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Resumo 1º Capitulo Carr - 20 Anos De Crise

Trabalho Escolar: Resumo 1º Capitulo Carr - 20 Anos De Crise. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  4/9/2014  •  1.568 Palavras (7 Páginas)  •  1.070 Visualizações

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Como surgiu a ciência política:

A guerra ainda era vista principalmente como negócio de soldados e o corolário disto era que a política internacional era um negócio de diplomatas. Não havia um desejo geral de retirar a condução dos assuntos internacionais das mãos dos profissionais, nem mesmo de prestar atenção séria e sistemática ao que eles estavam fazendo.

Esses pensamentos passaram a ser “desconsiderados” com o fim da primeira guerra (1918). O interesse pela política internacional surgiu com os ingleses.

Surgiu em resposta a uma demanda popular

O objetivo de construir pontes que cria a ciência da engenharia. O desejo de curar as doenças do corpo político deu impulso e inspiração à ciência política

Comparação entre ciência física e humana – na física, não há como tornar os fatos distintos do que realmente são. Nas ciências políticas, que lidam com o comportamento humano, não existem tais fatos.

O pesquisador inspira-se no desejo de curar algum mal do corpo político. Entre as causas do problema, ele diagnostica o fato de que seres humanos normalmente reagem a certas condições de certa maneira. É um fato que pode ser mudado pelo desejo de mudá-lo; e este desejo, já presente na mente do pesquisador, pode ser estendido, como resultado de sua investigação, a um suficiente número de seres humanos que o tornem efetivo. Na prática, um papel interpenetra-se imperceptivelmente com o outro. Objetivo e análise tornam-se partes integrantes de um único processo.

“Todo julgamento político ajuda a modificar os fatos a que se refere. O pensamento político é, ele mesmo, uma forma de ação política. A ciência política não é apenas a ciência do que é, mas do que deveria ser.”

UTOPIA:

Os fatos necessitam passar por um momento de estágio primitivo na ciência política, ou seja, um momento mais “utópico”, Durante esse estágio, os pesquisadores prestarão pouca atenção aos "fatos" existentes ou à análise de causa e efeito, mas devotar-se-ão integralmente à elaboração de projetos visionários para a consecução dos fins que têm em vista - projetos cuja simplicidade e perfeição lhes garantem uma atração fácil e universal. É somente quando esses projetos se desmoronam, e desejo e objetivo mostram-se incapazes de, por si sós, atingirem o fim desejado, que os pesquisadores relutantemente pedirão auxílio à análise, e o estudo, emergindo de seu período infantil e utópico, estabelecerá seu direito de ser visto como ciência.

Primeira tentativa de surgimento da ciência política: séc. V e IV a.C.

Século XVII = diante do comércio na Europa Ocidental, passava por restrições governamentais, e diante da revolta para com as mesmas, Adam Smith e alguns fisiocratas da França criaram a CIÊNCIA DA ECONOMIA POLÍTICA. A nova ciência baseou-se primeiramente na negação da realidade existente, e em certas generalizações artificiais e não verificadas sobre o comportamento de um hipotético homem econômico. Na prática, alcançou alguns resultados altamente significativos e úteis. Mas a teoria econômica manteve durante muito tempo seu caráter utópico; e até hoje, alguns "economistas clássicos" insistem em encarar o comércio universal livre - uma situação imaginária que jamais existiu - como postulado normal da ciência econômica, e toda a realidade como um desvio desse protótipo utópico"

Século XIX – socialismo utópico. Os socialistas utópicos desenvolveram um trabalho valioso ao tornarem os homens conscientes do problema e da necessidade e enfrentá-lo. Mas a solução proposta por eles não tem conexão lógica com as condições que criaram o problema.

O aspecto teleológico da ciência da política internacional tem estado evidente desde o princípio. O desejo passional de evitar a guerra determinou todo o curso e direção iniciais do estudo. Nesse início, a ciência política, como todas as ciências, pode ser considerada como utópica, pois neste estágio, a atenção está concentrada quase que exclusivamente no fim a ser alcançado.

Só foi a partir de 1931 que o curso dos acontecimentos, revelou claramente a inadequação da aspiração pura como base de uma ciência da política internacional, e tornou possível, pela primeira vez, desencadear um sério raciocínio crítico e analítico sobre os problemas internacionais.

Impacto do realismo:

A diferença entre a ciência política e a física, consiste no fato de que as ciências políticas nunca podem emancipar-se totalmente da utopia, e que o cientista político é mais suscetível de permanecer num estágio inicial mais longo que o cientista físico, durante a fase utópica de desenvolvimento. É inegável que se todos realmente desejassem um "Estado mundial" ou "segurança coletiva" (e tendo uma interpretação idêntica destes termos), esses objetivos seriam facilmente alcançados; e o estudante da política internacional pode ser perdoado se começa a supor que sua tarefa consiste em fazer com que todos desejem isto. Ele leva algum tempo até perceber que nenhum processo pode ser desenvolvido por este caminho, e que nenhuma utopia política alcançará mesmo o mais limitado sucesso, a menos que se origine da realidade política.

O impacto do raciocínio sobre o desejo, que, no desenvolvimento de uma ciência, segue-se ao colapso de seus primeiros projetos visionários, e marca o fim de seu período especificamente utópico, é normalmente chamado de realismo. E para essa teoria:

• No campo do pensamento: a função do pensamento é estudar a seqüência dos eventos que ele não tem o poder de influenciar ou alterar.

• No campo da ação: o realismo tende a enfatizar o poder irresistível das forças existentes e o caráter inevitável das tendências existentes, e a insistir em que a mais alta sabedoria reside em aceitar essas forças e tendências, e adaptar-se a elas.

Há um estágio em que o realismo é o corretivo necessário da exuberância da utopia, assim como em outros períodos a utopia foi invocada para contra-atacar a esterilidade do realismo. O pensamento imaturo é predominantemente utópico e busca um objetivo. O pensamento que rejeita o objetivo como um todo é o pensamento da velhice. O pensamento maduro combina

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