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Teoria Social De Marx E O Seriço Social

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Por:   •  9/12/2014  •  2.943 Palavras (12 Páginas)  •  398 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo estudar a teoria social de Marx e sua aproximação com o Serviço Social. Faremos aqui uma breve biografia de Karl Marx e os conflitos que ocorrerá na Europa no século XIX e os instrumentos fundamentais que levaram Marx a construção dessa importante teoria.

Ressaltaremos ainda, os desafios da profissão de Serviço Social em trabalhar de acordo com o direcionamento do projeto ético-político profissional, que tem como perspectiva a transformação social. Considerando a relevância dos avanços na profissão que se dá pela valiosa apropriação à orientação teórica- metodológica da teoria social marxista.

Por fim falaremos da categoria mediação é fundamental no exercício do Assistente Social uma vez que dará direção e qualidade a prática, baseada na dialética de Marx, resultado de um processo dinâmico e ativo desenvolvido pela interação entre as pessoas, objetos, conceitos, preconceitos, instituições em uma rede em que o usuário é tido como sujeito engajado na construção de sua prática histórica. Além de interpretar a realidade, intervir para a transformação rompendo com a ideologia institucional de organização e mecanismos no qual esta funciona segundo um modelo capitalista, que repassa encaminhamentos e intervenções mecânicas através de políticas sociais.

MARX E O CONTEXTO HISTÓRICO EUROPEU NO SEC. XIX

Karl Marx foi um economista, filósofo e socialista alemão. Nasceu em Trèves cidade ao sul da Prússia Renana, na fronteira da França, no ano de 1818, filho de uma senhora de descendência holandesa, seu pai era um advogado judeu, que para exercer sua advocacia se converte ao cristianismo luterano.

Estudou direito nas universidades de Bonn em Berlim na Alemanha, mas sempre demonstrou mais interesse pela história e pela filosofia. Quando tinha 24 anos, começou a trabalhar como jornalista, assinando artigos social-democratas que provocaram uma grande irritação nas autoridades do país.

Integrante de um grupo de jovens que tinham afinidade com a teoria pregada por Hegel que foi um dos mais importantes e influentes filósofos alemães do século 19, Marx começou a ter mais familiaridade dos problemas econômicos que afetavam as nações quando trabalhava como jornalista.

Em 1843 casa-se com Jenny Von Westphalen, e vai morar em Paris, onde lançou os "Anais Franco-Alemães", órgão principal dos hegelianos de esquerda. Durante os primeiros meses de sua permanência em Paris, Marx tomou-se logo comunista e começou a registrar suas idéias e novas concepções em uma série de escritos que mais tarde ficariam conhecidos como manuscritos econômicos e filosóficos. Nestes manuscritos, Marx esboçava uma concepção humanista do comunismo, influenciada pela filosofia de Feuerbach e baseada num contraste entre a natureza alienada do trabalho no capitalismo e uma sociedade comunista na qual os seres humanos desenvolveriam livremente sua natureza em produção cooperativa.

Em 1844 Marx cria amizade com Friedrich Engels, com quem partilhou alguns estudos teóricos. Nesta época, redigiu "Contribuição à crítica da filosofia do direito de Hegel". Depois, contra os adeptos da teoria hegeliana, escreveu, com Engels, "A Sagrada Família", "Ideologia alemã" (texto publicado após a sua morte).

Depois de Paris, Marx morou em Bruxelas. Na capital da Bélgica, onde intensificou os contatos com operários e participou de organizações clandestinas. Em 1848, Marx e Engels publicaram o "Manifesto do Partido Comunista", o primeiro esboço da teoria revolucionária que, anos mais tarde, seria denominada marxista. Neste trabalho, Marx e Engels apresentam os fundamentos de um movimento de luta contra o capitalismo e defendem a construção de uma sociedade sem classe e sem Estado. No mesmo ano, foi expulso da Bélgica e voltou a morar em Colônia, onde lançou a "Nova Gazeta Renana", jornal onde escreveu muitos artigos favoráveis aos operários.

Expulso da Alemanha, foi morar refugiado em Londres, onde viveu na miséria. Foi na capital inglesa que Karl Marx intensificou os seus estudos de economia e de história e passou a escrever artigos para jornais dos Estados Unidos sobre política exterior.

Em 1864, foi co-fundador da "Associação Internacional dos Operários", que mais tarde receberia o nome de 1ª Internacional. Três anos mais tarde, publica o primeiro volume de sua obra-prima, "O Capital". O segundo e o terceiro volumes do livro foram publicados por Engels em 1885 e 1894.

Karl Marx morreu em Londres no ano 1883. Foi então que Engels reuniu toda a documentação deixada por Marx para atualizar “O Capital”, onde tratou da teoria do valor trabalho, da mais valia da acumulação do capital, dentre outros assuntos de cunho econômico, político e social.

Marx viveu numa época em que a Europa se debatia em conflitos, mais exatamente: entre a preparação ideológica da Revolução Francesa e as revoltas operárias de 1848.

Suas idéias foram uma reação às duras condições de vida dos trabalhadores do século XIX, na França, na Inglaterra e na Alemanha, pois ele era preocupado com as graves questões sociais da época em que viveu. Juntamente com Engels, Marx foi contra o regime econômico capitalista, o qual considerava espoliador da força de trabalho assalariada. De acordo com Marx, os capitalistas exploram os trabalhadores pagando-lhes menos do que eles valem - o excesso de trabalho do trabalhador é o que produz os lucros dos capitalistas. Esse "trabalho excedente" é explorado pelo capitalista, que também obriga o trabalhador a condições de trabalho impróprias e injustas - algo que era muito mais evidente e grave durante o século XIX, período no qual Marx escreveu.

A filosofia de Marx foi considerada, há seu tempo, como uma filosofia revolucionária que procurava demonstrar as contradições internas da sociedade de classes e as exigências de sua superação. Possibilitou uma análise crítica da realidade política e econômica, da evolução da história, das sociedades e do capitalismo. Tornou-se base para a doutrina oficial dos países de regime comunista. Através de sua teoria, Marx defendeu o materialismo dialético, ou seja, uma posição filosófica que considera a matéria como a única realidade, e nega a existência da alma, de outra vida e de Deus. Para ele, as leis do pensamento são as leis da realidade, pois a dialética é pensamento e realidade a um só tempo.

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