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REDE DE ESGOTO SANITÁRIO - Infraestrutura Urbana de Juan MASCARÓ e Mário YOSHINAGA

Por:   •  3/2/2016  •  Resenha  •  1.550 Palavras (7 Páginas)  •  880 Visualizações

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Livro “Infraestrutura Urbana” de Juan MASCARÓ e Mário YOSHINAGA. Porto Alegre: Masquatro Editora, 2005

RESENHA CAPÍTULO VI - REDE DE ESGOTO SANITÁRIO

O sistema de esgoto sanitário e o de abastecimento de água são sistemas que andam juntos e tem

sua evolução histórica atrelada uma a outra.

As primeiras redes de esgoto escoavam as águas pluviais e servidas juntas, o que dificultava o

tratamento dessas águas. Deste modo e diante da necessidade de separação e tratamento dessas águas

aparece o que se conhece hoje como separador. Este consiste no uso de duas tubulações ou de uma

tubulação dupla.

Existem formas parciais de se resolver a problemática da mistura dos líquidos pluviais e cloacais,

um exemplo é o sistema unificado de esgoto pluvial e cloacal, onde existe um mecanismo, conhecido

como interceptor, que interrompe o curso do escoamento conjunto. Nesse sistema, nos dias de pouca

chuva o esgoto escorre lentamente pelo fundo da galeria sendo captado pelo interceptor, que é colocado

em um nível mais baixo. Do interceptor essas águas são levadas para tratamento seja em uma estação de

tratamento ou apenas em uma lagoa de depuração.

Esse sistema não é muito eficaz em dias de chuva porque a água corre pelo fundo da galeria em

velocidade mais alta e é despejada ‘in natura’ diretamente nos rios e córregos. Apesar de não ser a melhor

opção, é melhor do que não existir um mínimo de tratamento para essas águas, como acontece, em muitos

casos, no município de Tanguá. Nessa cidade diversas casas que se localizam próximas aos rios despejam

seu esgoto diretamente sobre ele através de instalações improvisadas.

Descrição do sistema de esgotos urbanos:

Segundo Mascaró, o sistema de esgotos urbanos é formado basicamente por:

Rede de tubulações destinadas a transportar os esgotos;

Elementos acessórios, tais como: poços de visita, de recalque, etc;

Estações de tratamento de esgoto.

Um bom exemplificador dos elementos básicos de um esgoto é o sistema de esgoto sanitário conhecido

como “separador absoluto”. Este sistema vai começar nas instalações prediais e terminar na estação de

tratamento, nos corpos receptores até onde são conduzidos os efluentes.

A rede coletora:

Recomendações para instalação de uma rede de esgoto:

O assentamento de uma tubulação deve ser feito de jusante para montante, devendo, ela,

ficar sempre a um nível inferior ao das redes de abastecimento de água para evitar

infiltração e contaminação nas mesmas.

É conveniente que se instale as redes de uma tubulação só no eixo das ruas ou até 1/3 da

largura entre o eixo e o meio fio, já as tubulações duplas devem ser instaladas nos

passeios.

É normal que se adote um diâmetro mínimo uniforme de 150mm, que é o diâmetro

mínimo necessário para evitar entupimentos. Os coletores terão seu diâmetro

aumentado.

As escolhas dos materiais a serem utilizados deverão levar em consideração:

1. Condições locais (solo);

2. Facilidades de obtenção e disponibilidade dos tubos;

3. Custos dos tubos.

Os tubos normalmente possuem seção circular e são constituídos de cerâmica, concreto,

ferro fundido ou aço, ou ainda plástico, sendo sua escolha motivada por diferentes

situações. Exemplo: os tubos de ferro fundido são utilizados em situações especiais

como trechos de travessias de córregos, riachos, linhas de recalque, estações de

tratamento e esgotos, etc.

Velocidade de escoamento em redes de esgoto sanitário:

1. Velocidade mínima: 0,5 m/seg

2. Velocidade máxima: 4,0 m/seg

3. As velocidades adotadas visão a manutenção e preservação das tubulações para

que não haja corrosão e deposição de material nas galerias.

Ligações prediais:

De acordo com Mascaró, a finalidade de uma ligação predial é estabelecer uma

comunicação entre a instalação predial de esgotos de um edifício e o sistema público

correspondente.

Os sistemas de ligação predial usuais são:

FONTE: Mascaró, 1996.

A escolha entre os dois e suas vantagens econômicas vão depender da largura da rua, da

testada dos lotes e dos custos das peças necessárias para a realização das conexões.

Poços de visita:

Os poços de visita podem ser construídos de alvenaria revestidos de argamassa, de

concreto pré-moldado ou de concreto armado e são dispositivos de inspeção construídos em

pontos críticos ou convenientes das canalizações. São construídos para facilitar o trabalho de

manutenção e limpeza das canalizações.

Quando construídos em profundidade compreendem duas partes: câmara inferior e

balão de acesso ou chaminé. E deverão ser fechados por tampões de ferro fundido com

dimensão entre 65 e 70cm, espaço suficiente para a descida de uma pessoa até o balão.

FONTE: http://www.dec.ufcg.edu.br

A distância entre poços de visita é variável e de acordo com o diâmetro das

canalizações:

DIÂMETRO DAS

CANALIZAÇÕES

DISTÂNCIA ENTRE

POÇOS DE VISITA

Até 150 mm 100 m

Até 450 mm 120 m

Até 600 mm 150 m

Os poços de limpeza tem papel importante na manutenção do funcionamento das redes

de esgoto, mas em lugares onde a rede é precária dificilmente são encontrados, como no

município de Tanguá.

Tanques fluxíveis:

Um tanque fluxível é formado por uma câmara de acumulação de água e um dispositivo

de descarga automática (sifão). Esses tanques são usados apenas em casos excepcionas,

normalmente quando não se é possível assegurar a declividade desejada para os coletores

devido a facilidade desse dispositivo se transformar numa fonte contaminadora de água potável,

...

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