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Redação sobre desigualdade de generos

Por:   •  24/5/2015  •  Dissertação  •  601 Palavras (3 Páginas)  •  4.020 Visualizações

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Autor: João Barreto Santos

Desigualdades visíveis e invisíveis de gêneros

      Basta andar pelo centro de alguma grande cidade brasileira, basta ter olhos para ver, a desigualdade de gêneros está por todos os lados, estampada em cada esquina, em cada favela, em cada mansão. Essa chaga que corrói cada vez mais intensamente a integridade do Brasil já virou até rotina. É pouco evidenciada nas páginas de jornal, que quase que diariamente faz parte do cenário das ruas do país afora. Por isso, fugir do óbvio é difícil. Cair na repetição e vender a ideia de que a educação é a solução pra tudo, se torna extremamente atrativo, uma vez que, ao analisarmos mais profundamente o problema, vemos que as vertentes e as causas desses males são inúmeras e complexas, e residem, principalmente, nos muros visíveis e invisíveis criados pela própria sociedade.

    Tão grave quanto à existência dos problemas é ignorá-los, se não vemos o menino de rua, ele deixa de estar no sinal vendendo bala. Isso porque são as classes mais altas que possuem a educação e formação necessárias para tomar decisões, decidir o rumo do país. Porém, talvez por comodismo, não o fazem. A pobreza de bens materiais, de comida, existe em muito, por causa da pobreza de altruísmo e solidariedade presentes no Brasil. Somente em raras ocasiões, como no natal, o espírito de caridade floresce e os olhos se abrem para enxergar aquele que não tem nada, e é confortável enganar-se, achando que dar um prato de comida e um agasalho resolve a situação.

     Ao mesmo tempo, é comum a restrição do assunto desigualdade de gêneros como se os preferidos fossem os homens. Esta é, sim, mais evidente, já que temos constantemente contato com os índices discrepantes de distribuição de vagas de empregos entre homens e mulheres no Brasil. O que não se percebe, porém, é que esta se dá, em muito, pela desigualdade de oportunidades – os muros invisíveis, que a própria sociedade estabelece. Se houvesse uma melhoria na educação pública de base, haveria uma igualdade maior na entrada para o ensino superior e consequente obtenção do diploma, requisito quase que fundamental hoje para o ingresso no mercado de trabalho em qualquer área que o individuo deseje. Porque não os homens serem empregados domésticos? Dessa forma, a disputa seria mais justa, com igualdade de oportunidades, e a desigualdade de gênero deixaria de ser quase uma marca de nascença para tantos.  Embora hoje não seja mais permitido encarar a submissão das mulheres com naturalidade, muito menos admitir que ela sofra violência física ou psicológica, deve-se lembrar de que há muito tempo esse foi um aspecto tido como “natural” da alma feminina. A batalha para desconstruir velhos estereótipos que legitimam uma série de violências é uma tarefa árdua. Podemos condenar e punir determinadas condutas, mas não devemos esquecer que se nossa sociedade tivesse consciência, talvez agisse de outra forma. O fato é que a violência e a desigualdade de gêneros estão na base das próprias instituições.

    Portanto as raízes da desigualdade de gêneros fazem parte do imaginário e permeiam as práticas, precisamos investir na mudança de mentalidade, dessa forma, fica claro perceber que estamos acostumados a lidar com os problemas abordados, que é somente a ponta do iceberg. É certo que a desigualdade pode fazer o estômago e o coração doerem, mas é o olhar diferenciado para com o próximo que piora a situação. Ao mesmo tempo, a desigualdade de gênero é injusta, mas não existe nem mesmo uma igualdade de oportunidades para haver justiça.

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