RESUMO DO LIVRO: ÉTICA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL, A CONEXÃO NECESSÁRIA

Resumo do livro: Ética e educação ambiental, A Conexão Necessária

Autor: Mauro Grun – Editora Papirus 2012

O livro se divide em: Agradecimentos; Sumário; Introdução; Capítulo 1: O Cartesianismo; Capítulo 2: O Arcaísmo; Capítulo 3: Educação Ambiental, Ética e Historicidade, Possuindo no total 126 páginas.

Capítulo 1: O Cartesianismo:

No ano de 1972 o tema da sobrevivência da humanidade entra oficialmente em cena na “Primeira conferência da ONU sobre o meio ambiente”, realizada em Estocolmo (Suécia), e é duramente questionado pelos países de terceiro mundo liderados pelo Brasil, vários países de terceiro mundo formam um bloco de oposição as propostas de “crescimento zero” discutidas nesta conferência. Mauro Grün conta que quando ele estava fazendo um curso sobre teorias da natureza na CPG-Ecologia da UFRGS, no qual a formação dos integrantes que estavam fazendo o curso eram bastante diversas, tais como: biólogos, zoólogos, químicos, geólogos e outros, e uma de suas atividades proposta foi que cada um tentasse elaborar um conceito de natureza de acordo com sua área de atividade e Grün concluiu que “a natureza é um conceito negativo na teoria educacional, e a única maneira de se entender o conceito de natureza na teoria educacional é por meio de sua ausência”, afirma que por mais estranho que isso pode parecer essa conclusão ajudou ele a compreender a própria necessidade de adicionar o predicado ambiental à educação, uma das coisas que mais o motivam atualmente é o fato de que parece que fomos educados fora de um ambiente, ele conclui o primeiro capítulo dizendo que os problemas que o cartesianismo (consciência para Descartes, é uma percepção desenvolvida em nossos estados psíquicos no qual o “EU” é o centro de uma reflexão), colocada para a educação ambiental são problemas fundamentais, ou seja, são problemas que não tratados comprometem as próprias condições de possibilidade da educação ambiental.

Capítulo 2: O Arcaísmo:

Já neste capítulo Grün menciona David Orr, que se refere a três grandes crises que a humanidade enfrenta atualmente, a primeira crise é dos alimentos “evidente em uma interseção de duas curvas de um futuro não muito distante”, a segunda crise é “o fim da energia barata”, e a terceira crise “pelas crescentes transformações globais no clima e pela a aproximação de um possível, ponto de viagem” na capacidade de sustentação dos sistemas naturais, Orr diz que essas três crises estão em interseção e produzem a primeira crise planetária da história humana, e também mostra o seu pensamento “nós temos no máximo uma década ou duas para fazermos transformações radicais no modo de nos relacionarmos uns com os outros e com a natureza”, ele também retoma o horizonte epistemológico no qual se insere a educação ambiental, explica também que não foi outra a intenção dele se não a de mostrar a impossibilidade de uma educação ambiental nos moldes de um sistema (cartesiano-newtoniano), e afirma que fez isso com objetivo de mostrar o quão estreitas são as possibilidades de uma educação ambiental que se paute em tal modelo, e diz que olhando dessa maneira poderia ser enquadrado em um rol daqueles que buscam um novo paradigma, Grün afirma que o cartesianismo é um sistema falido, e incapaz de tematizar as atuais questões ambientais que tanto nos afligem, mesmo com diferentes matrizes, têm contribuído para formar um consenso de que precisamos abandonar o cartesianismo, Michael, que dizia muitas vezes o que se convencionou chamar de educação ambiental de um novo paradigma educacional “não passa de uma versão pós-moderna de cultos gregos milenares que prediziam a iminente chegada de uma nova ordem, um paraíso sobre a terra”.

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