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Teoria Da Gestalt

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Por:   •  17/8/2014  •  2.561 Palavras (11 Páginas)  •  230 Visualizações

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A TEORIA DA GESTALT

Texto adaptado de BOCK, Ana Maria. Psicologias. Uma introdução ao estudo de psicologia. São Paulo: Saraiva, 2004. pág.

50-57.

A PSICOLOGIA DA FORMA

A Psicologia da Gestalt é uma das tendências teóricas mais coerentes e coesas da história da Psicologia. Seus articuladores

se preocuparam em construir não só uma teoria consistente, mas também uma base metodológica forte, que garantisse a

consistência teórica.

Gestalt é um termo alemão de difícil tradução. O termo mais próximo em português seria forma ou configuração, que não é

muito utilizado por não corresponder exatamente ao seu real significado em Psicologia.

No final do século passado muitos estudiosos procuravam compreender o fenômeno psicológico em seus aspectos naturais

(principalmente no sentido da mensurabilidade). A Psicofísica estava em voga.

Ernst Mach (1838-1916), físico, e Chrinstiam von Ehrenfels (1859-1932), filósofo e psicólogo, desenvolviam uma psicofísica

com estudos sobre as sensações (o dado psicológico) de espaço-forma e tempo-forma (o dado físico) e podem ser considerados

como os mais diretos antecessores da Psicologia da Gestalt.

Max Wertheimer, Wolfgang Köhler e Kurt Koffka, baseados nos estudos psicofísicos que relacionaram a forma e sua

percepção, construíram as bases de uma teoria eminentemente psicológica.

Eles iniciaram seus estudos pela percepção e sensação do movimento. Os Gestaltistas estavam preocupados em

compreender quais os processos psicológicos envolvidos na ilusão de ótica, quando o estímulo físico é percebido pelo sujeito com

uma forma diferente do que ele é na realidade.

É o caso do cinema. Uma fita cinematográfica é composta de fotogramas com imagens estáticas. O movimento que vemos

na tela é uma ilusão de ótica causada pelo fenômeno da pós-imagem retiniana (qualquer imagem que vemos demora um pouco para

se 'apagar' em nossa retina). As imagens vão se sobrepondo em nossa retina e o que percebemos é um movimento. Mas o que de

fato é projetado na tela é uma fotografia estática, tal como uma seqüência de slides.

A PERCEPÇÃO

A percepção é o ponto de partida e um dos temas

centrais dessa teoria. Os experimentos com a percepção

levaram os gestaltistas ao questionamento da psicologia

associacionista.

O Behaviorismo, dentro de sua preocupação com a

objetividade, estuda o comportamento através da relação

estímulo-resposta, procurando isolar um estímulo unitário que

corresponderia à uma dada resposta e desprezando os

conteúdos da consciência, pela impossibilidade de controlar

cientificamente essas variáveis.

A Gestalt entende que é de suma importância a

disposição em que são apresentados à percepção os

elementos unitários que compõem o todo. Uma de suas

formulações bastante conhecidas é a de que "o todo é

diferente da soma das partes". Ou seja, a percepção que

temos de um todo não é o resultado de um processo de

simples adição das partes que o compõem.

A indissociabilidade da parte em relação ao todo

permite que quando vemos o fragmento de um objeto ocorra

uma tendência à restauração do equilíbrio da forma,

proporcionando assim o entendimento do que foi percebido.

Esse fenômeno perceptivo é norteado pela busca de

fechamento, simetria e regularidade dos pontos que

compõem uma figura (objeto).

Rudolf Arnheim1dá um bom exemplo da tendência à

restauração do equilíbrio na relação parte-todo: "De que modo

o sentido da visão se apodera da forma? Nenhuma pessoa

dotada de um sistema nervoso normal apreende a forma

alinhavando os retalhos da cópia de suas partes (...) o sentido

normal da visão apreende sempre um padrão global".

Os fenômenos perceptivos que encontramos nas

figuras abaixo são explicados pelos psicólogos da Gestalt

como sendo regidos pela lei básica da percepção visual:

qualquer padrão de estímulo tende a ser visto de tal modo que

a estrutura resultante é tão simples quanto as condições

dadas permitem.

1 Arnheim, R. Arte e percepção visual: uma psicologia da

visão criadora. São Paulo: Pioneira e EDUSP, 1980.

Percebemos a figura 1 como um quadrado e não como uma figura inclinada ou um perfil (fig. 2) apesar dessas últimas

também conterem os quatro pontos. Se forem acrescentados mais quatro pontos à figura 1, o padrão mudará e então perceberemos

um círculo (fig. 3). Na figura 4 é possível ver círculos ou quadrados brancos no centros dos traços em forma de cruz, mesmo não

havendo vestígios

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