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Política Monetária

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Por:   •  13/9/2014  •  2.849 Palavras (12 Páginas)  •  283 Visualizações

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INTRODUÇÃO:

Este paper pretende fazer uma breve análise sobre a Política Monetária, já esta política econômica desempenha um papel importante na economia de um país, com efeitos e consequências que não ficam reservados apenas a um setor econômico ou a um país, tendo em vista a globalização que torna os efeitos de uma política econômica muito mais abrangente, mesmo que a transmissão da política monetária se dê por canais internos dos agregados de uma economia, através dos instrumentos de política monetária, os efeitos podem afetar outras economias, pela análise das expectativas dos agentes econômicos no mercado e uma maior interligação no mercado financeiro.

Também será abordado além do conceito principal, uma rápida análise sobre a moeda e seus principais conceitos, tanto na representação clássica como numa visão keynesiana. Ainda sobre a política monetária, será abordado algumas críticas sobre sua atuação e suas limitações, segundo Milton Friedman, porém obtenção de bons resultados se o foco direcionar-se no controle dos agregados monetários.

Tendo a moeda se tornado a mercadoria universalmente aceita e reconhecida como reserva de valor, sendo ela capaz de ser trocada por outras mercadorias pelo reconhecimento de seu valor de uso e de troca ou acumulada pelos agentes na busca de liquidez, seu uso na economia não poderia ocorrer de forma livre ou sem regras, pois um possível problema de escassez ou super produção causaria turbulências nos mercados, tal como qualquer outra mercadoria, já que segundo a Teoria Quantitativa da Moeda, a moeda deve ser vista como uma mercadoria qualquer, em que seu preço seria determinado pela quantidade dela mesmo, com isso convém a autoridade monetária, no caso do Brasil, o Banco Central, atuar através da política monetária para corrigir, evitar e (ou) amenizar eventuais problemas relacionado ao sistema monetário.

Por fim, este trabalho tem a pretenção de fazer uma abordagem rápida e clara para dar ao leitor um melhor entendimento e conhecimento sobre esse assunto.

1- CONCEITO DE POLÍTICA MONETÁRIA

Será tomado como ponto de partida para este paper o entendimento do conceito de política monetária.

“Política Monetária é o conjunto de medidas adotadas pelo governo visando a adequar os meios de pagamento disponíveis às necessidades da economia do país”. (SANDRONI 1999, p.478).

“Entende-se que política monetária seja a atuação do Banco Central na definição das condições de liquidez da economia, quantidade de moeda, taxa de juros entre outros.” (GREMAUD, VASCONCELOS, TONETO JR. (2007, p.220)

É também através da política monetária que o governo tenta controlar a taxa de juros e assegurar a liquidez do mercado, sendo o governo o principal responsável pela manutenção da liquidez do país, ele atua como o principal emisor e controlador da moeda circulante na economia, responsabilidade essa que tem como principal agente o Banco Central, que ligado diretamente ao governo gerencia e executa a política monetária como também fica encarregado pelo controle e regulação do crédito, manutenção do padrão monetário e do câmbio.

O outro ponto, e este muito importante no Brasil atualmente, é o uso da política monetária como instrumento de controle da inflação, já que a resposta por meio da política monetária ocorre muito mais rapidamente e não exige por parte do governo um esforço grande como no uso de outras políticas econômicas que exigiria a necessidade de redigir leis que poderíam ou não serem aprovadas pelo legislativo. Sendo assim o COPOM faz uma análise dos indicadores da economia para obtenção dos dados que indicam o comportamento da inflação no país, após essa análise caberá ao COPOM decidir sobre a taxa de juros necessária para a manutenção e (ou) correção da taxa de inflação, caso esta tenha um comportamento que vá contra a meta estipulada para o ano corrente.

Para os críticos dessa política econômica, a atuação do governo através do uso de política monetária não é tão eficaz, já que esta também provoca alguns problemas na economia tais como: aumento do déficit público interno, como um efeito colateral do aumento da taxa de juros, já que a dívida pública interna é financiada pela venda dos títulos que é atrelado a taxa SELIC, o outro problema é a geração de inflação a longo prazo pelo mesmo princípio ao qual descrito antes, o aumento da dívida pública pressiona os déficits públicos e gera inflação no final desse processo, e no tocante a inflação, Vasconcellos e Garcia (2005) comentam que o governo deve promover estímulos ao consumo de bens, serviços, investimentos sendo que o aumento na emissão de moeda deverá ser na medida das necessidades dos agentes econômicos. Além disso problemas com a taxa de juros podem ocorrer se esta se encontra muito baixa, que estimula fortemente a demanda e o consumo através da busca por crédito, o que também pode gerar inflação a longo prazo além de altas taxas de individamentos, e problemas de desestímulo aos investimentos e consequente choque de oferta além da atração de investimentos puramente especulativo, que são atraídos pelas expectativas de obtenção de lucros com as taxas de juros alta, atrapalhando assim o setor produtivo da economia.

2- MOEDA

A moeda é o meio pelo qual são efetuadas as transações monetárias, deve ser reconhecida como uma mercadoria ao qual detém em si própria valores de uso e de troca, Para (Marx 2006,p 245), o valor de uso possui o conteúdo material da riqueza seja qual for a forma social dela, e é também o caminho para se chegar ao valor de troca, enquanto o seu valor de troca “consiste na relação quantitativa entre valores de uso de espécies diferentes e à medida que são trocados, podendo mudar no tempo e no espaço, pois qualquer mercadoria se troca por outras em diversas proporções” (MARX 2006,p 244).

A utilização da moeda tornou-se cada vez mais importante a medida em que o homem passou a fazer cada vez mais transações comercias em suas comunidades e estas comunidades se transformaram em cidades cuja moeda tal como é hoje, se transformou ao longo do tempo em um produto referencial, aceito por todos já que este agora substituia todos os outros produtos utizados no escambo (troca). A moeda também exerce um papel fundamental em uma economia pela sua função de reserva de valor, “a partir do momento em que recebemos até o instante em que a utilizamos para consumo” (Passos e Nogami, 1999, p.375).

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