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Prática Educativas E Praxis

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Por:   •  6/11/2013  •  1.474 Palavras (6 Páginas)  •  604 Visualizações

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A redefinição do papel da escola e do professor na sociedade atual.

Introdução

A docência é desafiadora em todos os sentidos. Como se já não bastasse a rotina da própria profissão, os eventuais problemas com alunos e pais, enfim, os desafios do dia-a-dia da profissão docente, ainda há uma crise na educação nunca antes vista e, sobretudo, sem ponto de partida e de chegada, ou seja, a escola se encontra num estado de extrema desorientação (TEDESCO,1998). Faz-se necessária a atualização constante, principalmente em meio a essa crise. Por isto, o maior desafio docente é ter uma formação contínua, sempre.

Tal crise nos leva a uma reflexão sobre a comunidade escolar, principalmente, os professores e a maneira como os saberes são construídos. O aluno ainda continua sendo o receptáculo e o professor, o detentor do conhecimento. E, assim, a aprendizagem permanece pautada na memorização.

Escola X novas tecnologias: um grande desafio docente

As inovações tecnológicas ganharam espaço na sociedade contemporânea. O avanço das novas descobertas neste campo é muito grande. Enquanto em 1950, a primeira televisão em preto e branco chegava ao Brasil, hoje, apenas quarenta e seis anos depois, já se fala em TV interativa. Estamos na era da informação e da imagem, quando o homem se faz presente sem estar, move-se sem sair do lugar. Graças às novas tecnologias, deslocar-se se tornou um ato de lazer e não de necessidade. Numa mistura de fascinação e medo, a humanidade convive com inúmeras modificações, passando a questionar até o significado do real, uma vez que imagem e realidade apresentam-se incorporadas uma na outra.

Os avanços tecnológicos são incontáveis e, entretanto, ficamos a nos perguntar: por que razão a escola e os educadores ainda se recusam discutir a relação das novas tecnologias com a educação? Esta discussão já alcançou as escolas da comunidade? Qual o papel da escola nesta sociedade da imagem e da informação? Como a escola interage com as inovações tecnológicas? Haverá espaço para a escola que temos hoje na sociedade tecnológica?

Segundo Abreu,

Precisamos estar atentos para o que as novas tecnologias nos proporcionam e nos conclamam, ou seja, as mudanças nas instituições de ensino com o objetivo de superar a fragmentação curricular que tanto limita as relações estabelecidas dentro e fora do espaço escolar pelas novas gerações norteadas por um modelo educacional, que não atende as suas expectativas e as afasta de um universo holístico relacional e em constante dinâmica , no qual estamos inseridos (2002, p. 4).

O distanciamento entre a escola e as recentes tecnologias da informação é visível. Enquanto de um lado, têm-se educadores que apresentam completo repúdio pelos instrumentos tecnológicos que, fora da escola, os estudantes valorizam, utilizam, brincam e obtêm informações, de outro, há os educadores que defendem o uso das novas tecnologias em sala de aula como uma forma inovadora de ensino e visando a inserção do aluno no mundo moderno. Contudo, não basta apenas equipar as escolas com todo tipo de equipamento moderno e manter a postura de educador e o mesmo modelo escolar, pois, assim, qualquer suporte tecnológico será reduzido a meras formas diferenciadas de transmitir informação. Nada que a escola já não venha fazendo há muito tempo! É necessário entender que o educando deve ser o centro do processo educativo. O homem é um ser histórico e ativo, portanto, a atenção e a intenção não podem centrar-se apenas no instrumento. E, assim, como é fracassada a tentativa de ignorar as profundas transformações decorrentes da inserção das inovações tecnológicas na sociedade atual, é igualmente equivocado crer na mera aquisição dos instrumentos técnicos como forma de acompanhar essas modificações.

Um novo olhar sobre a crise da educação

Todos já identificamos, seja como estudantes de educação, alunos, professores ou cidadãos que desempenham funções que não apresentam nenhuma relação com a educação, que esta atravessa uma crise. E não é uma crise qualquer, pois, não é isolada, mas está envolvida por uma outra crise maior: a estrutura da sociedade. Portanto, a crise da educação é uma expressão da crise que a sociedade enfrenta desde os altos e baixos da Bolsa de valores até a família e os valores éticos (TEDESCO,1998).

Sobre a crise da educação, Tedesco diz que:

A crise, em conseqüência, já não provém da forma deficiente de como a educação cumpre os objetivos sociais que lhe são atribuídos, mas, o que é ainda mais grave, do fato de não sabermos que finalidades ela deve cumprir e para onde deve efetivamente orientar suas ações (1998, p.15).

É um estado de desorientação e confusão. Sabemos que temos e, sobretudo, devemos fazer algo, mas não sabemos o que e nem como fazer. Talvez estejamos tal qual o grande pintor holandês Vincent Van Gogh ao pintar a belíssima e não menos confusa e delirante tela ”Trigal com corvos” (figura 1) no ano e mês de sua morte. Quando pintou esta tela, Van Gogh estava em um estado de confusão mental extrema, mas ele enxergava um caminho (não era o melhor) que julgava ser a solução para sua vida. É exatamente assim que nos sentimos em meio a esta crise. Estamos certos de que há uma solução, precisamos procurar por ela, e entender que

descortinar o horizonte de incertezas no qual estamos envoltos representa, sem dúvida, um momento de desconforto, pois a inovação exige que nos desloquemos em modelos institucionais que há muito mostravam-se cristalizados (ABREU, 2002, p. 2).

Portanto, encontrar uma solução para esta crise

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