Trabalho Prático Termodinâmica
Por: Fynanda91 • 25/9/2023 • Ensaio • 822 Palavras (4 Páginas) • 112 Visualizações
Panorama da leptospirose no Rio Grande do Sul no período de 2015 a 2019
Fernanda Soares da Rosa
Rhaíssa Martini de Souza
- INTRODUÇÃO
 
1.1 Leptospirose: Conceito, sintomas e mecanismos de infecção
A leptospirose é uma infecção bacteriana que atinge seres humanos e animais, decorrente de situações precárias de saneamento básico. A contaminação humana se dá principalmente pela exposição a áreas de riscos e condições econômicas desfavoráveis.
Conforme o Ministério da Saúde (2004), a leptospirose é uma doença que se manifesta de forma multissistêmica, autolimitada e benigna, entretanto, sua forma grave pode apresentar alto índice de mortalidade.
Os principais sintomas da doença são: febre, cefaléia, dor muscular, náuseas e vômitos. A manifestação na fase tardia apresenta os seguintes sintomas:
• Síndrome de Weil - tríade icterícia, insuficiência renal e hemorragias
• Síndrome da hemorragia pulmonar - lesão pulmonar aguda e sangramento maciço
• Manifestações hemorrágicas: pulmonar, pele, mucosas, órgãos e sistema nervoso central.
Em alguns países não há controle da doença pois os casos não são notificados, no entanto, no Brasil a doença deve ser notificada imediatamente, conforme Portaria nº 264 de 17 de Fevereiro de 2020, à SMS (Secretaria Municipal de Saúde).
1.2 Saneamento básico, saúde pública e meio ambiente
A falta de saneamento básico é um problema bastante comum no Brasil, afetando principalmente as áreas carentes, onde acarreta na propagação de diversas doenças pela falta de tratamento de água e esgoto, a leptospirose está ligada diretamente à falta de saneamento.
Além dos fatores socioeconômicos e de infraestrutura estarem ligados à doença, as condições do ambiente/clima também são extremamente relevantes na distribuição da doença, sendo assim, as regiões onde o clima se apresenta tropical e subtropical a altas temperaturas são propensas ao contágio.
Para o controle da leptospirose é necessário que o governo ofereça saneamento básico, água potável, tratamento de esgoto e gestão de resíduos sólidos à população.
- OBJETIVOS
 
2.1 OBJETIVO GERAL
Analisar a incidência de leptospirose no estado do Rio Grande do Sul no período de 2015 a 2019, bem como, associar o aumento dos casos à fatores ambientais, climáticos e socioeconômicos. Para o levantamento, foram coletados dados dos municípios que mais apresentaram número de casos, internações e óbitos através da plataforma DATASUS.
- METODOLOGIA
 
5.1 Área de estudo
A área de estudo estabelecida foi o estado do Rio Grande do Sul, o estado tem uma população de aproximadamente 11.088.065 habitantes, sendo a capital Porto Alegre a mais populosa segundo o IBGE (2021), o estado é dividido em 497 municípios. O clima é classificado em subtropical e tropical.
Figura 1 - Área de estudo.
[pic 1]
Fonte: Defesa Civil RS (2016).
5.2 Coleta de dados
Para a coleta de dados da pesquisa, utilizou-se dos meios digitais obtendo informações através do site da Secretaria Municipal e Estadual de Saúde, Vigilância Epidemiológica dos municípios e também a partir de informações do DATASUS.
Os dados coletados através desses meios estão divididos em número de casos confirmados e internações no período de 2015 a 2019, essas informações foram relacionadas entre as cidades com maior número de casos confirmados a fim de comparar, após a coleta de dados será calculada a taxa de incidência de Leptospirose no Rio Grande do Sul. Os dados descritos na ocorrência sanitária e ambiental foram obtidos através de fonte secundária, sendo analisados as seguintes informações:
- Número de óbitos;
 - Sexo;
 - Qualidade do saneamento básico;
 - Coleta de resíduos;
 - Clima.
 
Para melhor entendimento da coleta de dados, o fluxograma (Figura 2) mostra o passo a passo da junção de informações.
Figura 2 - Fluxograma da coleta de dados.
[pic 2]
Fonte: Autoras, 2023
- RESULTADOS E DISCUSSÃO
 
Ano  | Casos confirmados  | 
2015  | 522  | 
2016  | 408  | 
2017  | 491  | 
2018  | 445  | 
2019  | 685  | 
Ano  | Sexo infectado  | 
2015  | Mas - 466 Fem - 56  | 
2016  | Mas - 355 Fem - 53  | 
2017  | Mas - 427 Fem - 64  | 
2018  | Mas - 375 Fem - 70  | 
2019  | Mas - 600 Fem - 85  | 
Número de óbitos  | Número de óbitos por sexo  | 
33  | Mas - 27 Fem - 6  | 
17  | Mas - 14 Fem - 3  | 
20  | Mas - 19 Fem - 1  | 
20  | Mas - 16 Fem - 4  | 
27  | Mas - 26 Fem - 1  | 
Município  | N° de internações hospitalares  | 
Agudo  | 45  | 
Alvorada  | 42  | 
Boa Vista do Buricá  | 15  | 
Bom Princípio  | 14  | 
Cachoeira do Sul  | 27  | 
Candelária  | 52  | 
Canguçu  | 11  | 
Canoas  | 25  | 
Caxias do Sul  | 18  | 
Dois Irmãos  | 17  | 
Erechim  | 13  | 
Esteio  | 17  | 
Estrela  | 42  | 
Farroupilha  | 23  | 
Gravataí  | 41  | 
Igrejinha  | 10  | 
Ivoti  | 27  | 
Lajeado  | 19  | 
Marau  | 21  | 
Montenegro  | 28  | 
Novo Hamburgo  | 39  | 
Osório  | 17  | 
Paim Filho  | 15  | 
Palmares do Sul  | 56  | 
Parobé  | 14  | 
Passo Fundo  | 43  | 
Pelotas  | 65  | 
Porto Alegre  | 188  | 
Restinga Seca  | 10  | 
Rio Grande  | 31  | 
Rio Pardo  | 95  | 
Santa Cruz do Sul  | 49  | 
Santa Maria  | 10  | 
Santa Rosa  | 28  | 
Santa Vitória do Palmar  | 43  | 
São José do Ouro  | 38  | 
São Leopoldo  | 10  | 
São Lourenço do Sul  | 24  | 
Sapucaia do Sul  | 19  | 
Taquara  | 12  | 
Taquari  | 16  | 
Teutônia  | 76  | 
Tramandaí  | 10  | 
Triunfo  | 10  | 
Tupanciretã  | 19  | 
Vale do Sol  | 57  | 
Venâncio Aires  | 193  | 
Vera Cruz  | 42  | 
Viamão  | 36  | 
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