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Queda Do Viaduto

Pesquisas Acadêmicas: Queda Do Viaduto. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  27/10/2014  •  1.262 Palavras (6 Páginas)  •  331 Visualizações

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1. Erro de Projeto ou Cálculo Estrutural

Durante e elaboração do projeto, os engenheiros calculam a estrutura da fundação, pilares, vigas e lajes. A partir disso, determinam a quantidade de aço e concreto que será usada, além de determinar o tempo que o concreto necessita para criar resistência, chamado tempo de cura. Um erro de cálculo aumenta o risco de dano e ruína na estrutura da obra. Trata-se, porém, de uma falha rara. "Esses erros são facilmente detectáveis e, por isso, não costumam acontecer", afirma o engenheiro civil e consultor Rubens Scuoppo.

2. Pressa na execução da obra

A pressa na execução costuma ser o erro mais comum em uma obra. Pode ser o caso do viaduto que desabou em Belo Horizonte. Em uma construção, o concreto precisa ser moldado e escorado por uma estrutura de metal ou de madeira. Ele fica em repouso até criar resistência suficiente para suportar seu próprio peso e o que vai carregar — o tempo de cura. Caso esse tempo não seja respeitado, a estrutura tende a deformar e cair. "Uma testemunha relata ter ouvido um estalo. Isso mostra que pode ter havido uma ruptura brusca na estrutura, em consequência da retirada do escoramento antes que o concreto tenha atingido a resistência", explica Cristiana Furlan Caporrino, professora da faculdade de engenharia da Faap e mestre em engenharia de estruturas pela USP. "É preciso que os projetos sejam menos sacrificados em virtude dos prazos apertados. Às vezes a técnica é colocada em xeque para atender outras necessidades."

3. Falta de fiscalização

Durante a execução da obra, diariamente engenheiros e mestres de obra devem vistoriar se todos os passos do projeto estão sendo seguidos à risca. Caso detectem deformidades e irregularidades, podem solicitar ajustes estruturais. "Em regra, antes de um viaduto cair, ele apresenta deformações, estalos e fissuras anormais que indicam algum problema", diz Kurt Amann, coordenador do curso de engenharia civil do Centro Universitário da FEI.

4. Irregularidades na construção dos pilares

Os pilares, com ajuda das vigas, sustentam todo o peso da laje. Assim, se a fundação da obra tiver sido malfeita ou mal dimensionada, o pilar pode "afundar" (recalcar, no jargão da engenharia) e deslocar o centro da força da laje. Isso pode ocasionar a ruptura ou deslocamento do apoio das vigas mestres e levar a estrutura do viaduto à ruína.

5. Falhas no apoio entre os pilares e suas vigas de sustentação

A união das lajes e dos pilares é feita pelas vigas de sustentação. Se o cálculo não estiver perfeito ou se materiais não previstos no projeto forem utilizados, essa estrutura pode ceder, fazendo com que as vigas e consequentemente as lajes se soltem do pilar. "A queda do viaduto pode ter sido ocasionada por essa falha", afirma José Bento Ferreira, vice chefe do departamento de engenharia civil da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

6. Ruptura

• A carga vertical máxima no topo do pilar é 3,034,0 t

• A capacidade de carga das estacas 2.500,0 t

• A carga ficou concentrada nas duas estacas centrais que não suportaram o excesso de carga com isso o bloco na resistiu e flexionou.

7.Construção

• Calculou como bloco o que deveria ser calculado com viga

• O que é uma viga? A viga é geralmente usada no sistema laje-viga-pilar para transferir os esforços verticais recebidos da laje para o pilar ou para transmitir uma carga concentrada, caso sirva de apoio a um pilar.

• O que é bloco? O bloco não estrutural conhecido como bloco de vedação, ele tem apenas a função de vedar o ambiente.

• O aço do bloco projetado para os esforços de flexão foi de 50,3 centímetros quadrados, sendo que, segundo o estudo, deveria ter 685 centímetros quadrados. O projeto não considerava o aço para os esforços ao cisalhamento e de torção. Os engenheiros informaram que as ferragens para esses trabalhos tinham que ter 184,1 centímetros quadrados e 10,2 centímetros quadrados, respectivamente.

• Outro erro no projeto, segundo a Cowan, estava nas estacas. O estudo apontava que a carga de trabalho na estaca, de 80 centímetros de diâmetro e profundidade de 20 metros, foi de 250 tonelada força. Para os engenheiros contratados pela empresa, a carga deveria ser de 467 toneladas força, o que significa que, ou as estacas deveriam ser mais profundas, ou deveriam ter um diâmetro maior. Outra solução seria um aumento do número de estacas.

8. Demolição

A hipótese de manter de pé a alça norte, no entanto, é descartada pelo diretor da unidade construtora da Cowan, José Paulo Toller Motta. Segundo ele, não dá para saber o nível de comprometimento da estrutura. O relatório

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