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Relatorio De Problemas De Transportes Antropometria

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Por:   •  14/11/2013  •  1.982 Palavras (8 Páginas)  •  604 Visualizações

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A História do Concreto

O concreto armado como conhecemos é um material novo. Até o final do século XIX os sistemas construtivos usuais eram as estruturas em madeira e em alvenaria. Como a madeira apresentava os problemas de durabilidade e combustão a alvenaria pedras ou de tijolos foi o sistema estrutural empregado nas obras mais importantes.

A alvenaria de pedras, sem dúvidas, é um dos mais antigos sistemas construtivos utilizados pelo homem. Historicamente, o tijolo foi um produto de substituição, utilizado primeiramente em regiões onde havia escassez da pedra natura e da madeira. Atribui-se as caldeus o invento do tijolo cozido, ainda que o tijolo cru já fosse empregado na alvenaria em várias regiões do Oriente. Desde as primeiras experiências com alvenaria de pedras, estas civilizações buscaram um material que unisse e desse coesão a essas pedras. Inicialmente usaram a argamassa de barro( os assírios e babilônios usaram a argila como material ligante) e posteriormente, uma argamassa mais resistente e durável, a argamassa de cal.

Esse conhecimento difundiu-se pelos povos do oriente e posteriormente pelo mediterrâneo, Grécia e Roma. No palácio de Knossos ( 2.0 a.C), em Creta, foram encontrados locais revestidos com duas camadas de argamassa com cal e fibras de cabelo, utilizadas como telas para afrescos, uma extensa muralha também foi construída em torno de Jericó para proteção da cidade (1000 a.C).

Os Romanos foram um povo programático, com uma mentalidade aberta e receptiva copiavam e adaptavam às sua necessidades, melhorando seu uso, tudo que consideravam útil dos povos conquistados. Essa mentalidade teve como resultado o surgimento de uma poderosa indústria da construção, com legislação específica para regular alguns aspectos da construção, normas de serviços obrigatórios de mão de obra e regulamentação especifica para o controle da qualidade, dessa forma conseguiram unificar as técnicas construtivas em todo o império, porém sempre respeitando as vantagens dos sistemas construtivos locais. Roma a capital do império , chegou a ter mais de um milhão de habitantes . E com isso necessitavam de uma grande variedade de tipologia e soluções construtivas, essa cidades precisavam de armazéns, aquedutos , portos, circos, moradias, templos, termas, pontes , acampamentos militares etc., além de estradas que as ligassem. Os romanos já usavam o cal desde 600 a.C, mas essa revolução da construção civil só foi possível graças ao descobrimento de um novo material de construção o OPUS. Caementicium, cujo componente principal era uma cinza pozolânica que misturada á argamassa de cal produzia um material de características semelhantes a cimento atual.

A Pont du Gard é parte de um aqueduto na França. A Basílica de Constantino foi um dos edifícios mais impressionantes no foro Romano.

O Pantheon foi construído em 27 a.C. como um templo para todos deuses Romanos, é o único edifício construído na época greco-romana que, atualmente, se encontra em perfeito estado de conservação.

O cimento foi usado muito pelos romanos com aglomerante para argamassas nos banhos romanos e em muitos casos como aglomerante para concreto, como no caso da cúpula do Pantheon e nas estradas romanas.

No auge do Império existiam cerca de 85 Km de estradas 1, sendo a via Ápia, que se estendia por 660 km, a mais conhecida. A famosa via Ápia, iniciada em 312 a.C., foi feita com uma camada de pedras compactadas, uma camada de cascalho misturado com cal hidratada, outra camada de cascalho e areia grosseira, misturados com cal cimento e, sobre essa argamassa, uma capa ou camada de rolamento e em vários trechos foi usado o caementum romano ( pedra áspera e dura).

Evidentemente esse concreto desenvolvido pelos romanos pouco tem a ver com os concretos simples ou armado atuais, pois sua grande utilização foi como argamassa de assentamento nas alvenarias de pedras.

O desenvolvimento tecnológico desses materiais durante o Império Romano foi notável. Os romanos usaram esse cimento na construção de suas pontes, estradas, docas, drenos pluviais e edificaram aquedutos que levavam agua limpa ate as cidades e desenvolveram complexos sistemas de esgoto para dar vazão a agua servida e ao dejetos das casas.

Esse concreto “armado” romano apresentou muitos problemas de fissuração, pois usaram barras de bronze, ou seja, matérias com propriedades térmicas muito diferentes. Em 1758 o engenheiro John Smeaton, investigando matérias aglomerantes para construção concluiu que o cimento hidráulico obtido de uma mistura de calcário e argilas era muito superior ao calcário puro.

Em 1971 James Parker descobriu um cimento que teve uma grande aceitação por suas excelentes qualidades patenteada 1796 com o nome cimento romano químicos e engenheiro chegaram a conclusão de que com a mistura de pedras calcarias e um terço de argila e pequena quantidade de oxido de ferro, que conseguiriam um cimento similar com o cimento de Parker.

Louis Vicat engenheiro francês é considerado o inventor do cimento artificial. Em 1817 publicou o trabalho onde mostrava que com a queima de uma mistura de calcário e argila obtinha-se um cimento. 1818 a academia das ciências de paris aprovou a sua descoberta e o autorizou a aplica-la na construção da ponte de Souil-lac, mas foi substituído pelo cimento Porteland, inventado e patenteado por Aspdin.

O sucesso imediato do cimento Porteland produzido por Aspdin deveu-se em grande parte a um acidente, inicio a construção de um túnel sob o rio Tamisa, em Londres, durante a construção ouve um desabamento do teto matando trabalhadores e inundando o túnel. Após a drenagem do tunel, Brunel substitui o cimento romano pelo cimento Portrland para refazer a parte danificada e vedar a entrada de agua, conseguindo concluir a obra com sucesso em 1843.

Em 1843, fizeram as primeiras análises comparativas entre o cimento Portland e o romano onde foi constatado a superioridade do primeiro. Em 1850 oito fábricas o produziam na Inglaterra, porém a variação na qualidade do produto trousse dúvidas quanto a sua eficácia.

No Brasil, a fabricação do cimento Portland foi iniciada em 1888, quando o comendador Antônio Proost Rodovalho instalou uma usina em Sorocaba-SP, operando de forma intermitente até 1907 e extinguindo-se definitivamente em 1918. Em 1924 a Companhia Brasileira de cimento Portland instalou uma fábrica em Perus, SP cuja construção pode ser considerada como o marco da indústria brasileira de cimento (ABCP).

O ano 1849 foi considerado a data do descobrimento do concreto armado. Joseph Louis Lambot um agricultor francês que contruia tanques de cimento reforçado com ferros , contruiu um barco usando mesmo sistema

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