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Social de construção da realidade

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Por:   •  22/4/2013  •  Resenha  •  2.801 Palavras (12 Páginas)  •  520 Visualizações

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CIÊNCIAS SOCIAIS

Conjunto de disciplina que estudam o homem através das suas relações com a sociedade e com a cultura.

As questões relacionadas com o homem em sociedade começaram a merecer a atenção dos estudiosos e a revestir um caráter científico a partir do século XVIII. Dessa época datam os primeiros estudos sobre a ação do homem no seio da sociedade, bem como sobre as suas relações com os seus semelhantes. Nasce neste século a economia política. É, contudo no século XIX que aparece a maior parte das disciplinas que pertencem ao domínio das ciências sociais, como é o caso da Antropologia, da Sociologia e da Ciência Política. Estas foram, na sua gênese, profundamente influenciadas pelas teorias sobre a sociedade de filósofos da época, particularmente de Comte, de Marx e de Spencer.

No século XX, as ciências sociais conheceram um amplo desenvolvimento, deixando de se circunscrever apenas a trabalho de grande envergadura científica, para se democratizarem de serem as escolas superiores e secundárias, passando a ser objeto de estudo dos alunos.

Hoje, a acelerada evolução tecnológica veio dar um incremento muito válido ao avanço das Ciências Sociais, ao permitir que os estudos empíricos se desenvolvam e se completem pelos meios quantitativos, daí surgindo verdadeiras teorias cientificas sobre o comportamento do Homem como ator social.

A CONSTRUÇÃO SOCIAL DA REALIDADE

A pretensão do autor nessa obra é mostrar que a realidade do senso comum pode ser influenciada pelo mercado de idéias. A obra mostra a realidade o que constitui a realidade cotidiana do mundo. Segundo o autor, para entender a realidade da vida cotidiana é necessário ter ciência de que a filosofia é inerente a essa construção.

O senso comum tem diversas interpretações sobre a realidade cotidiana, sobre os objetos se apresentam a consciência como sendo de diferentes esferas da realidade. Segundo o autor a realidade se forma a partir da relação com outro. Mas o sentido de realidade nesse livro é de coisas corpóreas ou materiais, ou seja, eu chamo de realidade objetiva as coisas que eu sei que existem porque são corpóreas. (corpóreas no sentido de possuir significado). Por exemplo, devemos ter na mente como saber reconhecer seus semelhantes que se deparam na vida diária e ciência sobre os desencarnados que aparecem em meus sonhos. Não posso dizer que aquele sujeito que morreu e apareceu no meu sonho é real, mas eu posso dizer que ele já foi real e que ele ainda está em minha realidade por meio da lembrança. Logo, devemos entender o mundo como tendo múltiplas realidades, porém, dentro dessas realidades a mais importante é aquela da vida cotidiana e essa é a predominante. Esses objetos fazem parte daminha realidade, porém, se eu me atrasar essa realidade muda, as pessoas do ônibus não serão as mesmas, o balconista não será o mesmo e etc. Ou seja, diante da minha realidade há uma serie de outras realidades que existem independentes da minha. Enquanto eu estou surfando no litoral, há um tsunami no Japão. Estendendo a realidade da vida diária como sendo ordenada em padrões que são independentes, ela aparece ordenada por objetos que já estão lá antes da minha entrada em cena, por exemplo, o ônibus que pego diariamente esta lá independente de mim, ele vai passar, as pessoas vão trabalha e etc. A realidade está organizada em torno do aqui, do meu corpo e do “agora”, esse é o foco daminha atenção.

A realidade surge da relação com o outro, é impossível construir minha realidade sem ter contato com os outros, deve-se saber que esses outros têm uma referencia da realidade diferente da minha, pois o meu “aqui é lá para ele”, mas de qualquer modo sei que vivo com eles em um mundo comum repleto de significados. A realidade cotidiana é sempre partilhada e o mundo mais coerente é a interação que ocorre frente a frente, lembre-se que a realidade objetiva esta muito ligada com o corpóreo que envolve meu corpo, pois nesse contexto há uma realidade que podemos modificar.

O organismo humano ainda esta se desenvolvendo e já começa a ter contato com o ambiente. Mesmo na barriga da mãe o sujeito já vai tendo contato com um ambiente na qual entrará. Segundo o autor o ser humano se relaciona com o ambiente natural, mas também com uma ordem cultural e social especifico na qual já está feita antes dele chegar. O organismo humano mesmo com limites fisiológicos manifesta uma imensa plasticidade nas suas respostas às forças ambientais que atuam sobre eles. Aqui o autor fala da plasticidade do homem, o homem tem sua natureza, mas também a constrói e ainda se produz a si mesmo. Um exemplo da plasticidade do homem é o concernente a sexualidade. O período em que o organismo do homem se desenvolve é também o período durante o qual o humano se desenvolve, esses são aspectos sociais que determinam o humano dono do eu. Por exemplo, o que faz do homem dono dele mesmo é a capacidade de plasticidade (adaptação) que ele tem, ele quando nasce é envolvido em um contexto social que já existe repleto de valores e mesmo assim ele dá sua contribuição.

A CLASSE OPERÁRIA VAI AO PARAISO

No filme "A classe operária vai ao paraíso", de Elio Petri (Itália, 1971), Lulu Massa é um operário consumido pelo capital e cujo trabalho estranhado consome sua vida. A fábrica adota sistema de quotas (metas) que intensifica a produção. Lulu é o operário-padrão da fábrica, sendo hostilizado pelos outros companheiros de chão de fábrica. Após perder um dedo na máquina, Lulu adota uma atitude critica ao modelo de exploração, confrontando a gerencia. Os operários (situação e oposição sindical) contestam as cotas. Após uma greve, Lulu é demitido. Depois de negociações, ele consegue ser readmitido na fábrica, voltando à linha de produção e reintegrando-se ao coletivo de trabalho. Por conta da mobilização operária, o sistema de cotas é revisto pela direção da fábrica. Deste modo, podemos caracterizar a estrutura lógico-explicativa da analise critica do filme de Elio Petri a partir de dois importantes eixos: primeira produção de mais-valia relativa (inovação técnico-organizacional do capital), desvalorização da força de trabalho como mercadoria, degradação do trabalho vivo (saúde do trabalhador) e resistência contingente e necessária do proletariado. Segundo, capital consome trabalho vivo e trabalho estranhado consome vida. Os dois eixos explicativos da estrutura narrativa do filme constituem os traços essenciais do que seria a precariedade do trabalho no capitalismo global.

“A classe operária vai ao paraíso” é um dos clássicos do cinema político

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