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Teoria Estruturalista Da Administração

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Por:   •  2/6/2014  •  4.552 Palavras (19 Páginas)  •  1.814 Visualizações

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Resumo

Este artigo apresenta a origem da Teoria Estruturalista da administração bem como apresenta de forma geral as suas demais características, objetivos, estratégia e relevâncias no meio organizacional. O intuito do artigo é trazer uma apreciação critica do estruturalismo, assim como o estudo do caso Goodyear e uma conclusão sobre a teoria.

As informações aqui apresentadas baseiam-se nas pesquisas em livros e artigos científicos.

Palavras-chave: Teoria Estruturalista, organizacional, apreciação critica.

1. Introdução

A Teoria Estruturalista surgiu por volta da década de 50, mesma década em que houve o declínio da Teoria das Relações Humanas, que foi a primeira tentativa sistemática de introdução das ciências do comportamento na teoria administrativa, por meio de uma filosofia humanística a respeito da participação do homem na organização. Sendo assim, surgiu como um desdobramento dos autores voltados para a Teoria da Burocracia que tentaram conciliar as teses propostas pela Teoria Clássica e pela Teoria das Relações Humanas.

“A Teoria Estruturalista significa um desdobramento da Teoria da Burocracia e uma leve aproximação à Teoria das Relações Humanas, Representa uma visão crítica da organização formal.” (CHIAVENATO, 2004, p. 288).

“A oposição entre a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas criou um impasse na Administração que a Teoria da Burocracia não teve condições de ultrapassar”. (CHIAVENATO, 2004, p. 288).

Os autores estruturalistas procuram inter-relacionar as organizações com o seu ambiente externo, que é a sociedade maior, ou seja, a sociedade de organizações, caracterizada pela interdependência entre as organizações.

De acordo com Chiavenato (2003), esta teoria caracteriza-se por sua múltipla abordagem, englobando em sua análise a organização formal e informal, recompensas materiais e sociais e entre outros, reconhecem os conflitos organizacionais, ditos como inevitáveis. Por fim, os estruturalistas fazem uma análise comparativa entre as organizações, propondo tipologias, como, a de Etzione (1980), na qual ele se baseia no conceito de obediência, e a de Blau e Scott (1970), que se baseia no conceito de beneficiário principal.

2. As Origens da Teoria Estruturalista

“O movimento estruturalista foi predominantemente europeu e teve um caráter mais filosófico na tentativa de obter a interdisciplinaridade das ciências.”

(CHIAVENATO, 2004, p. 288).

As origens da Teoria Estruturalista na Administração foram às seguintes:

• A oposição surgida entre a Teoria Tradicional e a Teoria das Relações Humanas - incompatíveis entre si, tornou-se necessário uma posição mais ampla e compreensiva que integrasse os aspectos que eram considerados por uma e omitidos pela outra e vice-versa.

• A necessidade de visualizar “a organização como uma unidade social grande e complexa, onde interagem grupos sociais” - compartilham alguns dos objetivos da organização (como a viabilidade econômica da organização), mas que podem incompatibilizar com outros (como a maneira de distribuir os lucros da organização). Nesse sentido, o diálogo maior da Teoria Estruturalista foi com a Teoria das Relações Humanas.

• A influência do estruturalismo nas ciências sociais e sua repercussão no estudo das organizações - O estruturalismo teve forte influência na Filosofia, na Psicologia, na Antropologia, na Matemática, na Linguística, chegando até a teoria das organizações com Thompson, Etzioni e Blau.

• Novo conceito de estrutura - O conceito de estrutura é bastante antigo. Estrutura é o conjunto formal de dois ou mais elementos e que permanece inalterado seja na mudança, seja na diversidade de conteúdos, isto é, a estrutura mantém-se mesmo com a alteração de um de seus elementos ou relações.

O estruturalismo está voltado para o todo e para o relacionamento das partes na constituição do todo. A totalidade, a interdependência das partes e o fato de que o todo é maior do que a simples soma das partes são as características básicas do estruturalismo. (CHIAVENATO, 2004, p. 289).

3. A Sociedade de Organizações

Para os estruturalistas, a sociedade moderna e industrializada é uma sociedade de organizações das quais o homem passa a depender para nascer, viver e morrer.

“O estruturalismo ampliou o estudo das interações entre os grupos sociais – iniciado pela Teoria das Relações Humanas – para o das interações entre as organizações sociais.” (CHIAVENATO, 2004, p. 290).

As organizações passaram por um processo de desenvolvimento ao longo de quatro etapas, a saber:

• Etapa da natureza – é a etapa inicial, na qual os fatores naturais, ou seja, os elementos da natureza, constituíam a base única de subsistência da Humanidade. O papel do capital e do trabalho é irrelevante nessa etapa da história da civilização.

• Etapa do trabalho – a partir da natureza, surge um fator perturbador que inicia verdadeira revolução no desenvolvimento da Humanidade: o trabalho.

• Etapa do capital – É a terceira etapa na qual o capital prepondera sobre a natureza e o trabalho, tornando-se um dos fatores básicos da vida social.

• Etapa da organização – A natureza, o trabalho e o capital se submeteram à organização. O predomínio da organização revelou o seu caráter independente utilizando-se deles para alcançar seus objetivos.

Organizações:

As organizações constituem a forma dominante de instituição da moderna sociedade. As organizações permeiam todos os aspectos da vida moderna e envolvem a participação de numerosas pessoas. Cada organização é limitada por recursos escassos e por isso não pode tirar vantagens de todas as oportunidades que surgem: daí o problema de determinar a melhor alocação de recursos. A eficiência é obtida quando a organização aplica seus recursos naquela alternativa que produz o melhor resultado.

O Homem Organizacional:

Enquanto a Teoria Clássica caracteriza o homo economicus e a Teoria das Relações Humanas "o homem social", a Teoria Estruturalista focaliza o "homem organizacional": o homem que desempenha diferentes papéis em várias organizações. (CHIAVENATO, 2004, p. 292).

O homem moderno, ou seja, o homem organizacional, que participa

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