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Surdez: diferenças Vzglyad

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Por:   •  17/11/2013  •  Artigo  •  1.328 Palavras (6 Páginas)  •  395 Visualizações

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Por Nadjane Ribeiro

A surdez: um olhar sobre as diferenças

Lei 10.436, Sinais (LIBRAS)

PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados.

Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma de comunicação e expressão, em que o sistema lingüístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema lingüístico de transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.

Art. 2o Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais - Libras como meio de comunicação objetiva e de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil.

Art. 3o As instituições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos de assistência à saúde devem garantir atendimento e tratamento adequado aos portadores de deficiência auditiva, de acordo com as normas legais em vigor.

Art. 4o O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais, municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis médio e superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, conforme legislação vigente.

Parágrafo único. A Língua Brasileira de Sinais - Libras não poderá substituir a modalidade escrita da língua portuguesa.

Art. 5o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 24 de abril de 2002; 181o da Independência e 114o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Paulo Renato Souza

Aspecto Médico

De acordo com Skliar parte do pressuposto de que o surdo é assistido sob uma ótica antropológica, histórica-social. Aborda, de maneira bem clara, a questão da surdez, problematizando e questionando a constante rotulação de deficiência.

Skliar aponta para a existência de uma ideologia dominante, criada pela cultura oral, que impõe ao surdo seu modo de vida. Uma ideologia que define o surdo com supostos traços negativos, com rótulos do tipo: desvio de normalidade, falta e deficiência. Um estigmatismo que, segundo o autor, contamina a educação desenvolvida para os surdos.

A surdez é apontada pelo nosso autor como uma diferença a ser politicamente reconhecida, uma identidade. Todavia essa ideologia dominante, que o autor chama de “ouvitismo”, configura-se em um conjunto de representações segundo o qual o surdo é obrigado a olhar-se e a narrar-se como se fosse um ouvinte.

De fato o “ouvitismo” teve como base os textos da medicina, a autoridade dos pais e, até mesmo, dos próprios surdos que acabavam por negar sua condição. Deste modo o “ouvitismo” foi de fato, é o que expõe o Skliar, uma forma de “colonização” do currículo que acabou equiparando os surdos aos doentes mentais. Tal conjuntura leva incondicionalmente ao fracasso escolar que muitas das vezes é atribuído ao fracasso dos professores; a metodologia de ensino tidas como limitadas; e ao próprio surdo pela sua condição biológica natural.

Principais causas da surdez:

Durante a gestação - infecções maternas como rubéola, toxoplasmose, sífilis, herpes;

uso de drogas ou medicamentos ototóxicos; incompatibilidade sanguínea pelo fator RH entre a mãe e o filho; e hereditariedade (genético).

Recém-nascidos - história familiar de deficiência auditiva congênita; infecções congênitas como sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes; anomalias crânio faciais; peso inferior a 1.500g; entre outras.

Jovens e adultos - infecções virais e bacteriológicas, como meningite, caxumba e sarampo; infecções no ouvido; medicamentos ototóxicos; exposição a produtos químicos; traumas cranianos; exposição ao barulho; presbiacusia (diminuição da audição em decorrência da idade); doenças que alteram a circulação de sangue no ouvido interno como diabetes; hipertensão e colesterol elevado. Fatores comportamentais que podem sugerir problemas de audição.

Bebê: não acorda com barulhos fortes, como porta batendo; não vira a cabeça quando é chamado; Criança: não forma frases simples por volta dos dois anos; aumenta volume do aparelho de som e da TV; não consegue localizar de onde vem o som; busca contato visual para se comunicar; tem dificuldades no aprendizado; tem desatenção ou falta de concentração; escreve ou fala trocando fonemas.

Adulto e idoso: dificuldade de entender o que é dito; escuta TV e rádio em volume muito alto; apresenta secreção no ouvido; relata barulho ou zumbido no ouvido; isolamento; Som da fala muito alto.

Aspecto Social e Cultural

O termo “cultura” possui significados variados dentro de seu conceito geral, entretanto na área da surdez, a palavra cultura representa para os sujeitos surdos como uma afirmação de sua identidade de forma peculiar e específica, onde se centraliza o seu espaço lingüístico. Esse espaço lingüístico definido pela sua língua

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