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Teoria Dos Jogos Sadia

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Por:   •  20/10/2013  •  2.912 Palavras (12 Páginas)  •  724 Visualizações

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Estratégia Cooperativa para exportação: o caso da Sadia e da Perdigão

Resumo

O último século foi um período rico para o desenvolvimento das empresas e também da

teoria cientifica. Diversas teorias sobre a estrutura, a conduta e o desempenho das firmas num

determinado mercado ou economia foram desenvolvidas. Nas últimas décadas, tornaram-se

importantes os trabalhos científicos sobre estratégias competitivas que as firmas precisaram adotar

para sobreviver num mundo competitivo. Mas a competitividade tornou-se tão intensa que em anos

recentes se tornou comum, se não necessário, a adoção de estratégias cooperativas entre as

empresas. Neste artigo é analisada a cooperação entre a Sadia e a Perdigão para atuação no mercado

externo amparada basicamente na teoria dos jogos e estratégias cooperativas. Embora outras teorias

como Estrutura-Conduta-Desempenho (SCP), Teoria da Organização Industria e Economia dos

Custos de Transação, também forneçam suporte para analisar casos dessa natureza. Como resultado,

a matriz de relação entre Teoria dos Jogos e a Teoria de Estratégia Cooperativa (NIELSEN, 1988),

permitem posicionar a nova empresa originada da cooperação entre as duas empresas analisadas,

denominada BRF Trading Company, como um Pool em termos de estratégia cooperativa associada

com um jogo de soma positiva, atuando em um mercado em crescimento. Além disso, com base na

Teoria da Organização Industrial, é possível concluir que a cooperação entre as empresas tem

justificativa na obtenção de economias de escala e escopo.

1 – Introdução

O conceito de competição entre empresas por mercados consumidores é tão antigo quanto as

próprias empresas. No momento em que duas ou mais empresas produzem bens ou serviços os

quais visem atender um mesmo público consumidor, a tendência a se estabelecer uma competição

entre elas é uma questão de tempo. É lógico que estamos simplificando um pouco os fatos, uma vez

que outros fatores interferem para que haja uma competição mais ou menos acirrada.

A competição presente entre empresas tem geralmente um objetivo primordial numa

economia capitalista: a obtenção de lucros cada vez maiores que permitam às empresas, além da

sobrevivência, a ampliação do seu mercado e dos seus lucros. Os estudos científicos ao longo dos

anos vêm dando ênfase as estratégias competitivas entre as empresas e teorias a esse respeito foram

formuladas e aceitas, sendo válidas até os dias atuais.

Em períodos mais recentes, a ênfase dos estudos direcionou-se em como as empresas

poderiam obter melhor desempenho em mercado cada vez mais saturado, em que o número de

fornecedores cresce a cada dia e os limites dos ambientes onde estão inseridas mudam com

impressionante velocidade. As empresas, de modo geral, chegaram a um alto nível de competição

entre si e praticamente não existem muitas soluções possíveis, que não sejam por um caminho

inverso, ou seja, a cooperação.

Um exemplo de estratégia cooperativa é a formação de uma trading conjunta entre Sadia e

Perdigão, as duas maiores empresas na área frigorífica de carnes do Brasil, com o objetivo de

ampliar a participação destas empresas no mercado externo. Conforme comentado anteriormente

que diversas teorias têm sido desenvolvidas em relação à estrutura e desempenho de mercado,

comportamento das firmas nos seus ambientes e estratégias de competição ou cooperação. Então,

como a união de forças entre Sadia e Perdigão é amparada pelas diferentes teorias?

Para responder a essa indagação o trabalho está ordenado da seguinte forma. O segundo, o

terceiro e o quarto tópico contêm revisão sobre as teorias e paradigmas da economia industrial,

teoria dos jogos e estratégias cooperativas, respectivamente. Segue-se o método usado. No tópico

seguinte, são expostos alguns dados referentes às empresas, o ambiente de inserção e alguns

detalhes da empresa originada a partir da cooperação entre ambas. O penúltimo tópico é composto

de alguns resultados da comparação entre as teorias e a prática adotada e, no último, são

apresentadas algumas considerações finais.

2 – Teorias e paradigmas da economia industrial

As teorias apresentadas nesse tópico também são tratadas sob o título da Nova Economia

Institucional (NEI). Por questões de composição do trabalho, serão tratadas de maneira superficial,

extraindo-se das teorias apenas aqueles tópicos os quais apresentem possibilidades de justificar de

maneira mais adequada às particularidades que envolvem a estratégia cooperativa em questão.

2.1 – Paradigma Estrutura-Conduta-Desempenho (SCP)

O paradigma neoclássico SCP (Structure-Conduct-Performance) para estudo da economia

industrial surgiu após a segunda guerra mundial, motivado basicamente pela expansão da atividade

industrial naquele período

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