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Resumo: O Que é Etnocentrismo. Everaldo Rocha.

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Por:   •  17/9/2014  •  1.750 Palavras (7 Páginas)  •  8.496 Visualizações

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O que é etnocentrismo? Everaldo Rocha.

Resumo

1 – Pensamento em Partir

• O etnocentrismo trata-se de uma visão do mundo onde nosso grupo é entendido como centro de todas as coisas, e os outros são sentidos através dos nossos valores.

• No etnocentrismo há dois planos de espírito humano, que compõe um fenômeno não somente ligado de forte maneira à história da sociedade, mas também, encontrado facilmente em nosso dia-a-dia. Perguntar o que é etnocentrismo é indagar sobre um fenômeno onde se misturam tanto elementos intelectuais e racionais, quanto elementos emocionais e efetivos. No etnocentrismo estes são os dois planos do espírito humano: sentimento e pensamento.

• A colocação central do etnocentrismo pode ser expressa como um método de busca para que se descubra os mecanismos, formas, caminhos e razões pelas quais tantas e profundas distorções ocupam as emoções, pensamento, imagens e representações.

• No plano de fundo, temos a questão etnocêntrica: um choque cultural. De um lado o nosso grupo, o eu, de outro o “outro”. Este é o choque gerador do etnocentrismo, que nasce na exibição das diferenças de modo grotesco. O monólogo etnocêntrico tem a visão de que o seu grupo, o “eu” é o superior, o melhor, o certo, tornando o “outro”, através desta lógica, o engraçado, o errado, o anormal, ou até mesmo o inteligível.

• A ideia principal no etnocentrismo nos informa que através de uma única atitude, declara a existência de diferentes grupos. Cada um traduz tal acontecimento de acordo com aquilo usado em sua própria cultura. O etnocentrismo passa exatamente por um julgamento da cultura de “A” nas regras da cultura do grupo “B”.

• Segundo o autor o etnocentrismo não é propriedade de uma única sociedade, apesar de que, na nossa, revestiu-se de um caráter ativista e colonizador com ao mais diferentes empreendimentos de conquista e destruição de outros povos.

• Everaldo Rocha, destacou alguns pontos importantes no sentido do etnocentrismo. O primeiro diz respeito que as funções estéticas, ornamentais, decorativas de objetos que, na cultura do “outro”, desempenhavam funções que seriam principalmente técnicas.

O segundo diz que o etnocentrismo implica uma apreensão do “outro” que se reveste de uma forma bastante violenta. E, em terceiro, ensina o autor que a estória ainda ensina que o “outro” e sua cultura, da qual falamos na nossa sociedade, são apenas uma representação, uma imagem distorcida que é manipulada como bem entendemos. Sendo assim, do ponto de vista do grupo “eu”, o “outro” pode ser visto como mal ou como bom. Rocha ainda diz que na cultura ocidental, há diversos mecanismos que reforçam através do seu estilo de vida, representações negativas do “outro”.

• Alguns livros colocavam que os índios eram incapazes de trabalhar nos engenhos de açúcar por serem indolentes e preguiçosos, ou seja, fora dos seus contextos culturais. De que maneira um povo ou uma pessoa trabalha como escravo com satisfação e eficiência?

• O caso dos índios no Brasil é bastante representativo, já que vários antropólogos que estudaram sobre o assunto encontraram determinadas visões básicas, estereótipos que são sempre aplicadas à esses índios. Relata o autor, que o índio é alugado em três vezes e em três papéis diferentes na História do Brasil: o primeiro é quando aparece no descobrimento, quando se tem a imagem de selvagem, primitivo, pré-histórico, etc., mostrando, assim, que os portugueses colonizadores eram superiores, melhores. O segundo papel é na catequese, quando os índios passavam a imagem de inocentes, fazendo lhes parecer que necessitavam de proteção que a religião queria convencer. O terceiro é no papel da “Etnia brasileira”, onde o índio aparece como corajoso.

• Assim são os pontos que denominamos etnocentrismo. Os exemplos são variados no nosso dia-a-dia, no universo é criado um enorme conjunto de “outros” que servem para afirmar uma série de valores de um grupo que se acha o modelo de humanidade.

• Quando passamos a entender que o “outro” é diferente de nós, e os compreendemos em seus próprios valores, estamos vendo as coisas do mundo como uma relação capaz de ter tido um nascimento, capaz de ter um fim ou uma transformação.

2 – Primeiro movimento

• O Evolucionismo baseado na procura para explicar as diferenças entre as sociedades. O evolucionismo antropológico a noção de progresso torna-se fundamental, pois é no seu rumo que a história do homem se faz. Acredita-se na unidade básica da espécie humana e o fator tempo passa a ser bastante importante.

• Houve um problema teórico: quais os meios que seriam possíveis a medição do estágio de avanço das sociedades existentes? A solução se encontrava no próprio conceito adotado pelos antropólogos evolucionistas.

• Segundo Sir Edward Tylor: “cultura ou civilização, no seu sentido etnográfico estrito, é este todo complexo que inclui conhecimento, crença, arte, leis, moral, costumes e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro da sociedade”.

• A mudança da sociedade se daria de acordo com as descobertas e invenções, consequência do aperfeiçoamento do espírito científico (pensamento). Isso fez com que os evolucionistas chegassem ao conceito de selvagem se nem ao menos o ‘apalpar’.

• O etnocentrismo se encontrava no achar que o outro era completamente dispensável. Não havia espaço para a relativização. Assim como os evolucionistas ao dispensarem o “trabalho de campo” e a relativização, acreditando-se capaz de ter todo o conhecimento do “outro” dentro de sim mesmo, acabaram impossibilitados de achar algumas respostas importantes.

• Quanto mais sabemos mais sabemos o quanto falta saber. A magia esta na consciência de quão pouco se sabe. Neste processo, a sociedade do “eu” começa até a questionar-se a si própria.

3 – O passaporte

• O século XX traz para a Antropologia um conjunto vasto e complexo de novas ideias. Relativizar é uma palavra que, até hoje, muito pouco saiu das fronteiras do conhecimento produzido pela Antropologia.

• A Antropologia por si só, conseguirá relativizar a noção ocidental de tempo, assim como a de indivíduo, assim também, como outras noções fundamentais da sociedade do “eu”.

• Franz Boas, suas ideias e seus alunos, a Antropologia se transforma substancialmente, que relativiza as ideias de cultura e história. A articulação destas ideias formava

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