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Taylor E Fayol

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Por:   •  23/9/2014  •  9.766 Palavras (40 Páginas)  •  387 Visualizações

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Teoria de Frederick Winslow Taylor

A Escola da Administração Científica foi iniciada no começo do século XX pelo engenheiro americano Frederick Winslow Taylor, considerado o fundador da moderna TGA. Taylor teve inúmeros seguidores (como Gantt, Gilbreth, Emerson, Ford, Barth e outros) e provocou uma verdadeira revolução no pensamento administrativo e no mundo industrial de sua época. A preocupação original foi eliminar os níveis de produtividade por meio da aplicação de métodos e técnicas da engenharia industrial.

A Obra de Taylor

Frederick Winslow Taylor (1856 – 1915), o fundador da Administração Científica, nasceu em Filadélfia, nos Estados Unidos. Veio de uma família qualquer, de princípios rígidos e foi educado em uma mentalidade de disciplina, devoção ao trabalho e poupança. Iniciou sua carreira como operário na Midvale Steel Co., passando a capataz, contramestre até chegar a engenheiro, quando se formou pelo Stevens Institute. Na época, vigorava o sistema de pagamento por peça ou por tarefa. Os patrões procuravam ganhar o máximo na hora de fixar o preço da tarefa, enquanto os operários reduziam o ritmo de produção para contrabalancear o pagamento por peça determinado pelos patrões. Isso levou Taylor a estudar o problema de produção para tentar uma solução que atendesse a patrões e empregados.

1. Primeiro Período de Taylor

O Primeiro Período de Taylor, corresponde à época da publicação de seu livro Shop Management (Administração de Oficinas), 1903 sobre as técnicas de Movimentos (Motion-time-Study). Taylor começou por baixo junto com os operários no nível de execução, efetuando um paciente trabalho de análise das tarefas de cada operário, decompondo os seus movimentos e processos de trabalho, aperfeiçoando-os e racionalizando-os. Verificou que o operário médio produzia muito menos do que era potencialmente capaz com o equipamento disponível. Concluiu que se o operário mais produtivo percebe que obtém a mesma remuneração que o seu colega menos produtivo, acaba se acomodando, perdendo o interesse e não produzindo de acordo com sua capacidade. Daí a necessidade de criar condições de pagar mais ao operário que produz mais. Taylor diz em Shop Management que:

1. O objetivo da Administração é pagar salários melhores e reduzir custos unitários de produção.

2. Para realizar tal objetivo, a Administração deve aplicar métodos científicos de pesquisas e experimentos para formular princípios e estabelecer processos padronizados que permitam o controle das operações fabris.

3. Os empregados devem ser cientificamente colocados em seus postos com materiais e condições de trabalho adequados para que as normas possam ser cumpridas.

4. Os empregados devem ser cientificamente treinados para aperfeiçoar suas aptidões e executar uma tarefa para que a produção normal seja cumprida.

5. A Administração precisa criar uma atmosfera de íntima e cordial cooperação com os trabalhadores, para garantir a permanência desse ambiente psicológico.

O ponto de partida de Taylor foi a aplicação dos princípios tecnológicos de sua época ao trabalho manual. Procurou aplicar às operações manuais os mesmos princípios que os projetistas aplicavam às operações das máquinas no século XIX. Para tanto, ele identificava o trabalho a ser feito, decompunha-o em suas operações individuais, designava a maneira certa de realizar cada operação e, finalmente, reunia as operações, desta vez na seqüência em que poderiam ser realizadas mais rapidamente e com maior economia de tempo e movimentos. O método cartesiano está na base desse raciocínio. Tudo isso parece hoje coisa comum, mas foi a primeira vez que se deu atenção ao trabalho. Ao longo de toda a história da humanidade, o trabalho sempre fora considerado um fato natural e consumado.

2. Segundo Período de Taylor

Corresponde à publicação do seu livro Princípios de Administração Científica (1911), quando concluiu que a racionalização do trabalho operário deveria ser acompanhada de uma estruturação geral da empresa e que tornasse coerente a aplicação dos seus princípios. Desenvolveu seus estudos sobre a Administração Geral, a qual denominou Administração Cientifica, sem deixar sua preocupação quanto à tarefa do operário.

Para Taylor, as indústrias de sua época padeciam de três males:

1. Vadiagem sistemática dos operários, que reduziam a produção a cerca de um terço da que seria normal, para evitar a redução das tarifas de salários pela gerência. Há causas determinantes da vadiagem no trabalho:

- O engano disseminado entre os trabalhadores, de que o maior rendimento do homem e da máquina provoca desemprego de operários.

- O sistema defeituoso de Administração que força os força os operários à ociosidade no trabalho, a fim de proteger seus interesses pessoais.

- Os métodos empíricos ineficientes utilizados nas empresas, com os quais o operário desperdiça grande parte do seu esforço e tempo.

2. Desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho e do tempo necessário para sua realização.

3. Falta de uniformidade das técnicas e métodos de trabalho.

Para sanar esses três males, Taylor idealizou a Scientific Management difundido sob os nomes de Administração Científica, Sistema de Taylor, Gerência Cientifica, Organização Científica no Trabalho e Organização Racional do Trabalho. Segundo Taylor, o Scientific Management é uma evolução e não uma teoria, tendo como ingredientes 75% de análise e 25% de bom senso. Para Taylor, a implantação da Administração Científica deve ser gradual e obedecer a um período de quatro a cinco anos, para evitar alterações bruscas que causem descontentamento por parte dos empregados e prejuízo aos patrões.

Apesar de sua atitude pessimista a respeito da natureza humana, já que considera o operário como irresponsável, vadio e negligente, Taylor se preocupou em criar um sistema educativo baseado na intensificação do ritmo de trabalho em busca da eficiência empresarial e, em uma visão mais ampla, reduzir a enorme perda que o país vinha sofrendo com a vadiagem e ineficiência dos operários em quase todos os atos diários.

O modelo científico inspirador do taylorismo foi a termodinâmica de N. Carnot, de onde

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