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Raio (meteorologia)

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Por:   •  15/5/2013  •  Trabalho acadêmico  •  1.557 Palavras (7 Páginas)  •  754 Visualizações

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Raio (meteorologia)

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Disambig grey.svg Nota: Para outros significados de Raio, veja Raio (desambiguação).

Raios em Toronto, Canadá.

Um raio é uma descarga elétrica de grande intensidade que ocorre quando a rigidez dielétrica do ar é quebrada e cargas elétricas fluem diretamente da nuvem para o solo, ou vice-versa, produzindo diversos tipos de radiação eletromagnética, além de ondas sonoras, que são conhecidas como trovões. A principal diferença entre relâmpagos e raios consiste no fato de que o termo relâmpago refere-se a qualquer descarga elétrica atmosférica, enquanto um raio é uma descarga que ocorre entre a nuvem e o solo. Por isso, pode-se dizer que todo o raio é um relâmpago, mas nem todo o relâmpago é um raio.1

Os raios sempre foram motivo de fascínio, tanto que mitos e superstições relacionados com descargas elétricas estiveram presentes no surgimento das primeiras religiões. Diversas explicações mitológicas foram propostas ao longo da história, até que, no século XVIII, o cientista norte-americano Benjamin Franklin descobriu a natureza elétrica do fenômeno. Atualmente, os mais variados instrumentos, como câmeras digitais de alta velocidade, detectores de radiação eletromagnética e osciloscópios, são utilizados para estudo deste fenômeno atmosférico.

Com tais pesquisas descobriu-se que existem raios negativos, nos quais as cargas negativas vão da nuvem ao solo, e raios positivos, que são muito mais perigosos e mais raros do que as descargas negativas. Além do trovão, os raios produzem diversos tipos de radiação eletromagnética, algumas delas de alta energia, como raios X e raios gama. Dependendo da frequência, essas ondas podem ficar presas na ionosfera da Terra, e assim ficar circulando o planeta, criando a ressonância Schumann. A imensa carga dos raios produz, ainda, eventos luminosos na alta atmosfera que acontecem muito acima das nuvens e não são visíveis da superfície da Terra, mas já foram fotografados por aviões e satélites.

Por meio de satélites também é possível contabilizar a quantidade de raios que acontecem no mundo em tempo real. Em média, de cinquenta a cem descargas acontecem a cada segundo em todo o mundo, a maioria delas nas regiões tropicais, sendo que o país em que ocorre a maior quantidade de raios é o Brasil. Os raios são responsáveis por diversas mortes por todo o planeta, mas a maioria delas poderia ser evitada se medidas simples de proteção fossem tomadas. Sondas espaciais já detectaram raios em Júpiter, Saturno e Vênus e existem provas da ocorrência de descargas elétricas também em Marte.

Índice

1 Histórico

1.1 Visões mitológicas

1.2 Primeiras explicações científicas

2 Características físicas do raio

2.1 Eletrização da nuvem

2.2 O raio

2.2.1 Raios negativos

2.2.2 Raios positivos

3 Tipos de descargas elétricas

4 Métodos de pesquisa

5 Outras origens

6 Fenômenos relacionados

6.1 Trovão

6.2 Radiação de alta energia

6.3 A ressonância de Schumann

6.4 Eventos luminosos transientes

7 Distribuição geográfica

8 Segurança

8.1 Fatalidades

9 Queraunofobia

10 Em outros planetas

11 Notas

12 Referências

13 Ver também

14 Ligações externas

Histórico

É provável que os raios estivessem presentes na Terra bem antes do surgimento dos primeiros seres vivos, há mais de três bilhões de anos.nota 1 Além disso, os raios provavelmente foram fundamentais para a formação das primeiras moléculas orgânicas para formação das primeiras formas de vida.2 Desde o início da história escrita, os raios foram motivo de fascinação para o ser humano. O fogo que produziam quando atingiam a terra era utilizado para se aquecer durante a noite, além de manter os animais selvagens afastados. Por isso, o homem primitivo procurava respostas para explicar esse incrível fenômeno, criando superstições e mitos que passaram a fazer parte das primeiras religiões que surgiram.3

Visões mitológicas

Estátua de Zeus segurando raios.

Os povos antigos criaram diversas lendas para explicar o surgimento dos raios. No Antigo Egito, acreditava-se que o deus Tifão arremessava os raios sobre a terra. Um documento da Mesopotâmia datado de 2300 a.C. mostra uma deusa no ombro de uma criatura alada e segurando um punhado de raios em cada mão. Atrás dela se encontra o deus que controla o tempo meteorológico criando os trovões com um chicote. Os raios também são a marca da deusa da mitologia chinesa Tien Mu, que é uma das cinco dignitárias do "Ministério das tempestades", que é comandado por Lei Tsu, o deus do trovão. Na Índia, os textos Vedas descrevem como Indra, o filho do Paraíso e da Terra, carregava trovões em sua biga.2

Por volta do ano de 700 a.C. os gregos começaram a utilizar os símbolos dos raios trazidos do Oriente Médio na sua arte, atribuindo-os sobretudo a Zeus, o deus supremo da sua mitologia. Na Grécia Antiga os raios, quando apareciam no céu, eram vistos como sinal de desaprovação de Zeus. O mesmo sucederia na Roma Antiga em relação a Júpiter. Em Roma acreditava-se

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