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RIQUEZA DAS NAÇÕES

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Por:   •  20/8/2014  •  585 Palavras (3 Páginas)  •  202 Visualizações

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A divisão do trabalho se caracteriza pela distinção entre diversas atividades e empregos de uma única atividade ou emprego. Nela, o conjunto do trabalho constitui uma atividade específica, e a maior parte das tarefas em que o trabalho está subdividido também consistem em ocupações especializadas. Seu grande efeito é o aperfeiçoamento e o aumento proporcional das forças produtivas do trabalho. A divisão pode ser mais facilmente notada nas manufaturas pequenas e triviais do que nas grandes manufaturas, que não comportam numa mesma oficina todos os diferentes ramos do trabalho. A divisão do trabalho é uma características das sociedades desenvolvidas e não está presente em estágios primitivos de sociedade. A agricultura não se encontra sujeita à mesma facilidade com que a divisão do trabalho é realizada na manufatura e, por isso, o aprimoramento das forças produtivas da agricultura nem sempre acompanha o da manufatura. As nações mais ricas se distinguem das suas vizinhas mais pela sua superioridade na manufatura do que na agricultura. O aumento da quantidade de trabalho executado por um conjunto de pessoas promovido pela divisão do trabalho deve-se a três fatores: aumento da destreza dos trabalhadores, economia de tempo e invenção de máquinas apropriadas que facilitam e abreviam o trabalho. À medida que a sociedade avança, até mesmo a filosofia e a ciência tornam-se ocupações específicas de uma determinada classe de cidadãos e subdividem-se em ramos distintos e especializados, aumentando sua extensão e o volume de trabalho que realizam. A multiplicação da produção realizada pela divisão do trabalho permite que as classes mais baixas atinjam níveis de opulência, pois através troca dos produtos do trabalho entre os operários toda a fartura produzida é difundida pela sociedade. Assim, um operário de uma nação europeia desenvolvida pode ter necessidades maiores do que um rei africano.

Capítulo 2. A divisão do trabalho não foi projetada pela sabedoria humana, mas surgiu como consequência necessária da propensão da natureza humana a cambiar, permutar e trocar uma coisa pela outra. O homem é a única raça de animais que realiza contratos e acordos, e a certeza de poder trocar o excedente de produção do próprio trabalho pelo excedente de produção do trabalho de outros homens estimula todo homem a dedicar-se a uma atividade específica para a qual possui maior destreza. A diferença de talentos entre os homens não é natural e não cria a divisão do trabalho, mas é fruto dela. Entre os cães existe uma grande variedade de talentos naturais, mas, por não possuírem propensão à troca e terem de prover-se individualmente de todas as coisas de que necessitam para a vida e o conforto, os cães não podem ser úteis para aprópria espécie nem tirar vantagem do talento de outros cães. O resultado da divisão do trabalho é a criação de um patrimônio comum que permite a cada homem adquirir todas as partes produzidas pelo talento de outros.

Capítulo 3. A divisão do trabalho é originada pelo poder de troca, e a sua extensão é sempre limitada pela extensão desse poder, isto é, pela extensão do mercado. Em mercados reduzidos, onde a possibilidade de trocar os excedentes é limitada, não existe estímulo para a realização de atividades especializadas. Por isso, certos gêneros de atividade só podem ser encontrados em grandes

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