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SAE - Sistematização Na Assistencia De Enfermagem

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Por:   •  22/9/2013  •  9.311 Palavras (38 Páginas)  •  814 Visualizações

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INDICE

CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Introdução.

Conceito da ciência, Tecnologia e Inovação.

Atividade cientifica e Tecnologia.

A importância da ciência e tecnologia no mundo atual.

CAPITLO I – SISTEMATIZAÇÃO NA ASSISTÊNCIA A ENFERMAGEM

I.1 – A percepção de auxiliares e técnicos de enfermagem sobre a SAE.

I.2 – Metodologia.

I.3 – Coleta de dados.

I.4 – Analise de dados.

CAPITULO II – ETICA NACIONAL DE GESTÃOE TECNOLOGIA EM SAÚDE E LEGISLAÇÃO PERTINENTE.

CAPITULO III- VISITA DOMICILIAR: TECNOLOGIA PARA O CUIDADO, O ENSINO E A PESQUISA.

CAPITULO IV- RELACIONAMENTO ENFERMEIRO, PACIENTE E FAMILIA. FATORES COMPORTAMENTAIS ASSOCIADOS A QUALIDADE DA ASSISTENCIA.

CAPITULO V – TENDENCIAS GERAIS QUE PODEM LEVAR A ENFERMAGEM PERCORRER NOVOS CAMINHOS.

V.1 - A enfermagem nesse cenário.

CAPITULO VI – O CONHECIMENTO CIENTÍFICO COM VALOR NO AGIR DO ENFERMEIRO

CAPITULO VII – REVISÃO INTEGRATIVA METODO DE PESQUISA PARA A INCORPORAÇÃO DE EVIDENCIAS NA SAÚDE E NA ENFERMAGEM.

VII.1 – Fases da revisão integrativa como etapa inicial do processo de validação de diagnostico de enfermagem.

VII.2 – Identificação do tema ou questionamento da revisão integrativa.

VII.3 – Amostragem ou busca na literatura.

VII.4 – Categorização dos estudos.

VII.5 – Avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa.

VII.6 – Interpretação dos resultados.

VII.7 – Síntese do conhecimento evidenciado nos artigos analisados ou apresentação da revisão integrativa.

CAPITULO VIII – A produção tecnológica e a interface com a enfermagem.

CONCLUSÃO.

REFERÊNCIAS.

INTRODUÇÃO

A maioria dos países reconhece hoje que a Ciência e a Tecnologia constituem a base do crescimento econômico. As sociedades em que a presença de múltiplas descobertas e inovações provêm de respostas fora das pressões econômicas podem ser consideradas como pós-industriais.

O processo de industrialização deve ser compreendido como resultado de uma sociedade organizada para a produção científica e técnica.

Para os países, a procura por um maior desenvolvimento da ciência e da técnica torna-se um imperativo decisivo no balanço de poder mundial, assim como instrumento essencial de governo.

Uma firma que oferece novas descobertas pode ditar regras para os seus competidores.

Para um país manter descobertas implica no processo de validação do sistema político existente.

A Ciência e a Tecnologia se transformaram na principal fonte de crescimento e de obtenção de vantagens econômicas.

No Brasil, o modelo científico-tecnológico extensivo adotado nas últimas décadas tem encontrado muitas dificuldades de realização. A crise econômica e fiscal do país, reduziu os recursos e incentivos à definição de alguma política coerente de Ciência e Tecnologia. O resultado no setor da saúde se expressa de forma dramática, a perda da capacidade de se responder aos desafios e problemas impostos pelo crescimento da sociedade e da população, com um aumento da iniqüidade social.

Ciência e Tecnologia é a capacidade do homem de apreender a realidade por meios de significados e a possibilidade de transformá-la segundo seu desejo.

Reconhecido por muitos pesquisadores, cientistas e políticos, existe hoje em dia uma relação sinérgica e simbiótica entre Ciência e Tecnologia. Além de apresentarem muitos pontos em comum, suas atividades métodos de pesquisa e trabalho são semelhantes.

Para a ciência, o aumento das informações tem por finalidade ampliar os conceitos e explicações sobre a realidade, podendo produzir no final uma invenção enquanto para a Tecnologia, as informações fluem das inovações para o mercado e as empresas.

Na indústria farmacêutica, por exemplo, no início na década de 40 da produção industrial da penicilina caracteriza-se como uma inovação genotípica primal.

As inovações fenotípicas características da trajetória dos antibióticos seriam: tetraciclina, cloranfenicol, eritromicina, cefalosporinas:

O cloropromazina seria inovação genotípica da família dos tranqüilizantes.

As oportunidades tecnológicas, em conjunção com a capacidade de apropriação privada, representam uma condição fundamental do incentivo a inovar em economias capitalistas.

CONCEITO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

CIÊNCIA

Resultado do encadeamento lógico das idéias e ações que auxiliam o homem na descoberta progressiva das estruturas dos sistemas existentes na natureza e de suas formas de funcionamento. Essas idéias e ações passam por fases de experimentação, de análise e de síntese para chegar a noções racionais, definitivas ou provisórias. Elas modificam constantemente os conceitos e comportamentos presentes na relação do homem face ao universo e face ao próprio homem.

TECNOLOGIA

Elaboração e aperfeiçoamento dos métodos para assegurar o funcionamento dos mecanismos da produção, do consumo e do lazer assim como das atividades da pesquisa artística e científica. A tecnologia compreende desde as ferramentas mais simples até os microprocessadores e, no plano econômico, visa tornar cada vez mais rentáveis os investimentos.

De acordo com a UNESCO, "a ciência é o conjunto de conhecimentos organizados sobre os mecanismos de causalidade dos fatos observáveis, obtidos através do estudo objetivo dos fenômenos empíricos"; enquanto "a tecnologia é o conjunto de conhecimentos científicos ou empíricos diretamente aplicáveis à produção ou melhoria de bens ou serviços.

Segundo, diferem-se ainda os conceitos de técnica e tecnologia. "A técnica e a tecnologia são domínios cognitivos mais próximos da ação, ambas relacionadas com o 'saber-fazer'; entretanto, podemos definir a técnica como um 'saber-fazer' tácito e a tecnologia como um 'saber-fazer' explícito.

INOVAÇÃO

Inovação tecnológica de produto ou processo compreende a introdução de produtos ou processos tecnologicamente novos e melhorias significativas em produtos e processos existentes. Considera-se que uma inovação tecnológica de produto ou processo tenha sido implementada se tiver sido introduzida no mercado (inovação de produto) ou utilizada no processo de produção (inovação de processo). As inovações tecnológicas de produto ou processo envolvem uma série de atividades científicas, tecnológicas, organizacionais, financeiras e comerciais. A firma inovadora é aquela que introduziu produtos ou processos tecnologicamente novos ou significativamente melhorados num período de referência.

De acordo com a proposta da Lei de Inovação encaminhada em novembro de 2002 ao Congresso Nacional para aprovação, define-se inovação tecnológica como a "introdução de novidade no ambiente produtivo, seja ela produto ou processo, que traga melhoria significativa ou crie algo novo".

Note-se que os domínios da Ciência, da Tecnologia e da Inovação relacionam-se de forma recíproca, interativa, afinal, o avanço da Ciência conta também com os diversos instrumentos e aparelhos resultantes da Tecnologia (por exemplo, os microscópios), sem os quais seriam impossíveis muitas pesquisas. Ao mesmo tempo, os resultados da Ciência promovem o aperfeiçoamento da Tecnologia e o seu progresso, por meio do processo de Inovação.

ATIVIDADES CIENTÍFICAS E TECNOLÓGICAS

Atividades científicas e tecnológicas correspondem ao esforço sistemático, diretamente relacionado com a geração, avanço, disseminação e aplicação do conhecimento científico e técnico em todos os campos da Ciência e da Tecnologia. Incluem as atividades de pesquisa e desenvolvimento (cuja definição se encontra adiante), o treinamento e a educação técnica e científica, bem como os serviços científicos e tecnológicos. Treinamento e educação técnica e científica correspondem a todas as atividades relativas ao treinamento e ao ensino superior especializado não-universitário, ao ensino superior e ao treinamento para a graduação universitária, à pós-graduação e aos treinamentos subseqüentes, além do treinamento continuado para cientistas e engenheiros. Os serviços científicos e tecnológicos compreendem as atividades concernentes à pesquisa e ao desenvolvimento experimental, assim como as que contribuam para a geração, disseminação e aplicação do conhecimento científico e tecnológico.

A IMPORTÂNCIA DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA NO MUNDO ATUAL

No processo atual de globalização que o mundo vivência, a importância representada tanto pela ciência como pela tecnologia transcende qualquer analise mais primaria do próprio estagio de conhecimento alcançado pela humanidade.

Somente com o desenvolvimento paralelo de ambas, ciência e tecnologia, uma se amparando e complementando com a outra, conseguimos atingir os mais altos patamares do conhecimento, e as perspectivas oferecidas pelas novas conquistas, experiências e trabalhos, permite-nos antever progressos ainda mais significativos para toda a espécie humana.

Desde os primórdios de nossa vida o homem tenta por de lado as regras da natureza e abrir caminho para suas realizações. Para tanto desenvolve seus conhecimentos através da evolução da ciência, aprendendo novas tecnologias que sustentem estes avanços.

Como exemplo deste aperfeiçoamento constante da humanidade citam-se as conquistas alcançadas no ramo da genética. Há anos os cientistas sabem como montar retrovirus, os mais simples organismos, dos quais o HIV é um exemplo. Poderíamos considerar, entretanto, que o dia em que uma forma de vida inteiramente nova, vinda ao mundo através das mãos humanas, estivesse muito distante. Mas cientistas americanos anunciaram, no dia 21 de novembro do ano passado, que planejam criar uma nova forma de vida em laboratório. O projeto promete lançar luz nos mecanismos fundamentais comuns a todos os seres vivos

O projeto contará com verbas do governos americano e terá início como um desafio puramente cientifico. Apesar de levantar questões de ordem filosófica e ética, o importante, para os pesquisadores, é responder se um organismo criado pelo homem em laboratório pode sobreviver e se reproduzir em condições especiais assistidas, e se este organismo poderia ser chamado de "vida". Antes da divulgação do projeto seus idealizadores o submeteram a um grupo formado por especialistas em bioética e líderes religiosos, tendo havido o consenso de que o projeto pode ser considerado ético se seu objetivo final for para o benefício da humanidade e se todas as medidas de segurança forem tomadas. A cadeia de pesquisa e desenvolvimento cientifico tem de produzir uma tecnologia eficiente e segura para o aproveitamento correto dos benefícios advindos do projeto.

O objetivo específico do projeto é a criação de um organismo unicelular com o número mínimo de genes necessários à vida. Já há algum tempo foram desenvolvidos cromossomos artificiais. Em 1999, Craig Venter, um dos pais do projeto, descobriu o que considera ser o número mínimo de genes para sustentar a vida, e em julho de 2000 cientistas reproduziram vírus da pólio em laboratório, a partir apenas de seu DNA.

Craig Venter e seu parceiro Hamilton Smith, ganhador de um prêmio Nobel, vão usar, como base da experiência, informações genéticas do micróbio Mycoplasma genitalium, comum no trato genital humano e responsável por inflamações na uretra. O micoplasma foi escolhido por ser o menor genoma conhecido, a exceção dos vírus. Tem apenas 517 genes, contra os quase 30.000 dos seres humanos. Em pesquisa realizada no final dos anos 90 Venter descobriu que o micoplasma genitalium poderia se manter vivo em condições especificas de laboratório, com apenas 265 genes.

Numa primeira etapa os cientistas vão remover todo o material genético do organismo e depois vão sintetizar uma seqüência artificial deste material genético, similar a um cromossomo, com um numero mínimo de genes necessários para sustentar a vida. O cromossomo artificial será inserido no espaço previamente esvaziado da célula, que terá, então, testadas suas habilidades de sobreviver e se reproduzir.

Para garantir a segurança da experiência Venter e Smith afirmaram que a célula será deliberadamente programada para não infectar os seres humanos.

CAPITULO I

SAE – Sistematização na assistência a enfermagem.

Sistematização na assistência a enfermagem e um processo que tem como foco a assistência individualizada, buscando suas necessidades básicas onde seu objetivo é a recuperação a saúde do paciente tendo prioridade na prestação de serviço com qualidade melhorando as condições de vida do cliente. Trata-se de uma pesquisa descritiva do tipo qualitativa exploratória. Objetiva-se assim analisar e conhecer a sistematização na assistência a enfermagem num hospital privado. Utilizou-se questionário de perguntas abertas abordando o tema e a aplicação do processo de enfermagem. A coleta de dados e analises foram por informações do conteúdo desenvolvido para os setores específicos, onde realizavam o SAE proposto pelo enfermeiro do setor, fazendo com que desenvolvam as funções que desde o gerenciamento ate burocracias diárias, buscando assistir o paciente em situações diferenciadas, tendo com as informações prestadas e registradas nas respostas das questões. Os resultados mostraram que a SAE tem uma boa aceitação em relação aos funcionários e a segurança tem como ponto chave mais importante devido ao cuidado individualizado e mais complexo. A maioria dos problemas analisados sobre o processo: a falta de funcionário para realizar o processo com precisão, elaboração de treinamento sobre o assunto, conflito com os papeis devido o aspecto físico e didático, e a demora da entrega de documento para serem preenchidos. Constatou-se que para os profissionais de enfermagem esse processo trouxe mais segurança que seria uma forma de defesa. De seus atos e também da sua pratica que determinam de seus resultados obtidos para intervenção. Sem esse processo fica impossível realizar uma boa rotina de enfermagem sem que haja implementação da SAE , porque ele serve para normatizar e melhorar o atendimento ao paciente, em determinado setor o que necessita de um plano de cuidado mais amplo.

A SAE nesses setores proporciona que toda historia clinica do paciente esteja em seu prontuário, desde patologias anteriores e medicações ate o período pré, trans e pós. Detalhando o estado físico e mental em que o paciente se encontra.

Neste sentido objetivou-se a analisar a SAE em determinado setores.

A enfermagem em si tem um papel fundamental na SAE, como implantar, planejar, organizar, executar e avaliar o processo de enfermagem do paciente, proporcionando atendimento único.

Será preparado, orientado e avaliado constantemente pela equipe de enfermagem sobre seu estado físico e mental antes, durantes e após os procedimentos e receberá um atendimento humanizado. Ela proporciona uma rotina organizada e controlada, bem como sua evolução, planejamento, prescrição, implementação de cuidados, execução de procedimentos e organização no atendimento.

Com a evolução e o avanço da ciência, a enfermagem necessita buscar uma qualificação, assim foi com o desenvolvimento do, sistematização da assistência de enfermagem .Sobre esta questão destaca que, o enfermeiro deve prestar durante sua pratica profissional uma assistência de qualidade e ter consciência da importância da implementação da SAE , onde o dever e adquirir um atendimento individualizado, tendo base cientifica e oferecendo uma boa qualidade no atendimento ao cliente.

A prática da SAE consiste na orientação do serviço que deve ser realizado, na maneira de pensar e analisar situações na assistência.

Com a ausência de prescrição e evolução de enfermagem deixa-se de saber como o paciente ta se recuperando, pois, não há informação do seu estado de saúde físico e mental, passando como desapercebido na unidade, entregue exclusivamente ao cuidado medico.

O objetivo principal da SAE e o cuidado individualizado, onde a enfermagem atende as suas necessidades básicas que e planejamento antes pratica.

A formalização do registro e estabelecida no instrumento identificado como prontuário do paciente, sob a guarda física da instituição onde o mesmo e assistido, por qualquer meio de armazenamento. A consulta de enfermagem tem como objetivo ter uma visão holística, captando toda a informação levada pelo cliente, possibilitando diagnostico preciso e elaborar um plano de assistência de acordo com as necessidades.

Com as informações nos hospitais, facilitou a maneira de organizar o trabalho de enfermagem, na compreensão das palavras e nas informações elaboradas pelos médicos e profissionais de saúde. Trazendo mais agilidade e segurança dos registros prescritos, melhorando a inter-relação profissional e ético facilitando o processo da assistencial.

Dentre as dificuldades encontradas pelos enfermeiros na implementação do processo de enfermagem, encontra-se sobre a carga com atividades burocráticas que dificultam seu exercício profissional.

O tempo despendido pelo enfermeiro na realização do SAE após a implementação do sistema padronizado de linguagem pode contribuir para que haja um maior tempo para o cuidado direto do paciente e desta forma proporcionar uma assistência de enfermagem com maior qualidade.

A facilidade e a organização do processo de trabalho contribuem para uma boa qualidade no atendimento ao paciente.

I.1 A PERCEPÇÃO DE AUXILIARES E TÉCNICOS DE ENFERMAGEM SOBRE A SAE

Pode-se observar que os auxiliares e técnicos de enfermagem desconheciam o conteúdo sobre a SAE durante a sua formação e que passaram a conhecer essa metodologia de assistência após o ingresso profissional nas instituições, mediante treinamentos específicos. contudo, trata-se de contigente de profissionais jovens, formados, em sua maioria a menos 10 anos, que reconhecem o uso desta metodologia e o seu beneficio para a assistência.

Para a enfermagem foi um progresso o ingresso da SAE, fez com que a sistematização se torna-se em uma importância .

A SAE trouxe maior vinculo entre os enfermeiros e técnicos, beneficiando principalmente o paciente.

I.2 METODOLOGIA

Esse estudo se caracterizou-se por descritivo, do tipo qualitativa explorativa.

Como método indutivo de pesquisa qualitativa responde os questões particulares aqueles que trabalham no setor. Na amostra teve 12 participantes técnicas de enfermagem que realiza o processo, onde foi aplicado um questionário contendo 6 perguntas, elaborado com visitas para obtenção das informações sobre o processo e sistematização de assistência de enfermagem no setor .

As respostas foram analisadas, atribuindo a cada participante uma legenda que continha a letra F que significa funcionário e o numero de 1 a 12 para referenciar a ordem de entrega das questões.

Os dados coletados foram analisados pelo conteúdo descritivos objetivos sendo como conjunto da metodologia, onde quais se aplicaram os questionários diversos e tem como a meta a indução e a conclusão.

I.3 COLETA DE DADOS

A coleta de dados foi por questionários com questões abertas relacionadas a SAE.

O projeto de pesquisa foi submetido a avaliação do comitê de ética interna do hospital , com a carta de aprovação em anexo, sob autorização da gerente de enfermagem e corpo clinico medico . aprovado para posteriormente a pesquisa ser realizada.

Os sujeitos foram técnicos de enfermagem da instituição. Onde eles assinaram um termo de consentimento outorizando o uso das informações prestadas, sendo porem a participação voluntaria.

I.4 ANÁLISE DOS DADOS

Com as informações prestadas e registradas nas respostas dos questionários pelos pesquisados, obtemos fazer a analise através dos argumentos obtivemos as seguintes constatações

- O nível de conhecimento sobre o assunto aplicado.

-A opnião dos funcionários se a SAE trouxe beneficio e maleficio no setor .

-Se a SAE precisa melhorar .

-Aceitação dos funcionários em relação a sistematização a assistência à enfermagem.

Sobre a segurança tem como ponto chave mais importante para os funcionários , devido ao cuidado individualizado e mais complexo , onde o objetivo e a prevenção de acidentes adversos com pacientes e funcionários

A partir dos resultados e percepção dos envolvidos, a pesquisa trouxe pontos positivos no tema proposto .

O campo de estudo teve critérios bem aproveitados, devido a facilidade de acesso e também relação de convivência com sujeitos, que atuam no setor.

A analise de dados foi desenvolvida, com técnicas de enfermagem sobre o tema de sistematização na assistência de enfermagem em pacientes do setor, durante p processo de trabalho, onde realizam a SAE proposto pelo enfermeiro do setor , fazendo com que desenvolva funções que vai desde o gerenciamento ate as burocracias diárias, buscando assistir os pacientes em situações diferentes com mais responsabilidade e humanizado.

Consideramos que ainda a utilização desse processo trouxe mais segurança para os pacientes e também para os funcionários, onde esse documento seria uma forma de defesa de seus próprios atos , além da assistência integral e individualizada ao paciente , com o objetivo de analisar a SAE no hospital de grande porte.

CAPITULO II

ÉTICA NACIONAL DE GESTÃO E TECNOLOGIA EM SAÚDE E LEGISLAÇÃO PERTINENTE.

A lei n. 8.080/1990 ( BRASIL 1990 ), que estabeleceu os princípios do SUS, traçou indiretamente as diretrizes básicas para a incorporação de tecnologias.

Desse modo a incorporação de novas tecnologias ao sistema – seja na forma de aquisição de um novo equipamento ou de criação de um novo serviço. Na mesma legislação, existe a origem da descentralização dos serviços a serem acompanhadas da regionalização e hierarquização de rede assistencial. No caso da corporação tecnológica, isso deveria apontar para um processo planejado que estivesse a pulverização de recursos, tanto tecnológicos como financeiros.

Por fim a norma operacional básica de 1996 e a norma operacional de assistência a saúde (NOAS/01) (BRASI, 2002d) apontaram os caminhos que poderiam também auxiliar para nesse processo. Além disso, a incorporação de serviços e tecnologias deveria acompanhar a Programação Pactuada e Integradas (PPI) e a pactuação dos tetos financeiros oriundos das disponibilidades orçamentarias das três esferas do governo, de modo a se construir redes integradas de atenção a saúde que ampliassem o acesso, com qualidade e menor custo; o que significa que essa politica deve considerar as necessidades nacionais e regionais de saúde da população brasileira e ser capaz de aumentar a indução seletiva, visando a produção de conhecimentos e bens materiais e processuais voltados para o desenvolvimento das politicas sociais.

Entre os objetivos principais da PNCTIS encontram-se 1- o desenvolvimento de produtos e de processos de produção. 2- o aumento do fluxo de conhecimento cientifico e tecnológico pelos sistemas, serviços e instituições de saúde. 3- promover o uso da pesquisa cientifica e tecnológica como uma das fontes mais importantes na elaboração de instrumentos de regulação, de incorporação e adoção de tecnologias nas três esferas de governo.

A iniciativa aprovada na segunda conferencia nacional de ciência e tecnologia em saúde (2´CNTIS) de se promover a uma politica nacional de gestão e tecnologia em saúde o seu objetivo e de orientar os formuladores e gestores do sistema de saúde no processo de decisão relacionados a avaliação, incorporação, utilização, difusão e retirada de tecnologias do Sistema Único de Saúde.

A etapa inicial dessa politica prioriza a avaliação e a incorporação da tecnologia no sistema com base na aplicação de critérios científicos e técnicos aceitos pelo diferentes gestores.

Em 2003, foi instituídos o conselho de ciência, tecnologia e inovação em saúde . O CCTI tem por finalidade; 1- buscar maior convergências entre as necessidades de asude da população expressas na politica nacional de saúde, a produção cientifica, tecnológica e a inovação realizada nas universidades, institutos de pesquisas e empresas; 2- estimular as utilizações das evidencias cientificas e tecnológicas no processo politico de tomada de decisão nos diversos níveis do SUS; 3- Promover uma agenda nacional de prioridades de pesquisa em saúde e das demais instancias gestoras do SUS e; 4- coordenar as ações de fomento e outras, concernentes, a pesquisa cientifica e tecnológica e a inovação, no âmbito do ministério da saúde .

A incorporação de tecnologias no SUS tem que seguir os seguintes passos :

1. Todas as solicitações para incorporação de tecnologias em saúde devem ser protocoladas na SAS e encaminhadas á CITEC para a realização de uma análise, prévia e definitiva , sobre a sua admissibilidade com base na relevância e no impacto da incorporação da tecnologia no SUS , bem como na existência de sólidas evidências científicas preliminares de efetividade da tecnologia proposta;

2. Havendo um parecer positivo, a citec solicitará ao decit/SCTIE a realização de estudos (ATS) , que , juntamente com o (DAE /SAS) , definirá , no perfil da rede institucional com potencial para a realização dos estudos a serem contratados ;

3. Após a realização dos estudos de ATS , o decit/ SCTIE deverá encaminhar para a citec, no prazo de 90 (noventa) dias , a recomendação da admissibilidade ou não da tecnologia no SUS;

4. Por fim, as conclusões da Citec serão encaminhadas á secretaria – executiva para providencias ex-ante a homologação do processo pelo ministro da saúde.

Para a consolidação da politica de gestão de ciência e tecnologia em saúde para o SUS, as seguintes ações estão sendo desenvolvidas pelo ministério da saúde; 1- a criação de redes e de pesquisas clinícas, e da rede brasileira de ATS; 2- a publicação da serie ferramentas para a gestão de tecnologia em saúde; 3- implementação de banco de dados de grupos de pesquisa, agencias de ATS e catalogo de estudos; 4- a capacitação de gestores do SUS em gestão de tecnologia em saúde ; 5-organização de boletim brasileiro de avaliação de tecnologias em saúde (BRATS)

CAPITULO III

VISITA DOMICILIAR: TECNOLOGIA PARA O CUIDADO, O ENSINO E A PESQUISA.

A visita domiciliar e uma pratica antiga esta sendo resgatada incentivando maior mobilidade do profissional. Mobilidade deixar de ficar esperando as pessoas adoecerem e procurarem recursos, e atuar em seu entorno, detectando necessidades, promovendo saúde e cuidado. A visita considerada como um dos eixos transversais do sistema de saúde brasileiro. Pode ser compreendida como um método, uma técnica e um instrumento. Exige plena concordância do usuário e estabelecimento de relação fundamentalmente orienta pelo dialogo e pela ética .

O interesse de elaborar esse artigo partiu de um projeto de pesquisa, detectada no território de sua realização, optamos pela visita domiciliar como técnica para a coleta de dados.

Abordamos a visita domiciliar ápartir da trajetória histórica do conceito; seguimos evidenciando suas possibilidades como tecnologia para o cuidado, o ensino e a pesquisa, e concluímos apresentando um conceito e um modelo para sua concretização.

Os maiores problemas de saúde sempre estiveram relacionados com vida em comunidade. Na Grecía já encontramos relatos de médicos que percorriam a cidade prestando assistência as famílias.

Entre os anos 1854 – 1856 em Londres anteriormente ao surgimento das enfermeiras visitadoras, a pratica da visita domiciliar era realizada por mulheres da comunidade, sem muita instrução que recebiam um salario do estado para educar as famílias carentes sobre os cuidados de saúde. Com o passar do tempo o sistema apresentava resultado positivo. No inicio do século XX a enfermagem inserida em todas as instancias responsáveis pela saúde publica nos Estados Unidos. Essa tendência foi acompanhada pelos países da Europa e em menor grau por outros países. As agencias mantinham o trabalho das enfermeiras junto as

comunidades para atender aos seus problemas como um todo, inclusive a prevenção da doença mental.

No Brasil não foi muito diferente. Nesta perspectiva, em 1918, Carlos Chagas; incentivou a criação de cursos e escolas, entre elas a de enfermeiras visitadoras, fundada com apoio da fundação Rockefller em 1923. O aparecimento de serviço de enfermeiras visitadoras no Brasil e marcado pelo objetivo da prevenção das doenças. Foram sendo criados em todos os países, os centros de saúde, os quais tinham como objetivo o tratamento da tuberculose, da hanseníase e a diminuição da mortalidade infantil. Nos primórdios da visita domiciliar no mundo a preocupação estava mais centrada em evitar doenças e minimizar dor dos doentes do que propriamente em promover a saúde, a valorização do seu contra texto social e sua qualidade de vida, no Brasil, usando da pesquisa ação como método e o cuidado domiciliar como técnica de coleta de dados, a visita domiciliar passa a ser um importânte estratégia de cuidado, que mobiliza a participação da família e gera o avanço do conhecimento.

A visita domiciliar estendida como método, técnica e instrumento no qual se estabelece o movimento das relações, os grupos familiares ou comunidades tenham melhores condições de se tornarem mais independentes na sua própria condição de saúde. Atualmente a visita domiciliar e utilizada pelos mais diversos profissionais, objetivando atingir os inviduos na sua integralidade. A importância de, trabalhar a interdiciplinalidade das profissões de forma fundamentada e preciso e preciso desconstruir que visita e coisa de leigos, cristalizada em um empirismo desprovido de fundamentos. Quando falamos em trabalho em saúde, não estamos nos referindo apenas ao conjunto dos equipamentos ou tecnologia duras utilizando nas intervenções diagnosticas ou terapêuticas. O conjunto de intervenções assistenciais vai além das diversas maquinas utilizadas, do assistente social ou outro. No conjunto de equipamentos, instrumentos e saberes profissionais esta presente a tecnologia leve-dura: ainda trabalhamos com a tecnologia leve, ou seja, aquele que se produz através do trabalho vivo entendido como processo das relações. Entendesse como um encontro entre pessoas que atuam umas e com as outras, são momentos de possíveis cumplicidade, nos quais pode haver a produção de uma responsabilização em torno do problema que vai ser enfrentado, o mesmo de momentos de confiabilidade e esperança.

A visita domiciliar reuni três tecnologias leves; a observação indicando a atenção aos detalhes dos fatos a entrevista implicando o dialogo com devida finalidade e o relato oral histórico, onde revelo como dão sentido as suas vidas, a visita domiciliar na área de saúde, seja entendida como o usuário com as finalidades de atenção a saúde, aprendizagem ou investigação. A sistematização dos relatos orais, das observações, encaminhamento e conclusões obtidos devem estar presentes no registro da visita e ser incluída entre os documentos que historiam o atendimento da família ou das pessoas individualmente a importância e a eficácia da visita domiciliar. A simplificação: uma prancheta, um bloco de notas e uma caneta seriam os suficientes, mais a defesa rigorosa de que além dos instrumentos sistematizado, e importante a existência de uma guia para sua utilização. O domicilio, quando disponibilizado pela família, representa em nosso entendimento, uma continuidade do campo de trabalho, de ensino – aprendizagem e de pesquisa. O diário de campo e “o relato escrito daquilo que o investigador OUVE, VÊ, EXPERÊNCIA e PENSA no decurso da escolha e refletindo sobre os dados de uns estudos qualitativos”.

O guia para orientação dos registros em visita domiciliar, deve ser ajustado a cada situação particular.

1-dados de identificação, 2- planejamento da visita, 3- a parte descritiva compreendendo retrato dos sujeitos, reconstrução dos diálogos, descrição do espaço físico, relato de acontecimentos particulares, descrição detalhada de atividades e de comportamentos, comportamento do observador, 4- parte reflexiva, relato pessoal, reflexo sobre a analise, reflexo sobre o método, reflexo sobre conflitos e dilemas éticos, reflexo sobre o ponto de vista do observador (preconceito e rupturas), pontos de clarificação (outros comentários), 5- memorandos, 6- avaliação de visita, os registros dessas informações (reflexões e ações devem ser efetuados em instrumentos próprios).

Fundamentalmente, devem conter os aspectos incluídos no guia para orientação dos registros em diário de campo da visita domiciliar, mais adaptado a cada situação, seja de cuidado, seja como componente do processo formativo de estudantes ou pesquisa e investigação. Sua investigação em quanto método, tanto educacional quando de assistência e pesquisa evidencia a importância de sistematização e divulgação dos resultados obtidos. A visita domiciliar para a pratica dos serviços de saúde e valoriza-la como estratégia fundamental na consolidação e operacionalização da pratica profissional, indo ao encontro do novo modelo de atenção a saúde, proposto pelo SUS.

E neste movimento de ensino e aprendizagem, instrumentalização, modos de trabalhar, investigação- a rever e repensar a visita domiciliar como uma tecnologia de trabalho na quais se desvelam e se vislumbram diferentes modos de se organizar os processos de nosso agir em saúde.

CAPITULO IV

RELACIONAMENTO ENFERMEIRO, PACIENTE E FAMILIA: FATORES COMPORTAMENTAIS ASSOCIADOS A QUALIDADE DA ASSISTENCIA.

A relação enfermeiro paciente e uma das questões mais importantes no tratamento de uma pessoa que se encontra hospitalizada, que muitas vezes esta fragilizada e com medo do tratamento.

Uma equipe de enfermagem humana, atenciosa trará confiança ao paciente e com isso a relação enfermeiro paciente será potencializada. Por outro lado, se o paciente percebe o descaso por parte deste profissional, a relação enfermeiro paciente estará abalada e com certeza esse paciente terá dificuldades de aceitar ou ate mesmo continuar o seu tratamento.

Para que a relação entre enfermeiro e paciente seja construída é preciso muito mais do que carisma profissional. Este deve desempenhar sua função assistencial e ao mesmo tempo buscar entender o que se passa com o paciente para poder auxilia-lo no momento da internação.

A relação entre enfermeiro e paciente não e apenas importante quando o paciente encontra-se internado. Na estratégia de saúde da família essa relação torna-se uma arma importante pois o enfermeiro acompanha essa família na sua intimidade.

A relação enfermeiro paciente e construída com atenção, carinho, dedicação aliada com o saber e a intensão em se fazer o melhor para a prevenção ou tratamento de doenças.

CAPITULO V

TENDÊNCIAS GERAIS QUE PODEM LEVAR A ENFERMAGEM PERCORRER NOVOS CAMINHOS

No mundo atual precisamos inúmeras, rápidas e grandes transformações, nos diferentes campos resultantes de mudanças demográficas, tecnológicas, politicas e ecológicas, num processo acelerado de globalização econômica.

Assim como outras ciências, a enfermagem sofre o impacto das transformações, necessitando buscar resposta cada vez mais rápidas e efetivas por meio de ampliação de seus conhecimentos e inovação em suas atividades profissionais para acompanhar esta evolução.

A organização social e tecnologia do trabalho em saúde no Brasil, esta baseado no modelo clinico, caracterizado numa centralização no atendimento medico individual e curativo, com foco no diagnostico e terapêutica medica.

Na ultima década vem se incorporando as politicas publicas de saúde a ideia de saúde como direito de todos e dever do estado. A implantação do sistema único de saúde a parti da constituição dos serviços, passando de um modelo assistencial baseado na doença para um modelo de atenção integral, incorporando praticas de promoção e prevenção, além da recuperação a saúde.

A saúde como parte do serviço representa uma das áreas da economia que mais tem se desenvolvendo na sociedade moderna. O setor de serviço responde pelo maior crescimento dos novos empregos, em termos globais no Brasil, os serviços respondem por 55% do produto interno bruto, de modo geral os debates desenvolvidos na área da saúde sobre a temática gerencial e o conjunto de intervenções dos vários grupos sociais interessados nesse setor tem destacado a necessidade de operar mudanças no modo de trabalhar e gerenciar em todos os níveis das organizações de saúde.

CAPITULO V.1

A ENFERMAGEM NESSE CENÁRIO

A gestão dos serviços de enfermagem, assim como acorreu nos serviços de saúde, teve forte influencia das teorias tradicionais de administração na organização de seus processos de trabalho pode-se dizer que ainda hoje temos adotados modelos gerenciais da área de produção, principalmente industrial para aplicar na área de serviços sem refletirmos sobre como usa-los ou qual e o melhor modelo, esta forma de utilização retardou o desenvolvimento do conhecimento sobre novas formas de gestão na área da saúde.

A busca por novas formas de gestão nos serviços de saúde torna necessária a incorporação de novos conhecimentos e habilidades, sintonizados a uma pratica administrativa mais aberta, mais flexível e mais participativa.

A enfermagem necessita também acompanhar as informações da sociedade contemporânea, cabendo ás enfermeiras que são responsáveis pela gerencia do cuidado buscarem cada vez mais inovações na gestão dos serviços.

As instituições de saúde e a enfermagem nesse contexto necessitam ampliar seus horizontes nas formas de organização do trabalho sob o risco de se tornarem ineficientes e morrerem para o motivo de sua real existência. O setor de saúde e os serviços de enfermagens são áreas que trabalham essencialmente com pessoas e para pessoas de uma forma muito intensa, onde o momento da realização do trabalho (atendimento) ocorre junto com a interação dos profissionais e seus usuários.

Sento assim não se entende como ate hoje as instituições de saúde ainda negligenciam uma melhor atenção aos seus funcionários / colaboradores, que são o seu capital humano.

As organizações de aprendizagem se baseiam em cinco áreas conceituais, como estratégias para a mudança na mente das pessoas; o domínio pessoal que busca desenvolver habilidades, competência, capacidade ariativa e crescimento espiritual; os modelos mentais que busca mudar conceitos que influenciam nossos comportamentos; o adjetivo comum é a capacidade de transmitir e compartilhar a imagem do futuro ; o aprendizado em grupo é capacidade de dialogo dos seus membros para chegar a um raciocínio comum ; o raciocínio sistêmico é o conjunto de conhecimentos e instrumentos que busca a integração dessas quatro áreas.

Para a construção de organizações de aprendizagem é fundamental o desenvolvimento do raciocínio sistêmico, que nos permite aprender a entender o mundo. Buscar estratégias de desenvolver o capital humano e criar organizações de aprendizagem parecem ser caminhos a serem construídos pela enfermagem para acompanhar a evolução do conhecimento e para atingir as transformações necessárias em nossa pratica e para alcançar estas mudanças é necessário estabelecer uma estratégia de desenvolvimento de liderança para desenvolver ideias inovadoras.

Gerenciar, coordenar, chefiar são termos utilizados para designar pessoas que nos representam dentro das organizações. Os lideres apresentam diferentes características de personalidades, características essas que parecem simples ou naturais.

A liderança dos grupos de trabalho deve criar condições para um ambiente criativo para adotar novas maneiras de atender um cliente, fazer um curativo, preencher um prontuário ou qualquer outra atividade. Investir no capital humano, das organizações de aprendizagem, no desenvolvimento de liderança criativas ou inovações operacionais, são estratégias que criam alternativas para as organizações se adaptarem ás transformações econômicas e sociais.

Se entendermos esses itens como fatores que devem ser desenvolvido pelos enfermeiros, para que se desenvolvam como lideres, com resultados que beneficiam a coletividade temos que agir, só assim se tornará um fato. “porque um dia e preciso parar de sonhar, tirar os planos das gavetas e de algum modo começar”.

A medida que a saúde se torna um importante fator para o desenvolvimento humano e social, sua importância e dividida a mudança na concepção de saúde, que tem mostrado sua direta influencia no desenvolvimento humano e social.

A enfermagem como parte integrante do setor de prestação de serviços de saúde, ainda sofre influencia dos modelos tradicionais de gestão. A valorização das pessoas que fazem parte das organizações de saúde e fundamental para os gerentes de enfermagens. Desenvolver organizações de aprendizagem, significa investir no capital humano dos grupos que forma as organizações de saúde. Isto pode ser conquistado pelo incentivo a capacidade criativa e domínio pessoal, mudança dos modelos mentais, construção de objetivos comuns, estimula a aprendizagem em grupo e alcança do raciocínio sistêmico.

CAPITULO VI

O CONHECIMENTO CIENTÍFICO COMO VALOR NO AGIR DO ENFERMEIRO

Este trabalho relata a busca do verdadeiro significado do cuidar, a humanização. O cuidado humano é uma característica humana. O cuidar é uma forma de expressão, de relacionamento com o outro ser. Pensando nos elementos do cuidado humano, o amor, a solidariedade, e o respeito, mostramos, que na atitude humana, a forma de cuidar independe da relação que se tem com o ser cuidado. A ação do cuidar tem a idéia de harmonizar as relações humanas e o equilíbrio junto ao meio social e a natureza. Na Enfermagem através do ensino feito por Florence Nighingale, treinavam-se pessoas para cuidar de pessoas, sendo esta uma característica da Enfermagem. Na ocorrência do processo de cuidar, o enfermeiro precisa utilizar o conhecimento científico e também sua capacidade de observação e percepção, planejando cada etapa do processo, podendo visualizar a necessidade do paciente e compreender suas indagações.

O cuidado mais humanizado é uma forma de expressar relacionamento com o outro ser, a fim de se obter uma vida plena, não se restringindo apenas em atividades, que proporcionam meios de sobrevivência.

Uma expressão de carinho e interesse é característica humana, assim como a comunicação, através da linguagem verbal.

O corpo comunica sentimentos através do olhar, da expressão facial, do conforto pela música, por outros sons, ou por ouvir alguém cantar.

A Enfermagem é uma disciplina, que lida com o ser humano, que é um ser em evolução, tem que haver humanização.

Uma pessoa está doente e vai procurar um profissional da saúde com o desejo de que alivie seus sintomas e livre-o de seu sofrimento. Ele deseja ser cuidado.

A pessoa traz seus sintomas, suas circunstâncias sócio-econômicas, suas formas de expressão, suas vivências existenciais que fazem dele um ser singular, e não o primeiro ou o sexto ou o décimo da fila.

A pessoa só pode ser vista em seu todo, isto é, em sua história, em seu lugar na família, na sociedade, em seus sentimentos, em sua cultura, em seus medos e em sua clínica.

O profissional da saúde, ao receber o paciente, deve faze-lo humanamente, com calor, identificando-se com sua dor, isto é, compaixão; oferecer-lhe segurança; olhar e permitir ser olhado, ouvir e permitir ser ouvido, sem julgamentos nem agressões.Compaixão aqui, não é ter pena nem dó. É o sentido pleno da palavra: com-paixão. Todos sabemos que a pessoa apoiada tem maior possibilidade de cura e/ou melhor, qualidade de sobrevida.Tal mudança de cultura só será alcançada por uma busca honestíssima. Primeiro, de si mesmo e do entendimento de seus limites e depois do fortalecimento do sentimento fraternal.

A comunicação verbal é as expressões da fala e a fala é a ponte entre o coração e o outro. O modo da fala reflete, também, a relação que ela está construindo com o profissional da saúde: Se for arrogante, submisso, sedutor, isolado, agressivo, defendido ou participativo.

A ansiedade da pessoa, geralmente está em torno de seus sintomas e da gravidade que eles possam ter na reação do profissional a sua pessoa e por fim, nos aspectos práticos de tratamento.

A ansiedade do profissional está em torno de suas habilidades para curá-lo, da reação da pessoa doente frente a ele.

"Só o cuidado de um para com o outro humaniza verdadeiramente a existência. E o cuidado é o modo próprio do ser humano"

O cuidado humano é exercitado, vivido e sentido no interior de cada um, envolvem atos, princípios, valores, ética que devem fazer parte de nosso cotidiano.

O valor em si, não depende de grupos sociais, culturais, regiões, épocas históricas, mas quando aplicados a pessoas, ou grupos, tem um enfoque diferente, seria o valor da importância na dinâmica do agir humano.

Essa dinâmica do agir humano expressa a realização do homem através de seus atos.

Os valores constituem um mundo de relações do homem: as coisas e o homem.

Podemos escalar os valores, em diversos aspectos, como os valores: éticos, religiosos, lógicos ou estéticos.

A ética se relaciona aos comportamentos, que caracterizam uma cultura, um grupo profissional, e faz uso de valores, direcionando uma profissão, ou uma classe social.

O cuidado ético é fazer com que a ação de cuidar, seja moralmente correta. O cuidado natural é uma forma de cuidar que independe da relação que se tem com o ser cuidado.

Nessa escala de valores, não se pode afirmar identidade ao ser colocada como referência, em grupos, pessoas ou épocas diferentes, porém nos deixa claro, que sua função básica frente ao agir humano, é de podemos afirmar que à medida que perdemos os valores perdemos o sentido da vida.

Em determinadas atitudes, quando realizadas sob a dinâmica dos valores, o emocional está acima dos valores.

O desafio maior não é só compreender e auxiliar no tratamento, mas buscar desenvolver uma prática humanizada, em que possamos continuamente refletir sobre o sentido de nossas ações, reações e atitudes com os nossos pacientes.

Devemos hoje, considerar também, a falta de reconhecimento pela profissão, a falta de habilidades dos profissionais, que exercem esta profissão por escolha, influenciada por outros, não desempenha um perfil de cuidadores, e passam a não gostar de fazer o que fazem.

É preciso mudar o comportamento destes profissionais.È necessário que nossa categoria, seja mais convincente, participativa, e que se mobilize com as circunstâncias, com as necessidades, as situações, melhorando assim, o cuidado.

Poderíamos, através de métodos de educação continuada ou reciclagem, mantê-los em constante interação com o meio do cuidar/cuidado, extraindo elementos, contribuindo e melhorando a identificação de problemas, e solucionando-os, para o crescimento através do conhecimento, gerando assim, mais humanização.

A Enfermagem nasceu através do ensino feito por Florence Nighitingale: treinava pessoas para cuidar de pessoas. O cuidar é uma característica da enfermagem.

Em 1854, Florence Nighitingale através da guerra da Criméia, conseguiu atingir seu objetivo, com reformas e planejamento nos hospitais de atendimento aos soldados desta guerra. Foi uma mulher decidida, culta e dedicada a sua profissão.

Ela definia a Enfermagem, como uma arte e uma ciência, que requer uma educação formal, organizada e cientifica. A arte da enfermagem nightingaliana consiste no cuidar tanto dos seres humanos sadios, como doentes, requerendo assim um conhecimento formal e científico, vocação, elevado padrão moral e de sentimentos, bem como o desenvolvimento do potencial intuitivo e criativo.

As ações de enfermagem, entendidas como cuidar-educar-pesquisar são para Nightingalle, predominantemente preventivas, fazendo parte do processo de atuação da enfermeira.

A Enfermeira tem a função de liderar a equipe de enfermagem, organiza e planeja tarefas, controla a equipe e os gastos. O cuidado direto com o paciente, quem exerce são as categorias de enfermagem, auxiliares e técnicos de enfermagem.

"O cuidado humano é uma atitude em que seres humanos percebem e reconhecem os direitos uns dos outros. Pessoas se relacionam numa forma a promover o crescimento e o bem estar da outra".

O enfermeiro precisa utilizar seu conhecimento científico e também sua capacidade de observação e percepção, agindo desta forma e fazendo planejamento, poderá visualizar as necessidades do paciente e compreender seus problemas. Os outros profissionais, a ela destinada a oferecer cuidados aos pacientes, podem ser eficientes nos procedimentos de enfermagem, mas isto não basta para cuidar, o cuidar é algo além disto, é natural.

Muitas vezes a omissão, a irresponsabilidade, a falta de iniciativa e a negligência são causadoras de um cuidar ineficiente, por isso, é necessário que a enfermeira tenha conhecimento disto e que através da observação e do bom senso previna o mau cuidado, a sobrecarga de atividades do funcionário, a falta de treinamento de alguns profissionais, entre outros. Mantendo assim o bom equilíbrio da equipe para o atendimento humanizado.

O cuidado humano tem sido amplamente estudado em áreas diversas, como na psicologia e filosofia.

Mais modernamente tem sido também abordado na educação e na saúde.

A Enfermagem hoje resgata e discute a ampliação da arte de cuidar, introduzido e profissionalizado por Florence Nightingalle.Com o passar do tempo. O cuidar tornou-se mecanizado, fragmentado e tanto as pessoas que cuidam como as que recebem cuidado, parecem ter se esquecido de que esta habilidade ou qualidade, além de constituir uma ação, é um valor, um comportamento, uma filosofia, uma arte e ciência.

Os enfermeiros devem ser atuante no processo ensino-aprendizagem, atuando não só na administração das atividades, mas sim estar em constante interação com o meio cuidar/cuidado, extraindo elementos, contribuindo e melhor identificando soluções para os problemas, e através de seu conhecimento, desenvolver a humanização.

CAPITULO VII

REVISÃO INTEGRATIVA: MÉTODO DE PESQUISA PARA A INCORPORAÇÃO DE EVIDÊNCIAS NA SAÚDE E NA ENFERMAGEM

O diagnóstico é a segunda etapa do processo de enfermagem e pode ser considerado uma fonte de conhecimento científico para a profissão, tornando-se fundamental para o planejamento da assistência ao paciente. Esta etapa é válida quando representa realmente o problema inferido pelos enfermeiros. As publicações sobre validação de diagnósticos de enfermagem se tornaram muito freqüentes em meados da década de 1990, quando se observa uma preocupação em aperfeiçoar e legitimar os diagnósticos descritos pela Taxonomia da North American Nursing Diagnosis Association (NANDA) e em aumentar sua capacidade de generalização e predição. Na literatura há vários modelos de validação de diagnósticos de enfermagem, contudo, os mais utilizados são os propostos por Fehring, que se baseia na obtenção de opiniões de peritos para determinar ou não se as características definidoras são indicativas de um diagnóstico.

Segundo o autor, anteriormente à realização do processo de validação deve ser realizada uma revisão de literatura, visando buscar suporte teórico para a efetivação das fases seguintes.

A utilização dos princípios da Prática Baseada em Evidências para fundamentar as decisões diagnósticas tem sido discutida na literatura. A PBE emergiu da necessidade de minimizar a lacuna existente entre os avanços científicos e a prática clínica. Essa abordagem envolve a delimitação do problema, busca e avaliação crítica das evidências disponíveis, implantação das evidências na prática clínica e a avaliação dos resultados obtidos. A competência clínica do profissional de saúde e as preferências do paciente são também aspectos importantes e devem ser considerados na tomada de decisão sobre a assistência à saúde.

A tomada de decisão é um ponto chave na PBE e envolve a integração entre a habilidade clínica do profissional, as evidências oriundas de pesquisas e as preferências do paciente. A PBE pode contribuir para a acurácia diagnóstica, já que prevê a busca de resultados de pesquisas e a avaliação das evidências encontradas em relação à validade das associações e o poder de generalização entre as manifestações apresentadas pelo paciente e o diagnóstico de enfermagem atribuído.

A PBE motivou o desenvolvimento de métodos de revisão de literatura, os quais têm como principal propósito buscar, avaliar criticamente e sintetizar as evidências disponíveis do tema investigado, dentre estes se destacam a revisão sistemática, a meta-análise e a revisão integrativa. A revisão sistemática é um método de pesquisa que tem como princípio geral a exaustão na busca dos estudos relacionados à questão clínica formulada, seguindo método rigoroso de seleção, avaliação da relevância e validade das pesquisas encontradas. Tem sido recomendado que os estudos incluídos neste tipo de revisão tenham delineamento de pesquisa experimental, ou seja, que se caracterizem como ensaios clínicos randomizados controlados. Quando os estudos incluídos na revisão sistemática apresentam a mesma questão clínica e população, implementam e mensuram a intervenção da mesma forma e na sua elaboração os autores utilizaram o mesmo delineamento de pesquisa, a meta-análise pode ser empregada. Na meta-análise, utilizam-se métodos estatísticos para combinar e reunir os resultados de múltiplos estudos primários, melhorando a objetividade e validade dos resultados. A revisão integrativa é um método de revisão mais amplo, pois permite incluir literatura teórica e empírica bem como estudos com diferentes abordagens metodológicas (quantitativa e qualitativa). Este método tem como principal finalidade reunir e sintetizar os estudos realizados sobre um determinado assunto, construindo uma conclusão, a partir dos resultados evidenciados em cada estudo, mas que investiguem problemas idênticos ou similares Os estudos incluídos na revisão são analisados de forma sistemática em relação aos seus objetivos ,materiais e métodos, permitindo que o leitor analise o conhecimento pré-existente sobre o tema investigado.

É um método que permite gerar uma fonte de conhecimento atual sobre o problema e determinar se o conhecimento é válido para ser transferido para a prática; a construção da revisão integrativa deve seguir padrões de rigor metodológico, os quais possibilitarão, ao leitor, identificar as características dos estudos analisados e oferecer subsídios para o avanço da enfermagem. Frente ao exposto, acredita-se que o método de revisão integrativa da literatura, aliado aos conceitos da PBE, pode ser empregado como etapa inicial no processo de validação diagnóstica, contribuindo para a construção de uma taxonomia de diagnósticos de enfermagem que seja útil para a prática de enfermagem. Desta forma, o presente artigo teve como objetivo apresentar as fases de elaboração da revisão integrativa da literatura como etapa inicial do processo de validação de diagnóstico de enfermagem.

VII.1 FASES DA REVISÃO INTEGRATIVA COMO ETAPA INICIAL DO PROCESSO DE VALIDAÇÃO DE DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM

Três tipos de validação diagnóstica têm sido descritos na literatura: validação de conteúdo de diagnóstico, validação clínica de diagnóstico e modelo de validação diferencial de diagnóstico.

A validação de conteúdo se baseia na obtenção de opiniões de peritos do grau em que determinadas características definidoras são indicativas de um diagnóstico; o modelo de validação clínica fundamenta-se na obtenção de evidências para um determinado diagnóstico, a partir do ambiente clínico diretamente com o paciente; o modelo de validação diferencial de diagnósticos pode ser empregado para validar dois diagnósticos intimamente relacionados e para diferenciar níveis de ocorrência de um determinado diagnóstico.

Como etapa inicial nos estudos de validação de diagnósticos de enfermagem, recomenda-se a elaboração de uma revisão integrativa. Esse método de pesquisa tem seis fases distintas, a saber: identificação do tema ou questionamento da revisão integrativa; amostragem ou busca na literatura; categorização dos estudos; avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa; interpretação dos resultados; e síntese do conhecimento evidenciado nos artigos analisados ou apresentação da revisão integrativa.

Com o intuito de exemplificar a utilização da revisão integrativa como etapa inicial da validação de conteúdo de um diagnóstico de enfermagem, considerou-se um caso oriundo da prática clínica em uma Unidade de Recuperação Pós-Anestésica. Enquanto enfermeiros que atuam nesta unidade em um hospital terciário, observase, com freqüência, que os pacientes apresentam náuseas e vômitos no pós-operatório.

Durante a realização do processo de enfermagem percebe-se que existem lacunas para a decisão do diagnóstico de enfermagem, já que a Taxonomia II da NANDA apresenta poucos fatores relacionados envolvendo o paciente no pós-operatório, e que esse diagnóstico, como descrito atualmente, está muito direcionado para pacientes submetidos à quimioterapia. Essa situação exemplifica uma questão de pesquisa, que se constitui no ponto de partida para a realização de uma revisão integrativa, visando a identificação de fatores relacionados ou as características definidoras e respectivas definições operacionais para que se possa elaborar um instrumento para validação de conteúdo de um diagnóstico.

A seguir, descrevem-se as fases a serem percorridas na elaboração da revisão integrativa, com base em um estudo sobre o diagnóstico de enfermagem náusea no contexto do paciente pós-operado.

VII.2 IDENTIFICAÇÃO DO TEMA OU QUESTIONAMENTO DA REVISÃO INTEGRATIVA

A primeira fase consiste na elaboração da questão de pesquisa do tema delimitado para a construção da revisão integrativa e, posteriormente, a definição das palavras chave para a estratégia de busca dos estudos.

A pergunta deve ser explícita e clara para auxiliar na identificação das palavras-chave, na delimitação da busca das informações, como também na escolha dos estudos e das informações a serem extraída.

Alguns autores consideram a primeira fase como norteadora para a condução de uma revisão integrativa bem elaborada. A questão norteadora para o exemplo citado anteriormente consiste em: .Quais são os fatores relacionados do diagnóstico de enfermagem náusea no período pós-operatório imediato?..

VII.3: AMOSTRAGEM OU BUSCA NA LITERATURA

Uma vez definido o tema ou problema, inicia-se a busca na literatura, que deve conter referências médicas, de enfermagem e também aquelas relacionadas às áreas da saúde em geral. O elemento chave para a realização adequada de uma revisão integrativa é a busca exaustiva da literatura.

O processo de busca inclui artigos publicados em periódicos, pesquisas em bases de dados, consulta à lista de referências bibliográficas, teses, dissertações e livros-texto. As bases de dados fornecem acesso a citações, e, frequentemente, a resumos dos estudos publicados na literatura da saúde e os periódicos são fóruns de divulgação de avanços e novas idéias, provendo aos leitores um mecanismo para contínua atualização em pesquisa sobre diversos assuntos.

Para realizar uma busca efetiva, o enfermeiro deve conhecer a forma correta de acesso as diferentes bases eletrônicas de dados, tanto no que se refere à terminologia em saúde como às estratégias de busca. São exemplos de bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde , Base de Dados Brasileiras de Enfermagem, Cumulattive Index to Nursing and Allied Health Literature e Biomedical Literature Ciattions and Abstracts. Revisões Sistemáticas, que consistem de revisões preparadas pelos Grupos de Colaboração Cochrane e que oferecem informações atuais e de alta qualidade, cuja sede está localizada no Reino Unido.

A fase de busca na literatura em uma revisão integrativa deve ser claramente documentada, incluindo as palavras chave utilizadas, as bases de dados consultadas, as estratégias de busca e os critérios de inclusão e exclusão delimitados para determinar pesquisas primárias relevantes. A seleção dos estudos a serem incluídos na revisão integrativa é uma tarefa importante, pois é um indicador crítico para avaliar o poder de generalização e confiabilidade das conclusões.

A omissão do procedimento pode ser a principal ameaça para a validade

da revisão. Em relação ao exemplo apresentado, pode se realizar uma busca na base de dados, empregando-se as palavras-chave: postoperative nausea and vomiting and risk

factors considerando-se, por exemplo, os seguintes critérios de inclusão: pesquisas realizadas em seres humanos, com idade superior a 15 anos, publicadas nos últimos cinco anos, nos idiomas inglês, português e espanhol.

Os artigos não disponíveis na íntegra na base de dados podem ser localizados por meio de acervos das bibliotecas de universidades, portal de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, e ainda pelo Serviço de Comutação Bibliográfica . COMUT, oferecido nas principais instituições de ensino superior.

Após a leitura de títulos e resumos, devem ser selecionados os artigos, os quais retratam os fatores relacionados às náuseas no período pós-operatório. Outras bases de dados devem ser utilizadas, adequando-se os descritores para o procedimento de busca. Visando atingir os objetivos propostos, é importante que os estudos sejam analisados na íntegra e que a busca seja o mais completa possível.

VII.4: CATEGORIZAÇÃO DOS ESTUDOS

Esta fase envolve a elaboração ou a utilização de um instrumento de coleta de dados já validado, que tem como objetivo extrair as informações chaves de cada artigo selecionado. O instrumento adotado deve contemplar alguns itens básicos: identificação do estudo, introdução e objetivos (dados do estudo e avaliação crítica), características metodológicas (análise do delineamento de pesquisa, amostra, técnica para coleta de dados e análise dos dados), resultados (descrição e análise crítica dos resultados, fatores relacionados encontrados, incluindo se os aspectos específicos do tema estudado como, por exemplo, os possíveis fatores relacionados ao diagnóstico em questão), conclusões (descrição e análise crítica e nível de evidência em que o estudo se encontra, identificando se, no exemplo apresentado, a força de evidência na associação dos fatores identificados em relação ao diagnóstico estudado). Na literatura nacional apontam-se dois exemplos de instrumentos para a extração de dados dos artigos incluídos na revisão.

Para facilitar o acesso e a recuperação das informações, os artigos podem ser organizados e categorizados em softwares bibliográficos ou fichários. O autor ainda ressalta que a organização dos artigos em ordem cronológica possibilita o conhecimento da evolução histórica do fenômeno ou problema estudado.

VII.5: AVALIAÇÃO DOS ESTUDOS INCLUIDOS NA REVISÃO INTERATIVA

A fase de análise da qualidade das pesquisas primárias incluídas em uma revisão integrativa é uma atividade complexa, exigindo tempo e conhecimento do pesquisador. Nesta fase, os artigos selecionados são analisados criticamente em relação aos critérios de autenticidade, qualidade metodológica, importância das informações e representatividade.

A avaliação da qualidade dos estudos é crucial para a integridade científica da revisão integrativa. Alguns questionamentos devem ser considerados para nortear a análise crítica das pesquisas: Qual é a questão de pesquisa?, Por que esta questão?; Para que a questão é importante?; Como eram as questões de pesquisas já realizadas?; A metodologia do estudo está adequada?; Os sujeitos selecionados para o estudo estão corretos?; O que a questão de pesquisa responde?; A resp

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