho, acarretando dessa forma abandono por parte de educadores e de equipe transdisciplinar, a família é, freqüentemente, o único elemento que ano após ano continua o trabalho com o Surdocego.

Assim, quando esta está envolvida é mais fácil manter a consistência das estratégias e dar continuidade ao trabalho, principalmente a este significativo grupo de deficientes, dado que grande parte da intervenção, principalmente nas primeiras idades de um Surdocego pré-lingüístico é reforçada ou realizada no ambiente familiar (Smith e Lavack, 1996).

Como acontece na Educação de qualquer pessoa, outro princípio a considerar é a independência.

O educador e a família devem procurar ajudar o Surdocego a funcionar o mais independente possível nos ambientes em que se encontra inserido.

Para Surdocegueira pré-lingüística, contribuir para independência pode significar ter muita energia, criatividade, tolerância de nossa parte, pois pode ser mais fácil fazer a tarefa pelo Surdocego do que ensiná-lo a fazer.

Para a Surdocegueira pós-lingüística, independência pode significar o uso de algum equipamento especial, e, com certeza, a aprendizagem de modelos de comunicação alternativos. Uma grande parcela de indivíduos Surdocegos ainda não é capaz de defender os seus próprios direitos, sendo essencial que quem contate com eles sistematicamente respeite os seus direitos individuais, como por exemplo:

1. Ter consciência da privacidade do Surdocego pré-lingüístico, isto é, não discutir assuntos relacionados com ele na sua presença. O fato de freqüentemente não conseguir falar ou ter dificuldades em pensar não significa não compreender que se está a falar dela. (Cushman, 1992).

2. Ter consciência que um Surdocego pós-lingüístico pode defender seu ponto de vista e seus direitos apesar de ser Surdocego. Sua capacidade intelectual pode estar em plenas condições de desenvolvimento.

3. Permitir que tenha a dignidade de correr alguns riscos naturais, deixando o Surdocego fazer tudo aquilo que puder por si só, embora, por vezes, possa ser inconveniente para os outros.

b) Ambiente de Educação e Aprendizagem

É indispensável

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