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Problematização no ensino da matemática

Por:   •  19/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.433 Palavras (6 Páginas)  •  315 Visualizações

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Problematização do Ensino da Matemática no Ensino Médio

Michelli A. Damasceno Freitas*

  1. Introdução

A aprendizagem de matemática, muitas vezes, é encarada como uma prática tediosa, em que há apenas reprodução de métodos de ensino, como uma aula ordenada para repetir etapas, uso fiel do livro-texto, cópia e repetição de algoritmos, que na maioria das vezes são sempre os mesmos, não havendo espaço de criação por parte dos estudantes. Sabemos que o processo de ensino e aprendizagem consiste numa troca de saberes onde o professor opera como um intermediador entre seus alunos e o conhecimento, desta maneira este processo consiste em professor- aluno- conhecimento.

Considerando o ensino de Matemática no âmbito escolar atual, podemos perceber claramente que esse processo não tem ocorrido de maneira satisfatória, pois se tratando de matemática, grande parte dos alunos e até mesmo alguns professores vem enfrentando muitas dificuldades para lidar com esta disciplina, tais como: a inadequação no ensino de matemática; a falta de domínio dos pré-requisitos pelos estudantes; a desmotivação de professores e alunos; a má formação dos docentes e o tradicionalismo. Dificuldades estas, que acompanham os alunos durante toda Educação Básica até o Ensino Superior, pois pesquisas e avaliações nacionais têm mostrando que grande parte dos estudantes termina passando de um nível de escolaridades para outro, sem dominar os pré-requisitos necessários para o nível subsequente.

O principal objetivo do ensino médio, é a autonomia do estudante frente às determinações do mercado de trabalho. Visa-se a um processo educativo centrado nos sujeitos da aprendizagem, jovens ou adultos. A Matemática contribui com o desafio da escola que é formar os estudantes para a autorrealização, propiciando-lhes oportunidades educativas que lhes permitam desenvolver habilidades e adquirir competências. Como afirma D’ Ambrósio (2001) “Se quisermos atingir uma sociedade com equidade e justiça social, a contextualização é essencial para qualquer programa de educação” (p. 76). Isso implica de uma mudança de postura do professor em colaboração com toda a comunidade escolar, no sentido de transformar a escola num ambiente relacionado ao contexto sociocultural do aluno. D’ Ambrósio acredita que pode-se desenvolver o raciocínio qualitativo do aluno levando-se em conta questões atuais, o que considera essencial para chegar-se a uma nova sociedade.

Com base nisso, este artigo tem como finalidade orientar os futuros professores de matemática com seu modo de conduzir uma sala de aula, criando condições para que o aluno, possa compreender as ideias básicas da Matemática desse nível de ensino atribuindo significado a  elas, além de saber aplicá-las na resolução de problemas do mundo real, promovendo assim um ensino inclusivo, possibilitando o aprimoramento através de uma formação ética e de desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico. Tendo como objetivo contextualizar os problemas nos níveis de ensino, desde, a formação inicial do aluno que deixa a desejar na matemática, o professor que não explica de uma forma que prenda a atenção do aluno e o aluno que não se interessa pela matéria proposta, ou seja: como deixar a matemática mais atrativa para os jovens?

  1. O conteúdo da matemática escolar

         Ao iniciar sua vida escolar, a criança inicia o processo de alfabetização, não só em sua língua materna como também na linguagem Matemática, construindo o seu conhecimento segundo as diferentes etapas de desenvolvimento cognitivo; um bom ensino nesse nível é fundamental.

 

[...] o aprendizado das crianças começa muito antes delas frequentarem a escola. Qualquer situação de aprendizado com a qual a criança se defronta na escola tem sempre uma história prévia. Por exemplo, as crianças começam a estudar aritmética na escola, mas muito antes elas tiveram alguma experiência com quantidades – elas tiveram que lidar com operações de divisão, adição, subtração e determinação de tamanho. Consequentemente, as crianças têm a sua própria aritmética pré-escolar, que somente psicólogos míopes podem ignorar (VYGOTSKY, 1989, p. 94-95).

O processo de ensino e aprendizado da matemática deve ser bem trabalhado nas escolas, para que futuramente os alunos não apresentem dificuldades graves, quanto a construção deficiente do pensamento logico-abstrato. A Matemática não se restringe apenas à quantificação de fenômenos determinísticos – contagem, medição de objetos, grandezas – e das técnicas de cálculo com os números e com as grandezas, pois também estuda a incerteza proveniente de fenômenos de caráter aleatório.

 A Matemática cria sistemas abstratos, que organizam e inter-relacionam fenômenos do espaço, do movimento, das formas e dos números, associados ou não a fenômenos do mundo físico. Esses sistemas contêm ideias e objetos que são fundamentais para a compreensão de fenômenos, a construção de representações significativas e argumentações consistentes nos mais variados contextos.

Os diferentes campos que compõem a Matemática reúnem um conjunto de ideias fundamentais que produzem articulações entre eles: equivalência, ordem, proporcionalidade, interdependência, representação, variação e aproximação. Essas ideias fundamentais são importantes para o desenvolvimento do pensamento matemático dos alunos e devem se converter, na escola, em objetos de conhecimento.

A matemática desenvolve o raciocínio, frequentemente, em sua enunciação, o termo ‘raciocínio’ comparece ornado pelo adjetivo lógico; na maior parte das pessoas, há uma concordância implícita na associação do ensino da Matemática com o desenvolvimento do raciocínio lógico. (Machado, 1993)

A expectativa do ensino médio é a de que os alunos reconheçam comprimento, área, volume e abertura de ângulo como grandezas associadas a figuras geométricas e que consigam resolver problemas envolvendo essas grandezas com o uso de unidades de medida padronizadas mais usuais. Além disso, espera-se que estabeleçam e utilizem relações entre essas grandezas e entre elas e grandezas não geométricas, para estudar grandezas derivadas como densidade, velocidade, energia, potência, entre outras. Nessa fase da escolaridade, os alunos devem determinar expressões de cálculo de áreas de quadriláteros, triângulos e círculos, e as de volumes de prismas e de cilindros.

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