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Recuperação De Reserva Legal

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Por:   •  18/2/2014  •  2.040 Palavras (9 Páginas)  •  435 Visualizações

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4ª Jornada Científica e Tecnológica e 1º Simpósio de Pós-Graduação do IFSULDEMINAS

16, 17 e 18 de outubro de 2012, Muzambinho – MG

Recuperação de Área de Reserva Legal através do Manejo e Enriquecimento com Espécies Fruteiras Nativas do Cerrado, Testando a Eficiência do Polímero Hidroabsorvente no Estabelecimento e Crescimento das Mudas Florestais

Gabriel Müller Valadão1, Franciele Cezar Silva Moura2; Aline Cristina Marins3; Justiniano Diogo da Silva Cardoso4 e Maria Isabel Dantas Rodrigues5

1Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Norte de Minas Gerais – Campus Arinos, Arinos, MG, gabriel.valadao@ifnmg.edu.br; 2 Discente do Curso Tecnólogo em Gestão Ambiental, francielecsmoura@gmail.com; 2 Discente do Curso Tecnólogo em Gestão Ambiental, alinecrim@hotmail.com; 4 Discente do Curso Técnico em Agropecuária, justindiogo05@hotmail.com;5Analista Ambiental do Instituto Estadual de Florestas, Arinos, MG.

Introdução

A intensificação das atividades humanas está acelerando a degradação dos recursos naturais, levando a destruição dos ecossistemas e, consequentemente, a perda da biodiversidade. Ao propor a conciliação entre o desenvolvimento econômico e a sustentabilidade, temos que desenvolver tecnologias de manejo e utilização racional dos recursos naturais.

O município de Arinos localiza-se na Região Noroeste de Minas Gerias, no Vale do Urucuia, Conforme Scolforo (2006), o município de Arinos possui uma cobertura do solo de 59,00% (cinquenta e nove por cento) de vegetação nativa, a região é caracterizada por uma alta demanda por abertura de novas fronteiras agrícolas, onde o desmatamento de áreas nativas de Cerrado ainda é prática comum.

As áreas de Cerrado do município de Arinos e região são caracterizadas, em geral, por vegetações provenientes de regenerações naturais, onde sua diversidade foi afetada principalmente por grandes desmatamentos no passado, onde após o fabrico e comercialização do carvão vegetal as áreas foram abandonadas, gerando tipologias vegetacionais de baixa diversidade, caracterizado por espécies nativas colonizadoras e espécies exóticas invasoras.

Restaurar a vegetação é, atualmente, um desafio ainda maior para o Cerrado do que para as áreas florestais, devido à escassez de conhecimentos básicos que possam facilitar o planejamento das ações visando à restauração. Boa parte do conhecimento já acumulado sobre recuperação de ecossistemas florestais não se aplica à vegetação do cerrado, sendo necessárias

muitas pesquisas para esclarecer desde mecanismos reprodutivos e de regeneração, ciclo de vida, processos de sucessão secundária, (DURIGAN, 2003).

Se os estudos envolvendo processos de recuperação do Bioma Cerrado são escassos os processos de recuperação através de plantios de enriquecimento são mais raros ainda, dentro desse preceito esse método de recuperação poderia favorecer o estabelecimento das espécies de cerrado sentido restrito, onde o efeito de proteção que as espécies arbustivas e florestais já presentes na área dariam as mudas plantadas, favoreceria a sobrevivência e o estabelecimento.

Adicionalmente, é essencial desenvolver tecnologias que contribuam ou que acelerem o processo de recuperação de áreas degradadas, facilitando a restauração florestal nessas áreas. Uma das tecnologias existentes refere-se ao uso de polímeros hidroabsorventes, amplamente disponíveis no mercado e que são adicionados às covas de plantio das mudas na forma hidratado. Esses polímeros hidroabsorventes melhoram a capacidade do solo em reter água e nutrientes para as plantas, atuando como condicionadores de solo. Em contato com a água, esses polímeros absorvem as moléculas de água e formam rapidamente um gel. Capaz de armazenar muitas vezes seu próprio peso em água, os polímeros produzem numerosos ciclos de secagem-irrigação por longo tempo de duração e são biodegradáveis, persistindo no solo por até cinco anos (OLIVEIRA et al., 2004).

Dentro do exposto o objetivo desse trabalho é analisar a viabilidade de implantação de áreas de enriquecimento para uso sustentável do Cerrado em áreas de Reserva Legal utilizando polímeros hidroabsorventes como um instrumento de facilitação do estabelecimento e manutenção das mudas florestais.

Material e Métodos

O estudo foi desenvolvido em uma área cerrado sentido restrito degradada, localizada na Reserva Legal do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, Campus Arinos, pertencente à Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, mais precisamente na Sub-bacia Mineira do Rio Urucuia. A área do experimento possui 3.750 m², possuindo coordenada geográfica de 15°55'09.68'' S e 46°08'14,45'' W.

O plantio das mudas florestais ocorreu em Junho de 2012, nessa ocasião foram plantadas 67 mudas, com cinco espécies fruteiras nativas do cerrado, sendo elas: Quinze (15) mudas de Hymenaea courbaril L.(Jatobá), Vinte e três (23) mudas de Dypteryx alata Vog (Baru), Cinco (5) mudas de Eugenia dysenterica DC (Cagaita), oito (8) mudas de Hancornia speciosa Gomes (Mangaba) e dezesseis (16) mudas de Caryocar brasiliense Camb (Pequi). As mudas utilizadas variaram conforme a disponibilidade dos viveiros regionais tanto

públicos quanto particulares, as mudas de pequizeiros foram doadas por um proprietário rural que possui viveiro comercial e o restante foram doadas pelo Instituto Estadual de Florestas IEF/MG, que forneceu apoio logístico e insumos para execução do projeto de recuperação, as mudas possuíam certa heterogeneidade quanto ao tamanho e estado fitossanitário. O plantio foi cadastrado mo programa de fomento ambiental do IEF/MG através da modalidade Manejo e Enriquecimento de Vegetação Nativa. Segue abaixo a tabela com o nome as espécies utilizadas no experimento, conforme definido por Sano et al. (2008).

Tabela1. Espécie de fruteiras nativas do cerrado utilizados no experimento Nome Científico Nome Comum Fitofisionomias Hymenaea courbaril L. Jatobá Floresta Estacional e mata de galeria Dipteryx alata Vog Baru Cerrado e Florestas Estacionais Eugenia dysenterica DC. Cagaita Cerrado Hancornia speciosa Gomes Mangaba Cerrado Caryocar brasiliense Camb Pequi Cerrado

Foi realizado o combate a formigas cortadeiras dois meses antes do plantio o experimento foi cercado para evitar a entrada de animais. As espécies invasoras presentes, principalmente o capim Andropogon (Andropogon gayanus) foram roçadas e o material foi espalhado na área onde existia solo nu, para proteção de processos erosivos, o combate à formiga começou dois meses antes do plantio e

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